Casos de Covid aumentam no Acampamento Base do Everest

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O Acampamento Base do Everest registrou mais casos de contaminação por Covid-19. De acordo, com testemunhas cerca de seis a oito pessoas são evacuadas diariamente com suspeita de estarem infectadas. Como o governo nepalês mantém a política de sigilo, não há números oficiais de quantas pessoas já foram contaminadas. Estima-se que cerca de 40 pessoas já tiveram que deixar a montanha por conta do Coronavírus.

Cartazes alertam sobre o perigo no Acampamento Base.

O acampamento base se torna uma verdadeira cidade durante a temporada de escalada do Everest. Agências e operadoras de guias adotaram algumas medidas para restringir o contato de seus clientes com outros grupos. Ainda assim, os casos continuam aumentando desde que o montanhista norueguês Erlend Ness foi o primeiro a ser evacuado com suspeitas da doença.

O governo emitiu cerca de 400 permissões até ontem (28/04)  para escaladores subirem o Everest nessa temporada. Isso equivale a 4,2 milhões de dólares para o governo nepalês. Com a equipe de apoio formada por guias, cozinheiros e outros funcionários, o Acampamento Base do Everest pode chegar a uma população de 1.000 habitantes facilmente.

Para escalar o Everest é necessário que cada montanhista apresente um teste de PCR negativo antes do inicio da expedição, todavia foi descoberto um laboratório que falsificava os testes em Kathmandu. Assim, não há garantias de que alguém com o vírus tenha chego ao Acampamento Base já com o vírus e espalhado entre a população de moradores provisórios da maior montanha do mundo.

Governo Nepalês continua emitindo licenças de escalada.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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