Corpos de desaparecidos há 25 anos são encontrados no Cerro Plata

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Um guia de montanha encontrou dois corpos na face sudoeste do Cerro Plata, durante uma escalada no último final de semana. Essa rota é pouco utilizada e acredita-se que os corpos sejam de dois montanhistas desaparecidos há 25 anos.

Cerro Plata. Foto Pedro Hauck.

O guia estava tentando chegar ao cume por uma rota alternativa quando se deparou com os dois corpos congelados. A Unidade de Patrulha de Resgate e Assistência de Montanha (UPRAM) da Polícia de Mendoza foi acionada para resgatar os montanhista. Eles deverão analisar a melhor forma de tirar os corpos da montanha.

Apesar de não haver nenhuma comprovação de identidade até o momento, há indícios, pelas roupas e equipamentos que eles usavam, de que esses corpos estão nesse local a pelo menos 15 anos.  Outra hipótese é de se trate dos montanhistas Leroy Villa e Nicolás Ibaceta. Os dois saíram de suas casas em Uspallata na Argentina, em 1996, com o objetivo de escalar o Plata pela face Sul. Todavia eles se perderam durante a escalada e jamais foram encontrados.

Villa era um jovem montanhista, porém fazia parte de uma família de carregadores e tinha experiência. Pouco antes do seu desaparecimento ele escalou o Aconcágua pela face Sul, umas das rotas mais difíceis do topo das Américas. Já Ibaceta era estudante da escola de guias de Mendoza.

O Cerro Plata com seus 5.950 metros de altitude o Cerro Plata é considerado uma alta montanha de nível médio. Todavia é necessário um processo de aclimatação e o clima pode mudar rapidamente. Assim, os montanhistas podem ter sido surpreendidos por uma nevasca em 1996 e se perdido na montanha.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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