Alex Honnold e Colin Haley encerram temporada na Patagônia

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Os dois escaladores, Alex Honnold e Colin Haley, famosos por seus feitos nas montanhas mais difíceis do mundo encerram a temporada em El Chaltén na Patagônia. Os dois concluíram a travessia intitulada por eles como “Os Castelos de Cristais” e também uma travessia menor entre a Aguja Guillaumet até o Cerro Eléctrico Oeste .

Honnold e Haley no Cerro Electrico.

A travessia dos Castelos de Cristais passa por três importantes montanhas: Cerro Pollone, Cerro Piergiorgio e Domo Blanco.  Apesar de elas estarem localizadas ao lado do Fitz Roy e do Cerro Torre, elas são cobertas por muito mais gelo e neve. Assim, esse foi o grande desafio da travessia. Mas, de acordo com Haley, a escalada foi tranquila, encontrando alguma dificuldade apenas no Cerro Piergiorgio. “Esta é uma montanha afiada como uma faca. Com uma parede grande e precipitada no lado oeste, e encostas mais baixas, mas de ângulo inferior no lado leste’’, relatou o escalador sobre o Piergiorgio .

Já Honnold afirmou que essa escalada não foi na modalidade que ele esta mais acostumado, porém, que foi uma boa oportunidade de treinar novas técnicas. “Subimos alguns novos picos que eram extremamente cênicos (olha a cordilheira Fitz!) e eu pude praticar algumas novas habilidades (três dias de escalada com botas e Crampons). Como eu costumo brincar, foi basicamente uma viagem de mochila extrema”, escreveu Honnold.

Honnold durante travessia dos Castelos de Cristais.

Travessia das Aguja Guillaumet até o Cerro Eléctrico Oeste

Mais travessias

Devido a uma virada no tempo eles voltaram antes do esperado para a vila de El Chalten, e aproveitaram para escalar mais duas montanhas menores.  Finalizando assim a estadia na Patagônia com a travessia da Aguja Guillaumet até o Cerro Eléctrico Oeste. Honnold contou que o plano inicial era apenas resgatar alguns equipamentos que haviam ficado na montanha. Mas como estavam lá, se perguntaram, porque não escalar?

Com a escalada das agulhas Guillaumet, Mermoz e Val Biois e mais essas duas travessias, os dois encerram a temporada com oito cumes em menos de um mês. O que é um número considerado alto por conta das condições climáticas na região.

 

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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