Feriadão de carnaval pra montanhistas que não gostam de carnaval, de ficar em casa olhando essa chuva desgraçada acabar com a tranqüilidade na vida de muitos, modificar a paisagem da natureza em semanas (mudanças que normalmente levariam centenas ou milhares de anos), ficar em casa na deprê pra quê? Mantiqueira neles!
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Carimbo que faltava em meu passaporte, o Equador, país que não faz fronteira com o Brasil, me mostrou o que eu já esperava: Semelhanças incríveis com outros países de nossa América do Sul. Vou falar um pouco sobre isto e o andinismo no país.
Tentei uma vez e o tempo não ajudou, me fazendo voltar a 5.240 metros. Tentei uma segunda vez com previsão de tempo perfeita, mas o tempo não quis seguir o protocolo e não pude sequer sair do refúgio, pois nevava forte e havia uma fina camada de verglass do lado de fora do refúgio. Novamente, todos que ousaram sair voltaram. Alguns dias se passaram e acabei decidindo por subir de novo ao ônibus até o parque, não podia voltar do Equador sem ver esta cratera!
Desde que pensei em ir ao Equador em busca de montanhas, os Illinizas eram objetivos pré-requisito pra expedição. Como acabei ficando no Equador mais que o esperado pude pensar em fazer outras montanhas e pude tentar pelo menos o Norte, tentar…duas vezes.
Tudo começou com uma tarde de bate papo no dia anterior entre eu, o Gavin (norte americano que conheci no albergue) e um outro norte americano/ israelense chamado Danny (Dmitri), sobre ir ou não à montanha. Não considerei o Guagua antes por causa das estórias de assaltos que rolam por lá. Com mais gente talvez fosse mais seguro então joguei a idéia no ar. Ambos toparam, o que seria bom para dividir o custo do transporte!
Partir do Brasil rumo ao Equador significava realizar o sonho de escalar o Cotopaxi, vulcão de cerca de 5.900 metros tido como um dos mais belos do mundo juntamente do Parinacota, além de também ser perfeitamente cônico. No segundo dia em Quito parti pra lá com muitos sonhos…
A manhã de 2 de janeiro chegou, diferente das previsões, com chuva. Mesmo assim, deixei minha mochila pronta e fiquei pensando no albergue se iria ou não. Estão pensando o que? Claro que fui!
Esta frase tem a ver com um conceito de fim de vida ou existência, mas para mim, neste momento, tem mais a ver com uma metáfora sobre minha situação atual e o fim da liberdade propriamente dita. Fim com chave de ouro.
Semana passada troquei e-mails com o Pedro e compartilhei que precisava de uma dose do que os norte-americanos chamam de some time off, a break. É engraçado um desempregado dizer isso, mas eu precisava realmente desligar um pouco a mente de tanta coisa doida que vem acontecendo, escolhi este verdadeiro paraíso brasileiro, Monte Verde.
No dia 27 de junho de 2010, depois de finalmente conseguirmos viajar juntos, lili e eu nos separamos. Ela pegou um ônibus deixando Paris em direção a Amsterdam, de onde sairia seu vôo de volta pro Brasil. Eu peguei um ônibus dez horas mais tarde rumando para Genebra, Suíça. Nesses vinte dias juntos em nossa viagem, passamos pela Alemanha, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Áustria, Itália, Espanha e França. Foi um pouco cansativo em alguns momentos porquê andávamos entre 15 e 20kms todo dia conhecendo os pontos turísticos, mas no final deu tudo certo.