A Travessia da Funicular de Paranapiacaba na região da Serra do Mar em São Paulo é repleta de belezas e…
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A Prefeitura de Santo André junto autoridades ambientais e a polícia realizou fiscalização em trilhas fechadas no Parque Estadual da Serra do Mar em Paranapiacaba – SP.
A Vila de Paranapiacaba, portal de entrada de dezenas de trilhas na Serra do Mar, há 50 quilômetros da capital paulista, passa por reformas com o objetivo de ser declarada patrimônio da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O local integra a lista indicativa brasileira de patrimônio mundial da entidade e recebeu o incentivo do Programa de Aceleração do Crescimento-Cidades Históricas para que 250 imóveis sejam restaurados.
Paranapiacaba é um local q agrada a gregos e troianos, e isso vale tb pros praticantes de esportes outdoor. Por ser um local q agrega as mais diversas tribos, é natural q existam roteiros q incluam a galera das &ldquo,duas rodas&ldquo,, seja ela motorizada ou não. Foi assim q percorremos na sola a lendária &ldquo,Trilha das Motos&ldquo,. Como não poderia deixar de ser, existe tb uma versão reservada às magrelas q atende pelo nome óbvio de &ldquo,Trilha das Bikes&ldquo,, picada q sempre ignorei em minhas andanças. Até agora. A vereda fora uma antiga (e precária) estrada em desuso q corta a cumeada de reflorestamentos do serrote paralelo à Estrada do Taquarussu. De extensão relativamente curta (6km), é possível esticar o programa emendando outra árdua trilha próxima, a da Pedra Grande. O resultado foi um puxado circuitão intermunicipal q percorre altas paisagens q vão além dos limites e atrativos tradicionais da pitoresca vila inglesa.
Quem desce pela tradicional &ldquo,Trilha do Rio Mogi&ldquo, (ou &ldquo,Raiz da Serra&ldquo, como tb é conhecida) na região serrana de Paranapiacaba, não pode deixar de reparar num sinuoso rio q acompanha a picada à distância em sua meia hora final, antes de alcançar a bucólica &ldquo,Prainha do Mogi&ldquo,. E sendo este riacho um dos gdes tributários do Mogi foi sempre minha intenção subi-lo e buscar descobrir suas nascentes. Além do mais, precisava lá retornar pra confirmar (ou não) o boato recente de fechamento da famosa vereda. Pronto, juntou a fome com a vontade de comer e assim arrumei mais um bom motivo pra retornar à vila inglesa prum programa p/ poucos, curto, tranqüilo e refrescante. Mas claro, longe da vista da nova fiscalização q policia a ilustre supracitada vereda.
Caminhada tradicional de Paranapiacaba, a &ldquo,Volta na Serra&ldquo, é tão antiga e pitoresca vila inglesa q a cerca. Circuito este inserido no interior do Parque Municipal q se vale de uma centenária picada utilizada por carvoeiros no inicio do século passado, bordeja boa parte das encostas do majestoso Vale do Quilombo sem necessariamente encostar às margens do rio q lhe empresta o nome. Dessa forma encaramos esta pernadinha com pernoite selvagem na Cachoeira Escondida passando por exuberante vegetação, mirantes e quedas d&ldquo,água. Muitas quedas d&ldquo,água. Enfim, mais uma empreitada pelos arredores do ilustre vilarejo mostrando q seus atrativos &ldquo,montanheiros&ldquo, vão bem além dos contrafortes do Rio Mogi.
Numa saudosa primavera de 1997 realizei uma pernada q deixou muitas saudades assim como tb algumas dores musculares, a Paranapiacaba-Piaçangüera, via Vale do Quilombo. De desnível respeitável (1000m!!) e passando por locais tão bucólicos qto impressionantes como o Mirante, a Pedra Lisa e o Poço das Moças, era minha iniciação em caminhadas serranas nos contrafortes da tradicional vila inglesa.
Existem pessoas q gostam de Mozart, outras q curtem Iron Maiden. Algumas apreciam ambos. Há quem opte por boteco a restaurante, assim como gostar mais de cinema a teatro. Enfim, o pto é q há gosto genuíno pra td, e de forma ampla podemos estender o conceito tb ao montanhismo. Se há quem curta trilhas fáceis e batidas, da mesma forma há quem se veja inclinado a perrengues de dificuldade maior, menos conhecidos. Ou ambos até. A Serra de Paranapiacaba preenche estes dois requisitos a contento, seja pela Trilha do Vale do Rio Mogi como pela subida ao Pico do Itaguacira, sendo aqui ilustrados por dois momentos distintos, quase consecutivos. Dois tempos q alternam vales profundos e picos apontando pro céu nesta bela e pitoresca região serrana próxima à urbe paulistana.
Três dias depois de ter percorrido a Trilha do Mogi voltávamos novamente à Paranapiacaba. Não tem jeito. A serra tem uma tendência a nos chamar. Porém nosso propósito é outro: subir ao alto do Pico do Itaguacira, tb conhecido como Pedra Grande de Quatinga, com as precárias infos q dispúnhamos e uns poucos pontos plotados pelo GPS do Nando. Diz a lenda q o Pico de Itaguacira (pedra afiada, em tupi-guarani), um enorme granito de 1196m encravado no alto da Serra do Mar, é o pto mais alto de Mogi das Cruzes e tem varios acessos partindo de Paranapiacaba, porem pouco conhecidos. Bem, era ver pra crer.
Próxima da paulicéia e cercada de mata atlântica por tds os lados, Paranapiacaba revelou faz tempo sua vocação p/ aventura. E opções é q não faltam. Fora os passeios tradicionalmente conhecidos, há aqueles menos (ou nada) divulgados, s/ mencionar aqueles q a criatividade inventar. E foi assim q, aproveitando uma brecha de sol numa semana totalmente comprometida, encaramos uma variante + radical da conhecida “Volta na Serra”. Descemos os 800m do planalto pela “Picada dos Tupinambás” até o Mogi, p/ depois subir td novamente pela pouco conhecida “Trilha do Padre”. Um circuitão cuja beleza de atrativos, traduzidos em visus espetaculares e incontáveis poços p/ banho, são proporcionais à demanda de fôlego e disposição p/ perrengue. Num dia só.
fotos: Tânia Silva