Começam os preparativos para escalada do K2 Invernal

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Muita comida, barracas, gás, cordas, equipamentos de montanha e outros materiais chegaram ontem, 09/11, à base de uma das montanhas mais desafiadoras do mundo. Escalar o K2 pela primeira vez durante o inverno exige uma logística detalhista e cautelosa para não faltar nada e nem colocar em risco os carregadores e montanhistas.

Os equipamentos foram transportados por carregadores e animais.

Assim começou a expedição ao K2 invernal, mais uma tentativa de vencer essa temida montanha durante o inverno . A organização da expedição decidiu antecipar o transporte e montagem do campo base na geleira Godwin-Austen, na tentativa de escapar dos dias mais frios e dar mais segurança aos carregadores.

Após nove dias de caminhada desde o vilarejo mais perto, Askoli, os carregadores chegaram a base do K2, a cerca de 5.000 metros de altitude. Lá, eles encontraram temperaturas que chegam a -10º C. Todavia espera-se que na próxima semana o frio aumente e as temperaturas cheguem a -25º C.

Comida e outros suprimentos já estão na base do K2.

Esse é apenas um dos desafios que os alpinistas Chhang Dawa Sherpa, Sergi Mingote, Arnold Coster e Waldemar Kowalewski terão que vencer. Todavia, escalar o K2, a temida montanha da morte, já é difícil no verão quando as temperaturas estão mais brandas. No inverno, eles irão encarar ventos de até 100 km/h e a sensação térmica de -60º C.

A escalada inédita

O montanhista polonês Andrzej Zawada foi o primeiro a tentar escalar o K2 no inverno no ano de 1988. Além dele, os seus conterrâneos  Krzysztof Wielicki e Leszek Cichy, também tentaram mas só chegaram até o acampamento 3.

As últimas tentativas, feitas pelo consagrado montanhista Alex Txikon, e outra pelos russos Artem Braun e Vassily Pivtsov, em 2019, também não obtiveram sucesso. No início de 2020, Mingma Gyalje Sherpa, John Snorri, Tomaz Rotar e Gao Li foram retirados do acampamento base por um helicóptero após chegar até chegar a aproximadamente 6.600 metros de altitude e ter que descer.

Leia mais sobre essa aventura clicando aqui.

Esse ano, a data escolhida para o começo da aventura é 20 de dezembro. Entretanto até lá os montanhista vão precisar aclimatar e se preparar para a jornada. A montagem do acampamento foi apenas a primeira parte.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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