Após atraso, obras no Parque do Monge devem começar na próxima semana

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Primeira fase da obra, que contempla trilhas e centro de visitação, está orçada em R$ 2,5 milhões


Por Maria Gizele da Silva da Gazeta do Povo com adaptações de AltaMontanha

A revitalização do Parque do Monge – unidade de conservação localizada na Lapa, no Sudeste do Paraná – deveria estar pronta em fevereiro deste ano, mas as obras vão começar apenas na semana que vem. A ordem de serviço foi assinada nesta segunda-feira (25) pelo governador Orlando Pessuti (PMDB) que esteve na cidade para receber o título de cidadão honorário do município. A primeira fase da obra, que contempla trilhas e centro de visitação, está orçada em R$ 2,5 milhões.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, os trabalhos devem começar na semana que vem. A previsão é que o serviço esteja concluído em abril de 2011. “É uma obra a céu aberto, então vamos ver se não vai ter períodos longos de chuva que possam atrasar o cronograma”, aponta.

Desde que foi anunciada pelo então governador Roberto Requião (PMDB), em janeiro de 2009, a obra de revitalização forçou o fechamento da unidade para que os visitantes não se arriscassem em meio aos operários. No entanto, com o atraso no serviço, segundo a Secretaria por questões “burocráticas”, o parque foi reaberto mesmo sem condições de segurança em julho deste ano, mas, segundo a Secretaria, apenas aos finais de semana.

De acordo com Callado, a comissão que acompanha as obras ainda vai definir se a unidade será fechada durante a revitalização. “É possível que o acesso seja restrito à visitação religiosa durante os finais de semana porque os trabalhos podem levar riscos aos visitantes”, considera o secretário. Cerca de R$ 2,2 milhões serão investidos na infraestrutura do parque, como trilha, mirante, saneamento, monumento do monge e um centro de visitação. Os R$ 300 mil restantes serão aplicados no término da remoção das espécies exóticas e no plantio de mudas nativas.

A segunda fase da revitalização, que prevê a construção de lanchonetes e quiosques com churrasqueiras, ainda não foi orçada. Segundo o secretário, após a revitalização da primeira fase será implantado um plano de manejo para a visitação no espaço, já que, como lembra Callado, apesar do local atrair o turismo religioso é uma unidade de conservação ambiental e precisa dos devidos cuidados. A crença de que, em 1847, o monge João Maria de
Agostini usava o local como abrigo para fazer curas, leva até hoje centenas de visitantes à gruta.

Escalada

A escalada sofre com restrições há cerca de 8 anos no Parque do Monge. Tendo em vista mudar este histórico, a Federação Paranaense de Montanhismo elaborou um projeto para reviver a escalada no local. Para tanto, a FEPAM fez uma profunda revisão teórica sobre a Geografia Física do Parque, com o objetivo de refutar algumas afirmações de que a escalada é um esporte perigoso e também que o arenito é uma rocha impropria para a atividade.

A Federação espera que seus argumentos sejam discutidos e a escalada seja contemplada no próximo plano de manejo.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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