O Aconcágua é uma experiência importante na vida de um montanhista. Sua considerável altitude de 7.000m, a dureza do planalto desértico à sua volta, o clima seco, ventoso e imprevisível e o acampamento base relativamente pequeno e elevado são fatores que dificultam a aclimatação e a ascensão.
Sobre o Autor
Acabei de falar da Ilha Grande na coluna anterior. Penso que seria interessante contar algumas histórias que conheci nas minhas visitas. Não vou falar de coisas amáveis, pois há histórias tristes por trás da alegria tropical da ilha.
Pensei que seria interessante visitar neste artigo algumas de nossas ilhas. Vou descrever apenas as mais óbvias, evitando as muito grandes como Marajó e Superagüi, as muito pequenas como Anchieta e as muito distantes, como Abrolhos. E, claro, as proibidas, como Alcatrazes e São Pedro e São Paulo. Se você conseguir permissão para estas últimas, faça o favor de me convidar.
Acho que vou surpreendê-lo ao incluir algumas travessias litorâneas, que usualmente não são consideradas como tal.
Você já deve estar cansado de tanta travessia, pensando se não dá para escrever sobre agradáveis trilhas curtas. Sim, porém antes considere esses caminhos tão especiais- falo a seguir de quatro regiões, mas claro que existem muitas outras.
Estávamos no Pico da Neblina, o teto de nosso país, esplendidamente isolados do resto do mundo. Naquela límpida manhã em que esperávamos pelo nascer do sol, avistei contra sua luz três corcovas flutuando no mar verde da selva amazônica. Fiquei curioso e mais tarde soube pelo antigo garimpeiro Arlindo que se tratava do Pico Guimarães Rosa – o escritor chefiou a demarcação da fronteira com a Venezuela, quando teria havido o primeiro relato de conquista do Neblina.
Volto a falar de uma região que para mim é única: o Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro criado em nosso país. Escrevo agora brevemente sobre sua geologia, sua fundação e sua natureza. Desde muito tempo visito este espaço esplêndido e emocionante, hoje menos do que antes, mas sempre com o mesmo assombro inicial. Não importa se para você são os Órgãos, o Espinhaço ou o Marumbi, o Caparaó ou as Chapadas, nunca perca a capacidade de se maravilhar com esses milagres da natureza.
Se você recuar algumas colunas, encontrará menção à Pedra da Mina, quando falei sobre a Travessia da Serra Fina, da qual ela é uma de suas montanhas centrais, além de seu ponto culminante.
Se você recuar para meu texto sobre a TransMantiqueira, verá referências a duas destas travessias de crista, da Serra Fina e do Marins. Acrescento agora a da Serra dos Órgãos.
Já escrevi antes sobre a TransMantiqueira, uma trilha de 400km que atravessaria toda esta serra. Eu nunca a completei, talvez um dia eu faça, pois já percorri sua maior parte. Mas, se tivesse feito, gostaria de chegar a seu fim por uma dessas travessias no interior do PN Itatiaia, que descrevo a seguir.