Seb Berthe abondona The Dawn Wall, que permanece sem novas repeticões

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A Parede do Amanhecer, The Dawn Wall, no El Capitan, no Parque Nacional de Yosemite guarda uma das escaladas mais difíceis do mundo. Apenas três escaladores em todo o planeta conseguiram completar essa via em livre. Tommy Caldwell e Kevin Jorgeson, em 2015, que originou o filme The Dawn Wall, e Adam Ondra, em 2016.

Em janeiro, os escaladores belgas Seb Berthe e Siebe Vanhee chegaram ao parque com o objetivo de repetir o feito. No entanto, essa semana, Berthe, o último a insistir nessa escalada, decidiu abandonar o projeto. Ele passou 23 dias na parede tentando “livrar” as cordadas da via.

Seb Berthe na Dawn Wall no El Capitan

O escalador Belga estava indo bem até chegar a cordada 14, o famosos crux, na qual passou 16 dias tentando escalá-la. No entanto, após duas semana, seu estoque de comida e água chegaram ao fim e Berthe foi obrigado a descer.

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“Eu poderia ter continuado tentando e poderia pedir algumas missões de transporte, mas não combinava mais comigo, enviar dessa maneira não fazia mais sentido para mim. Também acho que minhas chances de mandar essa via, estavam diminuindo cada vez mais, minha autoconfiança estava diminuindo e meus sapatos estavam ficando mais macios. Durante os últimos dias lá em cima, lutei para aproveitar o processo e queria cada vez mais descer. Eu estava ficando cansado mentalmente e queria escalar outras coisas no vale antes de partir no próximo mês”, revelou Bertie.

Assim, os 900 metros da The Dawn Wall continua sendo uma das vias menos repetidas do mundo. “Acorrentar o Dawn Wall em uma temporada foi um objetivo muito ambicioso e estive muito perto, mas simplesmente não consegui pegar o jeito. Vamos ver se o vento me traz de volta aqui nos próximos anos para mais uma rodada”, completou.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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