Primeira Ascensão de Anda P’alla, uma das vias mais difíceis do maciço Fitz Roy

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Escalar no maciço do Fitz Roy sempre é um sonho para a maioria dos escaladores do mundo todo. As paredes de granito gigantes e o clima instável e frio desafiam o preparo físico e psicológico até mesmo dos atletas mais experientes.

No entanto, no final de fevereiro a dupla de escaladores formada pelo belga, Sean Villanueva, e pelo britânico, Pete Whittaker, não só escalou na região como realizou a primeira ascensão em livre da via Anda P’alla na Aguja Guillaumet. Isso significa que eles escalaram os mais de 400 metros da via sem utilizar os métodos progressão artificiais.

A pequena fissura de dedos.

Por serem os primeiros a conseguirem escalar essa rota em livre, os escaladores tem o direito de opinar sobre a dificuldade da via. Eles sugeriram a graduação de 8a francês, o equivalente ao 9c na graduação brasileira. Assim, essa pode se tornar a rota de escalada mais difícil do maciço Fitz Roy escalada em livre.

A via possui o mesmo estilo das demais vias encontradas na região e foi aberta por Facu Saubidet, Jere Castaña e Santi Scavolini a cerca de um mês. Whittaker descreveu as suas dificuldades em seu instagram. “A seção inferior inicialmente parecia mais complicada do que provavelmente deveria, pois era uma fenda úmida (cerca de E5) da qual tive que cortar gelo enquanto escalava. Fui parado por um crux óbvio; Uma fissura fina com posicionamento corporal desajeitado e entalamentos de dedos flamejantes. Os movimentos individuais saíram livres e fui para a parada”, contou o escalador.

“É um lugar incrível lá em cima, mas as montanhas da Patagônia ainda me assustam, então foco total e escalar bem é a única opção”, completou o escalador.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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