Sobre o Autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

Aventuras
Travessia Lago Azul – Caminhos do Mar
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Anos atrás realizamos uma subida serrana q atingia a borda do planalto de São Bernardo do Campo (ABC) através duma oportuna picada q bordejava pela esquerda o vertiginoso Vale do Rio das Pedras, na Serra de Cubatão. A idéia agora era fazer a mesma coisa, só q através do seu contraforte direito. Se haveria ou não caminho era a incógnita. Dito e feito, desse desafio resultou um circuito de árduos 14km e desnível 700m q nasce da Rodovia Anchieta, passa pela exuberante Cachu do Lago Azul e escalaminha a íngreme encosta da serra até o topo. Dali retorna ao pto de partida pela Rod. Caminhos do Mar, tb conhecida como Estrada Velha de Santos, aliás, a primeira via asfaltada da América Latina. Um circuito perrengoso q não apenas prestigia a beleza selvagem da Serra do Mar paulistana como tb seu rico patrimônio histórico-arquitetônico.

Aventuras
Ferradura na telinha
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Não deu nem dois meses q pisara na “Ferradura da Fumaça” (Paranapiacaba), q nestes dias me vi andarilhando por lá outra vez. Não q desgoste, pelo contrário. Essa pernada é uma das raras exceções em q repito rolês, algo q no geral evito. Circuito em formato de “U” q dispensa maiores apresentações, é um passeio adrenado q particularmente gosto pela perfeita mescla da trinca desafio/banho/visu q proporciona. Dessa forma, é pedida ideal qdo preciso levar amigos de fora ou até gringos pra conhecer nossa “jungle rainforest”, isto é, nossa belíssima Serra do Mar. Já fui lá na condição de agregado, de parceiro de expedições e até de mero visitante. Mas esta foi a primeira vez q fui com a responsabilidade de guia. Sim, guia duma equipe de reportagem de tv por assinatura.

Aventuras
Conhecendo Intervales
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Situado entre os vales dos rios Paranapanema e Ribeira do Iguape, o Parque Estadual Intervales reserva mais do que a biodiversidade da Mata Atlântica, sítios históricos e cavernas a seus visitantes. Assim como outras unidades de conservação vizinhas, o Intervales possui caminhos pra andarilho nenhum botar defeito, que levam tanto a ptos culminantes cênicos como a belas cascatas escondidas na mata. E foi num breve rolê com acampamento de fds que pudemos palmilhar algumas das trilhas oficiais (e outras nem tanto) pra constatar que apenas nem arranhamos a superfície desta outrora fazenda cujo tamanho atual equivale a “Quatro Itatiaias”! Contudo, é uma unidade de conservação q precisa ser descoberta na marra pelo excursionismo independente, pois sua frequência é exclusivamente composta por gringos e grupos escolares. Motivo? A exigência de guia até pra programas simples e prosaicos.

Aventuras
O Vale dos Borrachudos
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Por estar a mais de 60 km distante de Santos e fazer divisa com Bertioga, o Caruara é desconhecido para muitos santistas. Mas esse pacato bairro da Área Continental de Santos – q nasceu do loteamento duma antiga fazenda de banana – guarda grandes surpresas situadas ao sopé da Serra do Mar. O “Vale dos Borrachudos” é um deles, q foi nosso destino dum domingão de pouco mais de meio período, palmilhados nos altos e baixos desta serra. De nome informal q abraça não apenas a bacia do Ribeirão Caiubura como seus vários afluentes, este vale esconde belos remansos e uma belíssima cachoeira. Não bastasse, suas encostas são rasgadas por antigas veredas de manutenção das torres da Codesp, q por sua vez levam ao Mirante do Caeté, q descortina um novo olhar sobre a cidade de Santos, do Canal de Bertioga e da própria Serra do Mar.

Aventuras
O Morro do Gato Preto
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No ano de 1914 foi construída a “EF Perus-Pirapora” com o intuito de escoar o cal q traria o desenvolvimento a td estado de São Paulo. Naquele ano, a estação Gato Preto, situada hj as margens da Rod. Anhangüera, era cenário de puro progresso sendo um dos vilarejos q prosperavam no extremo dessa ferrovia. Pois bem, a idéia era apenas subir o modesto serrote q serve de sentinela ao q restou desta outrora impostíssima estação ferroviária, q não deve em nada no quesito valor histórico à sua vizinha mais charmosa, Paranapiacaba. Contudo, esta breve e despretensiosa pernada de meio-dia não só alcançou o belo visu descortinado pelo morrote, informalmente chamado de Gato Preto. Constatou tb a melancólica ausência do poder público perante um patrimônio inestimável, cujo abandono simplesmente soterrou parte da valiosa história do Estado.

Aventuras
Travessia Caetê – Jaguareguava
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Quem trafega pela Rod. Rio-Santos mal sabe q na altura da Faz. Cabuçu nasce uma grandiosa travessia q rasga boa parte das escarpas montanhosas da área continental de Santos. Uma pernada pauleira q não apenas contempla a Cachu do Caetê, como tb sobe o vale homônimo até ganhar os 850m do alto da serra. Dali, ignorando afluentes do Jurubatuba e o “Panelão”, essa árdua jornada cai pro outro contraforte serrano, q geograficamente corresponde ao acidentado Vale do Rio Jaguareguava q, em tupi significa “onde a onça bebe água”. Contudo, antes de findar tortuosos 20kms em Bertioga, esta caminhada passa pela deslumbrante Cachu da Onça, cereja do bolo desta legítima rota selvagem. Esse rolê q atende pelo nome de “Travessia Caetê – Jaguareguava”, é o mote deste relato de mais uma aventurinha de dois dias intensos pela belíssima Serra do Mar paulistana.

Aventuras
Cachoeiras do Chá e Alecrim em Tapiraí
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Localizada a cerca de 130km de São Paulo, entre Sorocaba e Juquiá, a pacata Tapiraí oferece aos visitantes um misto de tranqüilidade e aventura em meio aos encantos da Mata Atlântica. Encravada nos contrafortes da Serra do Mar e de toponímia tupi q significa “rio das antas”, Tapiraí é generosa no quesito hidrográfico e, consequentemente, repleta de cachus pouco conhecidas. E foi num tranquilo bate-volta q conferimos um tiquim do q esta cidadezinha tem a oferecer, sob a forma das aprazíveis cachus do Alecrim e do Chá, seu principal cartão-postal. Como bônus, a visita duma antiga comunidade quilombola estacionada no tempo, a do Ribeirão da Anta, q luta pra proteger suas tradições da ameaça imposta por grileiros ilegais. Um embate triste e desigual q inclui até cenas dignas de faroeste e gangsterismo.

Aventuras
Cachu do sertão do Cacau
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Situadas aproximadamente a 160km da capital, as praias de Cambury e Camburizinho formam um dos conjuntos de praias mais famosos do litoral norte de SP. Contudo, na direção oposta à muvuca movimentada das areias douradas há o verde exuberante dos sertões do Cambury, verdadeiras áreas rurais em plena Mata Atlântica cortadas por rios cristalinos com poços e cachus. Destes sertões, o do Cacau se destaca por ter uma das mais belas quedas deste pé de serra. Programa relativamente fácil pra quem tem alguma intimidade com mato, emendamos a este rolê sussa uma visita a Praia do Santiago e a Cachu do Toque-Toque, quase ao lado. Este é mais um bate-volta sussa e refrescante, ideal pra fugir do calor sufocante q se debruça sobre a maior cidade da América Latina.

Aventuras
O novo picadão do Geraldo
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Basta a gente se ausentar dos lugares por algum tempo q qdo se retorna imediatamente as mudanças se percebem. Boas ou não. Foi assim recentemente em Paranapiacaba e agora tb, no sertãozinho de Biritiba-Mirim, qdo retornei ano após minha última visita. Sob pretexto dum mergulho refrescante na Represa Andes, aproveitei pra verificar as condições atuais do “Picadão do Geraldo”, antiga via extrativista q homenageia seu mais folclórico residente e q hoje tornou-se espinha dorsal de trocentos atrativos locais, como Pico do Gavião e Itapanhaú, Cachus Light, Água Fina e Lagarta, entre tantos outros. E foi nesse rolê despretensioso q constatei algumas alterações significativas. Isto numa das poucas regiões ao mesmo tempo selvagens e próximas a urbe, onde o Ibama recentemente soltou uma trinca de pintadas.

Aventuras
Conhecendo a Serra dos Cocais
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Situada entre os municípios de Itatiba, Valinhos e Vinhedo, a Serra dos Cocais está mais para um “mar de morros” q uma escarpa serrana propriamente dita. De nome q homenageia a palmeira jerivá, esta serra tem como principal característica a presença de inúmeros blocos graníticos aflorando sua superfície, os chamados “matacões”. Alterada e ameaçada pela pressão urbana, a Serra dos Cocais ainda tem setores onde a paisagem se mantém incólume e cuja beleza agreste remete muito à da caatinga nordestina. E foi num breve bate-volta pela região q alternou pernada por campinas varridas pelo vento, explorações por grutas escuras e escalaminhada em promissores “boulderes”, q ficou mais q provado q esta região tem a obrigação de se tornar uma APA, pra assim preservar tanto sua beleza cênica qto sua importância geológica.

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