Avalanches deixam prejuízos e mais de 100 mortos na Ásia

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Quando se esta em uma grande montanha um dos maiores medos é ser surpreendido por avalanches. Nesse ano, o inverno no Nepal, Índia e Paquistão está mais chuvoso, o que tem ocasionado uma série de deslizamentos de terra e neve.

Estima-se que cerca de 70 pessoas teriam perdido a vida após avalanches na Caxemira. Além dos estragos nas regiões mais altas, o Paquistão também sofre com tempestades severas e enchentes nas áreas baixas.

Helicóptero pousando no Manaslu – Foto:

No Nepal, um grupo de sete trekkers também foi surpreendido por uma avalanche enquanto fazia o circuito do Annapurna no último sábado. Quatro sul coreanos e três guias nepaleses continuam desaparecidos e a rota em que estavam foi bloqueada pelos escombros. Outras 35 pessoas precisaram ser evacuadas de helicóptero. Entretanto as condições para o resgate são difíceis e as chances de encontrá-los com vida diminui a cada dia.

Segundo site Aljazeera, foram utilizados quatro helicópteros de resgate para resgatar cerca de 200 pessoas, incluindo 140 estrangeiros. Eles ficaram presos em regiões próximas ao Annapurna afetadas pela avalanche.

Como as avalanches se formam?

Uma avalanche nada mais é que um bloco solto de neve cedendo às forças da gravidade. Assim, ela ocorre quando a neve fofa acumulada se desprende do gelo ou superfície e desce montanha abaixo carregando tudo o que há pela frente. Estudiosos apontam que ela pode chegar até 400km/h e a nuvem de gelo e poeira pode chegar a 50 metros de altura.

Entre os principais fatores que podem causar esse fenômeno estão: o peso do acumulo de neve, as mudanças climáticas, terremotos e até mesmo o peso de um montanhista. Todavia, a presença de vento e as infiltrações causadas pelo derretimento do gelo no sol também podem causar o desprendimento de um bloco de neve e gerar uma avalanche.

Nos casos asiáticos acredita se que a água da chuva tenha se infiltrado sob as camadas de gelo colaborando para que elas se desprendessem e caísse.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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