Quem desce pela tradicional &ldquo,Trilha do Rio Mogi&ldquo, (ou &ldquo,Raiz da Serra&ldquo, como tb é conhecida) na região serrana de Paranapiacaba, não pode deixar de reparar num sinuoso rio q acompanha a picada à distância em sua meia hora final, antes de alcançar a bucólica &ldquo,Prainha do Mogi&ldquo,. E sendo este riacho um dos gdes tributários do Mogi foi sempre minha intenção subi-lo e buscar descobrir suas nascentes. Além do mais, precisava lá retornar pra confirmar (ou não) o boato recente de fechamento da famosa vereda. Pronto, juntou a fome com a vontade de comer e assim arrumei mais um bom motivo pra retornar à vila inglesa prum programa p/ poucos, curto, tranqüilo e refrescante. Mas claro, longe da vista da nova fiscalização q policia a ilustre supracitada vereda.
Sobre o Autor
O final do ano passado havia deixado uma pendência no quesito pernada q devia ser urgentemente sanada. Pelas bandas do planalto mogiano, mais precisamente a região do Alto Sertãozinho, uma serie de trapalhadas e desencontros nos deixara apenas com aquele gostinho amargo de &ldquo,quero mais&ldquo, qto ao acesso mais curto à Cachu da Light. Pois bem, com infos mais precisas e agora num grupo tão animado qto determinado, retornamos lá pra completar o serviço. E ir além, claro. Não só chegamos na Cachu da Light como realizamos um circuito sussa e tranqüilo q contempla também a outra gde e pitoresca queda da região, a Cachu da Pedra Furada.
As gdes montanhas paranaenses não se restringem puramente àquelas inseridas em sua verdejante Serra do Mar, como as do Marumbi e Ibitiraquire. Indo bem pro interior do estado, mais precisamente na região de Sapopema – área de transição entre o Segundo e Terceiro Planalto Paranaense – tb há respeitáveis serras q se erguem às margens do Rio Tibagi. E o Pico Agudo vem a ser o pto culminante da serra homônima, elevando-se a 1224m sobre um enorme chapadão e passível de ser conquistado num dia inteiro, com direito a muito vara-mato e escalaminhada. Um programa puxado q pode ser esticado em dois dias com pernoite de cume, numa região de rara beleza cercada de montanhas, florestas, rios e cachus. Uma montanha encardida com fama de ser tb detentora de mtas cascaveis e jararacas.
Assim como sua vizinha Paranapiacaba, Mogi das Cruzes está repleta de trilhas situadas tanto nas montanhas da Serra do Mar dos arredores como tb nos morros q cercam o perímetro urbano da cidade. Destas elevações destaca-se a Serra de Itapety, por sua vez detentora de belos mirantes como o tradicional Pico do Urubu e a pitoresca Pedra do Lagarto, esta última situada no extremo leste desta serra q se espicha quase q paralela à cidade. De fácil acesso, a Pedra do Lagarto é mais um destes lugares pouco conhecidos ideais prum bate-volta dominical em meio à matas próximas da urbe.
Uma das poucas desvantagens de se embrenhar no mato sozinho é q a atenção esta tão grudada na navegação q muitas vezes a paisagem ao nosso redor passa despercebida e, mtas vezes, pouco apreciada. Foi o q aconteceu na ultima travessia pelo alto Rio Sertãozinho, em Mogi das Cruzes, na qual me privei de conhecer a fundo uma represa pelo qual passara apenas julgando ser mero &ldquo,acampamento de caçadores&ldquo,. Soube depois q o local atende pelo nome de Represa da Light e é detentora de uma bela cachu q nem sequer registrei. Na tentativa de sanar esta desfeita, retornamos ao planalto mogiano em busca de um acesso à dita represa menos demorado q da vez anterior, apenas pra ter mais um bate-volta bem mais perrengoso q o previsto. Com direito a perdidos, atoleiros, tartarugas, jararacas e muitos carrapatos.
É mais q sabido q a nossa Serra do Mar não é nada mais q uma beirada de planalto q despenca em direção ao litoral. No entanto, as últimas explorações sempre giraram em torno deste enorme degrau abrupto serrano e raramente acima dele. Pra sanar isto este fds meti as caras numa travessia selvagem nos arredores de Mogi das Cruzes q percorre um trecho da recém visitada Represa Andes, desce pelas nascentes do alto Rio Sertãozinho e finda na Cachu Furada, onde o rio inicia seu trajeto serra abaixo. Uma pernadinha básica q prova q novos perrenguinhos estão sempre ao alcance de cada um. E sem a necessidade de &ldquo,guia&ldquo, ou GPS algum, o q dá na mesma.
Qdo se fala em Marumbi imediatamente vêem a mente um conjunto de vários picos, dos quais se destacam o Gigante, Pta do Tigre e o Olimpo, em Morretes (PR). Entretanto, o maciço do Marumbi avança planalto adentro revelando vários outras montanhas selvagens nada visitadas em virtude das proibições do Parna homônimo. Contudo, o extremo oeste desta majestosa serra finda em três respeitáveis maciços isentos de qq restrição de acesso. São eles, o Vigia, a Torre Amarela e o Canal, onde é possível realizar uma travessia radical de crista ideal prum domingo de tempo bom. Uma pernada q exige mta escalaminhada, senso de direção, suor e bastante adrenalina, porém recompensada com visus privilegiados tanto de td conjunto do Marumbi como da região q a acolhe.
O Vale do Quilombo é um dos vários rincões selvagens nada visitados q se traduzem em fundos vales cavados por rios de águas cristalinas. Situado em Paranapiacaba e paralelo ao Vale do Rio Mogi, o Quilombo despeja suas águas através dos íngremes e escarpados contrafortes serranos rumo Santos formando inúmeros remansos, cânions, poços gigantescos e cachus. Como descer o rio era pura questão de tempo, resolvemos matar essa desfeita neste ultimo fds apenas pra indicar mais este programa radical de 2 dias q rasga o vale serra abaixo até o tradicional Poço das Moças, vencendo árduos 1180m de desnível, pra depois subi-los novamente até a vila inglesa. Aventura, adrenalina e perrengue garantidos q comprovam q fora dos limites formais de Paranapiacaba existe mta coisa ainda pra explorar.
Na ocasião de uma pernada q deixou boas lembranças, a travessia Paranapiacaba-Quatinga, não pude deixar de reparar na possibilidade de caminhadas q um pequeno serrote no caminho podia oferecer. Desgarrado da cadeia principal da Serra do Mar pelo fundo vale do Rio Anhangabaú, a Serra do Itaguacira (&ldquo,Pedra Afiada&ldquo,, em tupi-guarani) se destaca pelo seu pico homônimo elevando-se 1196m acima do nível do mar q exibe um majestoso e inconfundível domo rochoso em sua face norte. Bem acessível da urbe paulistana, pouco conhecida e detentora de uma curta, porém escarpada crista q se espicha sentido nordeste, td indicava novos circuitos diferenciados partindo da tradicional vila inglesa. Dito e feito, no ultimo fds meti as caras por lá apenas pra recomendar mais um bate-volta tranqüilo com direito a travessia de crista a partir do seu pto culminante.
Dos serrotes domésticos próximos à São Paulo, a Serra do Ribeirão é quase totalmente desconhecida a despeito do seu pto culminante, o Morro do Saboó, ser bem visitado pela facilidade de acesso. A alguns anos havia estudado bem a carta da região alimentando a possibilidade de alguma pernada interessante q percorresse boa parte da crista serrana. O resultado foi uma travessia sussa q não apenas palmilha as largas vistas deste ressequido &ldquo,pico menor&ldquo, como tb permite explorar vales verdejantes com muitos poços e riachos, ideais prum domingo de muito sol. Isto a apenas 50km da capital paulistana.