Alpinistas chegam ao campo 1 do K2 em pleno inverno

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A equipe formada pelos alpinistas Mingma Gyalje Sherpa, John Snorri, Gao Li, Tomaz Rotar,Tamting Sherpa, Pasang Namgel Sherpa e Kili Pempa Sherpa chegaram ao Acampamento 1 no Monte K2. Eles estabeleceram o primeiro campo de altitude a 5.850 metros. Entretanto, Mingma relata que a maior dificuldade esta sendo enfrentar o frio extremo.

John Snorri no Acampamento 1 a 5850 metros de altitude.

Os escaladores Mingma Gyalje Sherpa, Kili Pemba Sherpa y Sarbaz Khan passaram uma noite no campo 1 e enfrentaram temperaturas de  -32 a -39ºC. “K2 no inverno não era o que esperávamos. Está extremamente frio e com muito vento . Nossos sacos de dormir estão congelados e as roupas não secam” contou Mingma.

Já John relatou problemas com os equipamentos eletrônicos por conta do frio. “Nosso GPS congelou e simplesmente desligou, mas ainda conseguimos transportar 250 kg de material até C1. Agora, no Campo Base, está -24ºC e tudo está congelado”, afirmou.

Os seis escaladores chegaram ao acampamento base do K2 há uma semana acompanhados por uma equipe de carregadores. A organização da expedição contou que eles saíram do acampamento base na sexta-feira (24/01) e montaram um camping avançado a cerca de 5.400 metros. Agora eles buscam uma forma de escalar até o campo 2 uma vez que a montanha completamente congelada e a rota Abruzzi desapareceu embaixo da neve.

O K2 é a única montanha entre os cumes de oito mil metros que nunca foi escalada no inverno. Na última temporada de verão, em agosto de 2019, apenas 15 montanhistas chegaram até o seu topo. Entretanto, se a equipe de Mingma chegar ao cume, eles entrarão para história do montanhismo mundial com esse feito.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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