Avalanche mata três montanhistas no Chimborazo

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Uma avalanche atingiu uma equipe de montanhistas enquanto eles escalavam o vulcão Chimborazo no Equador, nesse domingo 24/10. Segundo informações do Serviço Integrado de Segurança ECU-911 afirmou também que mais três pessoas ficaram feridas e as buscas continuam por desaparecidos. Outros 20 turistas também foram socorridos com sinais de hipotermia em uma montanha vizinha, a El Altar, com 5.319 metros de altitude.

Grupo reunido no acampamento alto a 5300 metros.

O Chimborazo é a maior montanha do Equador com 6.263  metros de altitude e esta localizado a cerca de 180 quilômetros da capital Quito. Por ser uma montanha que permanece coberta de neve o ano todo, é muito procurada por escaladores de alta montanha.

No total, 12 montanhistas participavam da expedição e foram atingidos enquanto estavam a cerca de 6100 metros de altitude. No sábado, o montanhista líder da expedição, Klever Gualavisi, publicou em sua rede social que o tempo estava ruim no acampamento alto, a 5300 metros de altitude. “”Mesmo que o tempo não melhore, a maior conquista será vê-los sorrir. Obrigado a todas as nossas famílias por apoiarem nossas loucuras. Vamos pedir a Pachamama para que o tempo melhore”, escreveu. Gualavisi, infelizmente não sobreviveu a avalanche.

Equipes de socorro trabalhando no resgate dos atingidos.

Apesar do Chimborazo ainda ser considerado um vulcão ativo, de acordo com os bombeiros a avalanche não tem ligação com atividades vulcânicas e sim com as condições climáticas. A inclinação da montanha e o acumulo de neve favorecem esse fenômeno.

No início do ano, uma expedição brasileira liderada pelo Gente de Montanha precisou ser cancelada devido a alta probabilidade de avalanches. No momento, o Ministério do Ambiente determinou o fechamento temporário da reserva natural Chimborazo.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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