O que é feito com os resíduos do Aconcágua?

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Estamos em pleno meio da temporada de escalada no Aconcágua, uma das montanhas mais frequentadas dos Andes. Porém, além das conquistas e superação, os montanhistas também podem gerar alguns impactos no meio ambiente. Por isso, o Parque Provincial do Aconcágua possue regras para preservar o local.

Acampamento no Parque Provincial do Aconcágua.

A montanha mais alta das Américas junto com o Parque Provincial Tupungato, guarda algumas das principais bacias aquíferas que são responsáveis pela irrigação de grande parte dos solos agrícolas da região. Ou seja, uma área que além do potencial turístico também representa uma importante fonte de água para Mendoza.

Barraca banheiro.

Por temporada, cerca de 7.000 pessoas passam pelo parque, sendo que 3.000 tentam cume em média. Por isso, para evitar a degradação do ambiente, é obrigatório que todos que entram no parque tragam de volta os seus resíduos, incluindo as fezes.

Para tanto, cada montanhista recebe uma sacola de resíduos numerada que deve ser entregue ao serviço de guarda-parques na saída, com os seus dejetos. Caso não essa regra não seja cumprida, é cobrada uma multa de 100 dólares que deve ser paga na hora.

Os helicópteros

Quando falamos de helicópteros, logo vem a imagem dos grandes resgates a mente. Apesar dessa ser uma das funções mais importantes e que garantem a presença deles no Aconcágua durante toda a temporada, ela não é a única.

Helicóptero usado nos resgates e também na remoção de resíduos.

Porém eles também são imprescindíveis para o serviço de remoção de resíduos.  “O trabalho aéreo é necessário, para movimentação de mercadorias, ajuda e transferência dos guardas-parques, patrulhas e médicos e a descida de lixo – especialmente matéria fecal. O resgate é o que você vê, o que você vende, mas o mais importante para mim é a remoção de resíduos, um problema muito sério em todo o mundo em parques de alta altitude. ”, conta o experiente piloto no Aconcágua Horacio “Duro” Freschi

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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