Moeses Fiamoncini no Dhaulagiri – Atualização!

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O montanhista paranaense Moeses Fiamoncini está atrás de se tornar o primeiro brasileiro a escalar o Dhaulagiri, 8167 metros de altitude no Nepal. Confira o dia a dia de sua expedição:

Dia 06/10 – Atualização. Moeses faz contato após escalada.

O alpinista paranaense Moeses Fiamoncini entrou em contato com nosso colunista Pedro Hauck na manhã desse domingo. Fiamoncini contou que chegou muito próximo ao cume, mas infelizmente não pode finalizar a escalada até o topo do Dhaulagiri devido a questões de segurança.

Ele já está em Kathmandu e em segurança se recuperando da escalada. Em breve publicaremos o relato dele sobre a aventura nessa montanha.

Pedimos desculpas pela informação publicada previamente falando que ele havia possivelmente chegado ao cume. Em grandes expedição a comunicação é muito difícil e a confirmação só chega quando os escaladores retornam.

Dia 03/10 – Moeses Fiamoncini faz cume no Dhaulagiri

De acordo com familiares do alpinista, Fiamoncini chegou ao cume do Dhaulagiri nesta manhã. A notícia é de que tudo correu bem, mas ainda estamos aguardando o retorno dele a base para saber mais detalhes de como foi essa aventura e conferir as fotos de mais um cume de oito mil metros do brasileiro.

O Dhaulagiri é a sétima montanha mais alta do mundo com 8.167 metros. Fiamoncini já escalou cinco das 14 montanhas de oito mil metros do planeta, o monte Manaslu, o Everest, Nanga Parbat, K2 e agora o Dhaulagiri. O escalador brasileiro pretende finalizar o projeto dos oito mil até julho de 2021.

Moeses durante a escalada do Nanga Parbat

Dia 02/10 – Ataque ao cume pode estar próximo: Informações do site Desnível

De acordo como site espanhol Desnível, Moeses pode estar a caminho do Campo 3 do Dhaulagiri para tentar cume amanhã. De acordo com a Desnível, o campo 3 foi recém estabelecido pelo montanhista húngaro Varga Csaba, um britânico e dois Sherpas.

Moeses faz parte da equipe do montanhista catalão Sergi Mingoti, com quem ele esteve no Manaslu no ano passado e Everest este ano. Junto com eles ainda está o chileno Juan Pablo Mohr e Agustín Abanades.

No fim do dia de hoje (ontem, dia 1 de outubro), ficamos no campo 2 (6500m). Ontem (antes de ontem, 30 de Setembro), foi um dia difícil. O caminho estava muito carregado de neve e havia um desnível de quase 2 mil metros (desde o campo base). Amanhã cedo sairemos para o campo 3 e tentaremos nos estabelecer a uns 7200 metros. Se a neve e o vento nos deixar, atacaremos o cume do Dhaulagiri na noite do dia 2 para chegar no dia 3 de outubro. É complicada devido a quantidade de neve acumulada, mas temos que tentar” Disse Sergi Mingoti em suas redes sociais ontem, dia 1 de Outubro.

Aguardaremos mais informações!

Dia 28/09 – Preparação para primeira tentativa de cume

Após concluir o primeiro e único ciclo de aclimatação, Moeses e os demais alpinistas que estão no Dhaulagiri estão otimistas e se preparando para a tentativa de cume. Eles deverão descansar e repor as energias para a escalada no início da semana.

Confira a mensagem que ele enviou ao Pedro Hauck nesse sábado: Pedro, já terminei minha primeira e unica rotação de aclimatação: 1 noite no C1 e 2 noites no C2. Vamos tentar cume do dia 2 de outubro. Meu tracking estará no Facebook. Um abraço.

Moeses Fiamoncini

Campo 2 no Dhaulagiri ainda com muita neve.

Moeses Fiamoncini e Juan Pablo Mohr, montanhista chileno.

Dia 26/09 – Fim do primeiro ciclo:

Moeses acaba de finalizar seu primeiro ciclo de aclimatação. De acordo com ele, será o único que vai realizar na montanha. Há uma previsão de tempo boa para os próximos dias. Confira na íntegra a mensagem que Moeses enviou para Pedro Hauck, colunista do AltaMontanha, contando como está a expedição:

Ola Pedro terminei minha 1* e única rotação de aclimatação. Passei uma noite no C1 e 2 noites no C2.A montanha está carregada de neve.C2 muito perigoso, muito vento e neve durante a noite, escutei muitas avalanches, quase não dormi. Parece que dia 1 e 2/10 estarão favorável p dia de cume. Primeira vez numa expedição com tantos dias nublado. Mas vamos manter a motivação. Abraço Brother

Moeses e Carlos Soria

No campo base com expedição espanhola

A caminho do campo 2

Campo 2 a 6500 m

 

Dia 21/09 – Campo Base do Dhaulagiri

Moeses Fiamoncini nos enviou, através de sua irmã Gisele a seguinte mensagem abaixo:

Saímos dia 13 de Marpha e depois de 3 dias caminhando chegamos no campo base do Dhaulagiri que está a 4700m. Até o dia 19 de setembro tempo muito ruim, sempre nublado com visibilidade de 50 metros e mais de um metro de neve no BC. Hoje dia 20 finalmente amanheceu um dia lindo, pude lavar roupa, tomar banho e colocar todas as coisas para fora da barraca visto que estava tudo úmido. Amanhã eu e Juan Pablo Mohr vamos para o C1 passar uma noite e depois duas noites no C2.

Voltamos dia 24 para o BC e esperaremos dia de cume. Faremos somente uma rotação de aclimatação. Abraço

Campo base do Dhaulagiri. Fonte: Moeses Fiamoncini

Moeses Fiamoncini no Campo Base do Dhaulagiri

Campo base do Dhaulagiri. Fonte: Moeses Fiamoncini

Dia 13/09 – Marpha

Moeses se encontra na vila de Marpha, perto de Jomsoom, que dá acesso à trilha de aproximação do Dhaulagiri. Daqui para frente o acesso à internet é restrito e as mensagens serão truncadas. Confira a matéria de sua chegada no Nepal abaixo:

Moeses Fiamoncini parte para o Dhaulagiri

Sobre o Dhaulagiri

O Dhaulagiri é a sétima montanha mais alta do mundo e a mais alta do Nepal sem se localizar numa fronteira. Está localizada na cordilheira do Himalaia, na parte centro-norte do Nepal. Seu nome significa a montanha branca. Tem proeminência topográfica de 3357 m e isolamento topográfico de 317,42 km.

Após a sua descoberta em 1808 pelo mundo ocidental, o Dhaulagiri foi tido como a montanha mais alta no mundo até que novas pesquisas chegassem aos números conhecidos hoje em dia.

Localizada próximo ao Annapurna, em 1950 houve a primeira tentativa de conquista de seu cume pela equipe francesa liderada por Maurice Herzog que mais tarde decidiu escalar a outra montanha, que foi o primeiro oito mil conquistado pelo homem. Esta expedição quase termina com tragédia, com os escaladores que chegaram ao cume tendo seus membros congelados e amputados à frio!

Ainda na década de 1950, várias nações tentam escalar o Dhaula, como é chamado. Entre estas expedições, destaca-se duas equipes de militares argentinos que tentaram sem sucesso atingir o cume. Eles utilizaram meios pragmáticos e em alguns pontos onde não conseguiam escalar paredes de gelo utilizaram dinamites para deixar as paredes escaláveis.

O Dhaulagiri foi escalado pela primeira vez em 13 de maio de 1960, por Kurt Diemberger, Peter Diener, Ernst Forrer, Albin Schelbert, Nyima Dorji e Nawang Dorji, componentes de uma expedição suíça/austríaca. Esta era também a primeira escalada no Himalaia auxiliada por um avião. O avião, porém, deixou de funcionar durante a aproximação e foi abandonado na montanha.

A primeira brasileira a tentar escalar o Dhaulagiri foi a amazonense Cleo Weidlich, numa temporada conturbada em 2012. No entanto, a montanhista nunca apresentou provas de sua ascensão, que é questionada.

Moeses, após de uma sequência de ascensões a montanhas de 8 mil metros, onde escalou o Manaslu, Everest, Nanga Parbat e K2, tenta emendar seu quinto cume nesta audaciosa expedição.

 

 

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Sobre o autor

Texto publicado pela própria redação do Portal.

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