Relatamos aqui nossa primeira expedição de longa duração sem o apoio de guias especializados, para a qual organizamos nossa logística e fomos responsáveis pelo próprio transporte e roteiro.
Descrevemos cada etapa desta viagem, que partiu da altitude mínima de 4m (Joinville, nossa casa), chegando à máxima de 6.893m: o cume do Vulcão Ojos del Salado.
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Relato da realização da Travessia Alfa Ômega realizada por Israel Silva, Kelvin Lago, Miguel Trilheiro e Paulo Taqueda.
Em 2012, nossa amiga Rossana Reis postou no Facebook algumas fotos de uma expedição que ela havia realizado lá para as bandas do Marco 22 na Serra da Graciosa, na companhia do Julio Fiori, Natan Fabrício e outros montanhistas bem conhecidos e que sabe-se serem muito experientes. Naquela época, embora já contássemos com várias investidas nas montanhas e morros da Serra do Mar, aquela empreitada nos parecia coisa de gente grande. Não era pra menos, quando vimos o calibre do time que havia se embrenhado naquelas matas com o objetivo de chegar ao Ibitira Mirim, ou Arapongas, de imediato percebemos que se quiséssemos atingir aquele cume, teríamos muito trabalho pela frente e várias incursões de reconhecimento a fim de evitar que saíssemos de lá resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Brincadeiras à parte, sabíamos que aquele time era composto de pesos pesados do montanhismo, e nós, sempre acostumados a aquelas trilhas bem batidas dos PP’s e Tucuns da vida, teríamos que avançar a passos lentos por aquele emaranhado de trilhas do Marco 22, pois nessa época o GPS nos parecia um instrumento bastante antipático.
Segunda parte do relato da travessia Pico Paraná. Subindo pela face leste do Ibitirati e saindo na BR116. Por Elcio Douglas, Raffael Galápagos e Jurandir Constantino.
Como medida compensatória por ter recusado um convite para participar da travessia Transmantiqueira, decidi para aliviar a frustração e aproveitar a longa janela de tempo perfeito, escolher algo desafiador por aqui mesmo.
Principal afluente do Rio Cotia, o Ribeirão da Graça nasce no miolo da Reserva Florestal do Morro Grande pra então seguir seu curso pro norte, em meio a muita mata secundária q alterna fragmentos da original. Atingir a nascente deste límpido curso dágua foi apenas desculpa pruma terceira investida descompromissada á reserva a partir de Caucaia do Alto.
Chegou o dia de ataque ao cume. Jantamos cedo e fomos dormir, tentar dormir. Digamos que nessas horas o sono custa a vir, o frio estava maior, mas deu para descansar um pouco. A uma hora da madrugada acordamos para nos arrumar e tomar o café da manhã, eu e minha dupla de Barrel já havíamos deixado tudo preparado antes de dormir, e já estávamos trocadas com parte da roupa que usaríamos.
Em 2013, pesquisando sobre lugares a conhecer nos arredores de La Paz Bolívia, descobri algumas fotos sem maiores detalhes – do Canõn de Palca (Cânion De Palca), que me fizeram pensar que valeria a pena. Após quinze dias intensos na Bolívia, na companhia de meu grande amigo Cristiano Cavagna, andando muito algumas vezes em passeios turísticos populares como o Chacaltaya e Isla del Sol e outros em lugares pouco visitados, como cinco dias andando pelos Andes no Circuito Illampu, em que partimos (e retornamos) de Sorata, nos sobrava ainda uns três dias para curtir La Paz e arredores.
Acomodados, tivemos nesse dia um rápido almoço preparado pela nossa cozinheira, no cardápio tinha sopa, tomate, pepino, batata, bolachas, chocolate. Nossa cozinheira logo me adotou, quando tentei falar algo em russo com ela. Todo dia ela me chamava pelos apelidos russos do meu nome. Tatiana, Tania, Taniuchka e ganhei uma torcedora fiel para a minha escalada.
A saga continua… Estava cansada, com sono, e com cólicas nessa primeira noite, acabei tomando um medicamento para cólicas, e quando estava começando a dormir, percebi uma certa agitação da minha dupla.