A Esfinge é uma montanha enigmática. Localizada no Norte da Cordilheira Blanca, no Peru, é uma montanha de 5325 metros de altitude com a maior parede rochosa daquele país andino.
A mineira Branco Franco, que no ano passado escalou o Fitz Roy na Patagônia argentina e que foi indicada ao Mosquetão de Ouro de 2017 junto com seus parceiros Waldemar Niclevicz e Eduardo “Formiga” Maza, na categoria escalada, já havia escalado a montanha em 2014 com o espanhól David Belmonte. Ela nutria o desejo de repetir o Big Wall na companhia de outra mulher. Em 2016 fez uma tentativa sem sucesso e viu uma possibilidade de realizar o projeto este ano com a carioca Kika Bradford.
A parceria, no entanto não aconteceu e no Peru, Branco conheceu a colombiana Carolina Ramírez, que também tinha o desejo de escalar a famosa montanha. A nova parceria deu certo em uma escalada de menor grau de comprometimento e após os ajustes a dupla foi até Caraz, cidade base para escalar a montanha, realizar a sonhada escalada.
A dupla definiu uma estratégia ousada: Escalar leve e rápido. Para isso abriram mão de ter dois racks de equipo móvel e foi com apenas um. Branca atribui a esta estratégia um fator importante para o sucesso.
O ataque ao cume aconteceu no dia 21 de Julho. Foram quase 20 enfiadas, algumas delas bem complexas, onde elas tiveram que redobrar a atenção para não errar. Foram 13 horas de atividades, com muito frio e muitas dificuldades. Elas chegaram no cume às 18:10 horas e de acordo com Branca, foi um dos dias mais lindos em sua história como escaladora.
Branca relatou sua escalada, em primeira pessoa, no site Blog de Escalada. Confira o relato na íntegra.
