Você pode não acreditar, mas eu já fui considerado o assassino de mim mesmo. Se há um lugar no Brasil em que isso é possível é na Bahia, onde as pessoas costumam ser delirantes.
Sobre o Autor
Escrevi na coluna anterior sobre a conquista dos dois principais maciços paranaenses. Volto agora a eles, para comentar sobre os parques naturais que os envolvem.
A conquista do Pico Paraná é uma emocionante história do montanhismo paranaense. Quando o geógrafo alemão Reinhard Maack subiu no Pico Olimpo, ponto culminante do maciço Marumbi, percebeu que este não poderia medir 1.800m, como então se acreditava, na época em que era considerado o mais alto do Estado.
Você leu antes sobre algumas travessias litorâneas, mas eram trajetos curtos se comparados com este, o famoso trek Porto Seguro-Prado.
O Aconcágua é uma experiência importante na vida de um montanhista. Sua considerável altitude de 7.000m, a dureza do planalto desértico à sua volta, o clima seco, ventoso e imprevisível e o acampamento base relativamente pequeno e elevado são fatores que dificultam a aclimatação e a ascensão.
Acabei de falar da Ilha Grande na coluna anterior. Penso que seria interessante contar algumas histórias que conheci nas minhas visitas. Não vou falar de coisas amáveis, pois há histórias tristes por trás da alegria tropical da ilha.
Pensei que seria interessante visitar neste artigo algumas de nossas ilhas. Vou descrever apenas as mais óbvias, evitando as muito grandes como Marajó e Superagüi, as muito pequenas como Anchieta e as muito distantes, como Abrolhos. E, claro, as proibidas, como Alcatrazes e São Pedro e São Paulo. Se você conseguir permissão para estas últimas, faça o favor de me convidar.
Acho que vou surpreendê-lo ao incluir algumas travessias litorâneas, que usualmente não são consideradas como tal.
Você já deve estar cansado de tanta travessia, pensando se não dá para escrever sobre agradáveis trilhas curtas. Sim, porém antes considere esses caminhos tão especiais- falo a seguir de quatro regiões, mas claro que existem muitas outras.
Estávamos no Pico da Neblina, o teto de nosso país, esplendidamente isolados do resto do mundo. Naquela límpida manhã em que esperávamos pelo nascer do sol, avistei contra sua luz três corcovas flutuando no mar verde da selva amazônica. Fiquei curioso e mais tarde soube pelo antigo garimpeiro Arlindo que se tratava do Pico Guimarães Rosa – o escritor chefiou a demarcação da fronteira com a Venezuela, quando teria havido o primeiro relato de conquista do Neblina.