Carretera Austral: De Hornopirén à Chaitén

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Acompanhe os relatos de Aline Souza em sua cicloviagem pela Carretera Austral desde o começo:

Carretera Austral de Bike

Dia 6 – 28/12/2018

  • Trajeto: de Hornopirén à Chaitén
  • Distância: 60km
  • Acumulado de subidas: 794m
  • Acumulado de descidas: 811m
  • Terreno: asfalto e rípio

Acordamos as 7:30. Quando saímos do quarto demos de cara com um café delicioso.

Pãozinho quentinho, ovos mexidos, panqueca de frutas com doce, vitamina, café (solúvel, mas está valendo). Comemos tudo e ainda sobrou para um sanduichinho de viagem, passei ao Julien esse ensinamento que me foi passado (não vou citar nomes).

Já comentei que fazem dias que ando com muitaaaa fome? Acho que assustei Julien com isso quando ele chegou, mas falei para ele, calma, tenho certeza de que logo estarás com tanta fome quanto eu.

As 8:30 estávamos no Porto onde sairia o ferry. Passamos no escritório para pagar e pegar nossos tickets. O trajeto direto de Hornopirén até a Caleta Gonzalo nos custou 19.000 pesos por pessoa, a viagem dura cerca de 4h30.

O local de saída do ferry lindo e mesmo estando nublado a paisagem estava encantadora. Tínhamos tempo e usei esse tempo para admirar e tirar fotos.

A viagem foi tranquila e linda. Percorremos o trajeto envolvidos em montanhas de um lado e o mar do outro. Tive tempo para curtir a paisagem, colocar os posts do blog em dia, pensar na vida e planejar os próximos dias.

Chegamos na Caleta Gonzalo por volta das 14h, até cogitamos parar para comer algo, mas só tinha um restaurante meio chique. Decidimos seguir viagem.

O trajeto seguia por dentro do Parque Pumalín Norte, 35km de rípio, um lindo percurso com muitas subidas e descidas, mas nada extremamente desafiador.

Paramos efetivamente no parque para um pic-nic. Nesse local haviam varias indicações de trilhas que levariam a cachoeiras e três espaços cobertos para colocar barracas (estavam sendo utilizados). Li que os guarda parques passam pela manhã para recolher as taxas de camping, mas não sei de quanto se trata. Ali também tem banheiro com banho gelado e cozinha compartilhada.

Seria um ótimo local para acampar, mas no nosso caso, precisávamos fazer uma distância maior já que temos dia certo para chegar em El Calafate, e o tempo é curto.

Nosso pic-nic foi queijo e panetone do dia anterior, nectarina de Puerto Montt e o sanduíche do café da manhã. Tudo delicioso.

Aproveitamos para uns ajustes nas sapatilhas e na bike.

Saindo do parque, descemos um pouco e logo paramos no local que considerei o mais lindo do dia. Tirei algumas fotos com meu kit de viajar sozinha e Julien se divertiu com minha preparação. Ainda estou um pouco envergonhada de ficar pedindo para ele ficar tirando fotos minhas … então me viro como se estivesse sozinha.

Ali também seria outro lindo local para acampar, tem um local coberto onde se poder colocar uma barraca e mesa com banco.

Continuamos pedalando no rípio. Nesse tipo de terreno não se pode pedalar muito rápido. A parte boa disso é que conseguimos perceber mais as maravilhas do trajeto e, como tínhamos tempo, parávamos onde tínhamos vontade, ora para apreciar a paisagem ora para tirar fotos. E que paisagens:

O dia estava nublado, mas mesmo assim segui pedalando encantada, olhando para todos os lados e com vontade de parar mais vezes do que parei.

Antes de chegarmos à Chaitén tivemos 15km de asfalto, mesmo com subidas íngremes é mumuzinho depois que se sai do rípio. Seguimos rindo e nos divertindo com piadas e brincadeiras bobas. Sigo feliz de ter a companhia e o bom humor de Julien.

Chegamos em Chaiten por volta das 7h, relativamente cedo considerando nossa experiência do dia anterior.

Conferimos nossas possibilidades no aplicativo iOverland e escolhemos a hospedagem da Rita. Nossas escolha foi baseada no que entendemos como melhor relação custo x beneficio. Nesta opção pagamos 10.000 pesos por um quarto com duas camas, Wi-Fi, banheiro compartilhado e cozinha livre.

Depois de um bom banho fomos ao mercado comprar nossa janta e café da manhã.

Cozinhamos um ravióli 4 queijos e compramos cereal é aquele tal panetone (Julien curtiu) para o café da manhã.

Na hospedagem conhecemos dois garotos que moram nas Ilhas Canárias. Éramos eu de uma Ilha brasileira, Julien de uma ilha de francesa e eles de uma ilha espanhola. Achei engraçada a coincidência. Um dos meninos disse que visitaria o Brasil na sequência. Estava com alguns medos bobos, como relacionado a febre amarela. Ele só irá para o sul do Brasil, disse que poderia ir tranquilo. Deixei meu contato para caso de dúvidas.

Assim que deitamos começou a chover torrencialmente. Agradeci por ter optado por uma hospedagem ao invés do camping.

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Carretera Austral: De Chaitén à Santa Lúcia

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Sobre o autor

Aline Souza, mais conhecida como Aline Elétrica por ser engenheira elétrica é uma multi atleta de Florianópolis - SC. Ela pratica corridas de aventura, trekking, ciclo turismo e escalada em rocha. Siga ela no Instagram @alineeletrica

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