Acampamento Base do Everest será realocado

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Todos os anos, centenas de montanhistas e trabalhadores de montanha se hospedam no Acampamento Base do Everest. Isso acontece enquanto eles esperam pelas janelas de tempo bom para a escalada da maior montanha do mundo. Assim, a base da geleira do Khumbu é transformada em uma verdadeira cidade, com as mesmas questões de infraestrutura e problemas que um centro urbano possui.

Ponto onde se inicia o Acampamento Base do Everest atualmente.

Para preservar a geleira, o governo nepalês anunciou essa semana que irá realocar o Acampamento Base do Everest (5364m) para cerca de 200 a 400 metros mais baixo. Essa mudança também trará mais segurança aos escaladores, visto que com o aquecimento global, o aparecimento de fissuras no local e nas imediações é cada vez mais comum.

Centenas de barracas no Acampamento Base do Everest – Foto: Alex Tait (Natgeo)

O novo acampamento será montado sobre um terreno rochoso. Isso ajudará a preservar o gelo da contaminação por querosene e gás utilizado nas cozinhas, e também pela urina produzida pelos cerca de 1.500 habitantes que se hospedam na cidade temporária.

O governo espera colocar o novo acampamento em operação até a primavera de 2024. No entanto, o local ainda não foi definido. As principais possibilidades é que ele seja instalado em Gorak Shep(5.150 m), na Vila de Lobuche (4.940m) ou na  Pirâmide de Lobuche (5050m).

Todavia isso implicará no aumento das distâncias entre a base e os acampamentos altos, assim será necessário recalcular as rotas de escalada que serão mais longas.

Acampamento de apenas uma das empresas que operam no Everest. Foto: Gabriel Tarso

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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