Agências nepalesas voltam a investir em nova rota no Cho Oyu, desta vez em conjunto

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Durante a temporada de inverno no Nepal, entre janeiro e março desse ano, as agências nepalesas, Seven Summit Treks e Pioneer Adventure, concentraram todos os seus esforços em uma disputa. O objetivo deles era abrir uma nova rota de escalada no Cho Oyu. Todavia, o clima não deu trégua e impossibilitou essa conquista. Agora com o inicio da temporada de outono no hemisfério norte, as equipes decidiram se aliar e focar seus esforços na abertura da nova rota.

Equipes trabalhando na fixação de cordas.

O Cho Oyu esta localizado na divisa do Nepal com o Tibet e sua rota normal está localizada no lado tibetano que por sua vez é controlado pelo rígido governo chinês. Para escalar essa montanha é necessário autorização do governo da China, o que vem sendo o maior obstáculo para chegar ao cume nos últimos anos. Todavia, a ideia das agências é abrir uma nova rota pelo lado nepalesa e assim poder explorar comercialmente a montanha.

Tão perto e tão longe

A equipe da Pioneer Adventure instalou cordas fixas até cerca de 550 metros abaixo do cume. De acordo com o Sherpa  Mingma Dorchi “a rota é de dificuldade média: não tão simples quanto Manaslu, não tão desafiadora quanto K2”.

No entanto, o clima instável dos últimos dias tem dificultado a chegada das equipes até o Acampamento Base e há notícias que avalanches destruíram as cordas fixas já instaladas entre o Campo 1 e 2.

Assim, os Sherpas estão correndo contra o tempo para abrir a nova rota. Entre os principais interessados em chegar ao cume pela nova via está a montanhista norueguesa Kristin Harila que pretende escalar as 14 montanhas de 8 mil metros em um tempo menor do que o feito por Nirmal Purja.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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