Não, este não é o Corcovado do Rio, e sim o de Ubatuba. Sem exagero, esta é uma das mais belas montanhas brasileiras, não conheço nenhuma mais interessante em toda a Serra do Mar. Durante anos, pousava na casa de um amigo na Praia Dura e de lá mirava o majestoso perfil da montanha, a quase 1.200m de altitude. Ela me parecia tão próxima quanto inacessível.
Sobre o Autor
Esta é minha última coluna sobre o tema da extinção, onde descrevo o misterioso desaparecimento de uma espécie emocionante, que muitos dizem ter sido humana.
Nas colunas anteriores, comentei sobre extinções de espécies individuais, terrestres ou marítimas. Mas não é muito viável aplicar isso à flora – não tenho tanta informação sobre linhagens específicas (se é que conheço algo) e nem acho que despertaria o interesse dos leitores (se é que vocês existem). Então, escolhi falar da flora como um todo e, dado que felizmente não está ainda desaparecida, escrevo a seguir apenas sobre seus riscos de extinção.
Esta coluna comenta sobre o aumento da acidez nos oceanos e seu efeito sobre os corais, talvez a mais fantástica das criaturas marinhas. Assim como a coluna anterior, foi grandemente baseada no livro A Sexta Extinção de Elisabeth Kolbert.
Talvez eu esteja exigindo muito da sua paciência, mas queria voltar ao assunto da megafauna, agora sob uma perspectiva diferente.
Retorno a Galápagos, local de meu comentário anterior. Nele escrevi sobre uma espécie que foi extinta a partir da morte de seu último representante, mantido em cativeiro por quase meio século. Descrevo agora outras mortes, de nenhuma forma naturais, que acontecem com várias das espécies nada turísticas do arquipélago.
Algum tempo atrás, escrevi uma coluna chamada Tio George, sobre a travessia Porto Seguro-Prado. Este nome me lembrou de um outro George, este também à beira mar. Só que o relato do primeiro se passava muito tempo atrás na Bahia e este, poucos anos atrás em Galápagos. Infelizmente, é mais uma história de extinção.
Quando escrevi a coluna anterior, percebi que muitas das aves desaparecidas como o dodô – tinham vivido numa mesma região, o Arquipélago de Mascarenhas. Ao pesquisá-la, encontrei de fato muitos relatos semelhantes de extinção. Leia abaixo algumas dessas histórias infelizes.
As moas gigantes eram aves enormes, das maiores que habitaram a terra, com 3 a 4 m de altura. Tinham asas pequenas, pernas grossas e pés grandes, com longos pescoços que terminavam em cabeças delicadas. Viviam em pares, junto a pequenos grupos familiares. Habitavam a Nova Zelândia e seu único predador era a imensa águia de haast. Eram os herbívoros dominantes do seu ambiente.
Acho o assunto da extinção das espécies extremamente doloroso. Gostaria que todas elas pudessem continuar convivendo conosco. Muitas foram extintas antigamente por razões naturais, ligadas ao meio ambiente. Mas as extinções mais recentes são ainda mais cruéis – foram principalmente causadas pelo homem. Ao longo destas colunas, você irá encontrar vários relatos a respeito, começando pela exótica megafauna.