Esta é minha pequena contribuição para comemorar o Dia das Mulheres deste ano, e nossa presença crescente nas montanhas do Brasil e do mundo.
Esta é minha pequena contribuição para comemorar o Dia das Mulheres deste ano, e nossa presença crescente nas montanhas do Brasil e do mundo.
O texto que segue foi tirado do site da Editora Desnivel, traduzi e adaptei ele para a nossa realidade (um pouco diferente da escalada na Europa), por isso a tradução além de não ser literal, contem comentários e conselhos pessoais. Espero que possa ser útil a todos.
Findas as festas do natal de 2013, os amigos seguem para os Andes escalar o Licancabur e o Llullaillaco na distante fronteira Argentino-Chilena sem mim que desta vez escolhi a direção oposta influenciado, pouco é verdade, pelas pressões familiares.
– Se passar mais este fim de ano longe de casa nem precisa voltar!
… mas poderia ser um conceito americano também. O verão no Brasil é uma época em que tarefas simples se tornam quase insuportáveis é muito quente, é muita chuva e não temos pra onde fugir.
Nem sempre o melhor acontece (mesmo com os mais rápidos). A centenas de metros do chão, repentinamente você se acha numa cilada, se vê cercado por nuvens negras que ameaçam cobrir a rocha e anseia descer por causa dos relâmpagos. Infortunadamente não há garantias quando negociamos com perigos como o relâmpago e as tempestades, mas há maneiras de diminuir o potencial desse risco.
Neste texto trago algumas sugestões pra escalar vias grandes (na minha concepção, vias de 300 metros ou mais), já publiquei esse texto em listas de discussão outras vezes em outros anos, mas tem muita gente nova que ainda não leu, e pra quem já leu vale a pena relembrar. Em relação aos outros fiz umas pequenas modificações.
O texto original saiu na Climbing Magazine a muitos anos atrás, traduzi e adaptei o texto de acordo com a nossa realidade e tipo de escalada.
Uma ligeira brincadeira com números que a primeira vista pode parecer inocente, mas há fundamento, acredite, e não é engraçado. Meu retorno ao Parque Nacional do Itatiaia ha muito vinha sendo adiado, por conta de quimioterapia, por conta de uma frente fria invernal oportunista, por conta de agenda que não batia com meu amigo e principal companheiro de montanhas e em especial lá, enfim, diversas razões que invariavelmente impossibilitavam a concretização dos planos. Desta vez tudo deu certo, e não só para nós, para mais amigos. Por que eu deveria deixar um câncer atrapalhar nosso caminho?
Ao descer pela BR 277, de Curitiba para Paranaguá na reta que antecede os viadutos, da paisagem se destaca uma sugestiva montanha que muito interessou o Giancarlo (Cover) Castanharo no início do ano dois mil.
Éramos os primeiros seres humanos a pisar aquele pedaço estreito do planeta. Abraçámo-nos. A celebração ficaria para depois. Naquele momento, estávamos vazios de emoções. Apesar do cansaço, o instinto mantinha-nos atentos, tensos. Apenas queríamos descer o quanto antes. Esperavam-nos ainda muitos rapeis, até alcançar a segurança do colo Alam.
Com previsão de bom tempo para os dias seguintes, a vontade de ficar no campo base não era muita. Ainda assim, para favorecer uma aclimatação by the book, forçamo-nos a passar por ali dois dias antes da nossa primeira incursão aos fundilhos do vale. A curiosidade espicaçava-nos o espírito, já que as nossas passeatas nos tinham levado a espreitar o que haveria por ali, ou seja…já tínhamos avistado o terço superior do Kapura.