Kristin Harila chega ao cume do Broad Peak e fica a uma montanha de completar os 14×8000

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A norueguesa Kristin Harila e sua equipe chegaram ao cume do Broad Peak ontem, 23/07. A montanha de 8.051 metros de altitude, localizada no Paquistão é a 13ª montanha com mais de 8 mil metros a ser escalada pela montanhista esse ano, e a terceira em menos de 10 dias. Ela pretende completar o projeto 14×8000 em apenas três meses e ultrapassar a marca de Nirmal Nims Purja. O montanhista e fotografo brasileiro Gabriel Tarso também chegou ao cume dessa montanha junto com a norueguesa.

Kristin no cume do Broad Peak em 2022

A equipe de Kristin No Broad Peak foi formada por Tenjen (Lama) Sherpa, Mingtema Sherpa, Nima Rinji, Makpa (Pasang Nurbu) Sherpa, Nigma Tashi, bem como o brasileiro Gabriel Tarso. Eles chegaram ao Acampamento Base no dia 19 logo após terem atingido o cume do Gasherbrum I no dia 18/07. Além disso, Kristin chegou ao cume dessa montanha sem o uso de oxigênio suplementar.

Apenas três dias antes, em 15/07, a montanhista também chegou ao cume do Gasherbrum II. Agora ela pretende concentrar seus esforços na escalada do K2, a última montanha para que Kristin complete os 14×8000. No entanto, para completar o desafio dentro dos três meses que ela definiu como meta, Kristin precisará chegar ao cume do K2 até a próxima quarta-feira, 26/07. Até o momento, ninguém chegou ao cume do K2 nessa temporada. Para que Kristin consiga cumprir a sua meta, ela precisará torcer para que haja uma boa janela de tempo entre amanhã e quarta-feira e escalar junto com a equipe que está estabelecendo a rota na segunda montanha mais alta do mundo.

O projeto de Kristin

A princípio Kristin havia planejado escalar os 14×8000 sem oxigênio no período de um ano, mas precisou usá-lo e mudou sua estratégia para realizar a escalada dos mesmo com o uso de oxigênio em caso de emergência e no período de três meses.

Apenas 44 pessoas na história escalaram todas as 14 montanhas acima de oito mil metros. Em 2022, Kristin escalou 12 delas, e não completou a escalada das duas últimas pois não conseguiu a licença de escalada para o Cho Oyu e Shishapangma devido a entraves burocráticos da China.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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