Compostela Gaúcha?

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Verdade? Sim, como Caminho Gaúcho de Santiago, invenção do TILTON MARTINS DOS SANTOS (fez o Caminho de Compostela quatro vezes) e de seu companheiro de caminhadas JAIME NESTOR MÜLLER, residentes em Santo Antônio da Patrulha (RS), que através do Cônsul Espanhol em Porto Alegre, Dom José Pablo Alzina de Aguilar, ficou sabendo do interesse da Espanha, em comemorar condignamente os 800 anos da peregrinação de São Francisco de Assis, acontecido no ano de 1214, saindo da Itália, atravessando a França e chegando á Espanha.

Na visita à cidade do representante espanhol (Porto Alegre, mas creio ser SAP), iniciado na Igreja Matriz, onde abriga a Imagem do Santo Antônio Peregrino, que fora conduzida na caminhada da Compostela, pelo padre Jair Perez de Pinho e o Tilton.  Entre a nossa visita e estada em Santo Antônio da Patrulha em 2019, com intensas atividades do dia, visitas, palestras, incluímos conhecer a proposta do caminho da Compostela Gaúcha na extensão de 12 quilômetros, em zona rural. Realmente a beleza do território encantou e aprovada, e inaugurada com toda pompa em 19 de outubro de 2014 com 356 participantes. Qual seria a razão desse apelo por COMPOSTELA?

Inicio da Caminho Gaúcho de Santiago de 19 km e a Lagoa dos Barros de cenário ao Sul e Sudeste em Santo Antônio da Patrulha / RS.

A compreensão desse fenômeno internacional obriga a recuar, alcançando a origem do Cristianismo, que foi a maior transformação religiosa, moral e social da Humanidade, iniciada por Jesus Cristo e no ano 64 em Jerusalém, congregando os seus 12 apóstolos para auxiliar na sua propagação. Obviamente, sofreram feroz perseguição que culminou na crucificação de Cristo. Um dos apóstolos, chamado Tiago, filho de Zebedeu, embarcou rumo a Andaluzia no sul da então Hispania em ação evangelizadora, alcançando a Galiza, quando resolve retornar a Jerusalém, onde Herodes o decapitou (ano 44) e lançou seus despojos fora das muralhas. Tornou- se o primeiro mártir do cristianismo. Seus discípulos Atanásio e Teodoro, recolheram seus despojos e por via marítima, conduziram para Espanha, enterrando na Galícia na parte mais alta da mata de Libredó, em local conhecido como Campo das Estrelas (Campus Stellae) e só descoberto em 820 ou 830, dando início às peregrinações para a Espanha.

Afonso II, o Casto, foi o primeiro rei peregrino. Saiu de Ovieda, rumo à Santiago, ação consolidada posteriormente com a marcha do arcebispo de Le Puy Gotescalo, que partiu em 847 de Aquitânia e ao concluir a longa caminhada, ordenou fosse erigida uma capela em honra a Tiago e posteriormente, substituída a partir de 1075, pela imponente atual Catedral concluída em 1128, e onde acontece o final das jornadas peregrinas do Caminho de Compostela.

De nada valeram as perseguições aos cristãos, mesmo com a exibição pública, com mais frequência sob os romanos, mostrando os suplícios, lançamento as feras, decapitações, esfolamento, crucificações, empalamentos, queimados vivos, atos que só serviram para fortalecer e solidificar a novel religião.

Os árabes até que a toleravam, ao contrário dos turcos, que os odiavam e por isso tomam Jerusalém, berço do cristianismo.  Face terrível acontecimento, o Papa Urbano II, organiza formidáveis exércitos de cristãos batizado de Cruzadas (por portarem no peito uma Cruz de fazenda Vermelha) para a reconquista da capital cristã.  Foram organizadas oito, não sucessivamente acontecidas em um período de três séculos.  Em 1096, foi organizada a primeira, chefiada pelo monge Godofredo de Bulhões que havia criado a Ordem dos Cavaleiros, constituídos de nobres feudais, apaixonados por aventuras guerreiras e para esse desiderato, monta a Cruzada Popular, arregimentando 300.000 voluntários, pobres, sem equipamento, que alcançam Constantinopla sob duríssimas condições de subsistência, acompanhada por milhares de Templários, mas ao adentrarem território turco sofreram pesadas perdas humanas, reduzidos em 40.000 sobreviventes, mas reconquistam o Templo de Jerusalém.

Na Idade Media muitos cristãos iam em peregrinação da Europa até Jerusalém e outros  lugares santos , onde Jesus Cristo fez suas pregações.  Apesar da caminhada longa e perigosa, alimentava no seu subconsciente a certeza de que maior seria a chance de alcançar o perdão de todos seus pecados. Nos séculos XII e XIV, Roma concedia indulgencia aos peregrinos vitoriosos. Enquanto os árabes dominavam a região, nunca houve problemas de coexistência, mas com a conquista turca vieram as terríveis perseguições e matanças.

Paralelamente ao apelo do Papa, surgem outras Ordens similares e de mesmo propósito como os Cavaleiros Templários, os Cavaleiros Hospitalares do Santo Sepulcro, todos temidos guerreiros, extremamente leais, disciplinados, que asseguravam a necessária proteção aos peregrinos, e ainda, funcionavam como uma espécie de banco portátil, emprestando valores (espécie de letras de câmbio) ou os guardando. Por isso amealharam imensa fortuna e bens. Foram decisivos no pagamento dos resgates regularmente executado pelos turcos que encontraram nos sequestros preciosa alternativa financeira.

Interessante destacar outro notável acontecimento mundial ocorrido no início do século VI, o surgir do Islamismo fundado por Maomé e período que conquistam a Europa onde permaneceram nada menos que 700 anos!

No período de Felipe IV, péssimo gestor e administrador de seu país e grande devedor de empréstimos feito aos Templários, desencadeou violenta campanha em 1307 contra essa organização, quando articulou decisivo projeto com tal desiderato, propondo ao arcebispo Beltrão de Got, elegê-lo Papa na contrapartida de exterminar essa Ordem. Realmente acabou eleito em 1312, como Papa Clemente V e deu início da destruição das referidas Ordens e feroz perseguição também contra os lombardos e judeus.

De imediato, ordenou a morte de seu principal líder, Jacques de Molay (um dos fundadores da Maçonaria) que foi queimado vivo defronte à catedral de Notre Dame, na extremidade da Ile de la Cité, debaixo da ponte Neuf (atual Felipe IV) e apropriação de todos bens e patrimônios da Ordem. Mais de cinco mil Templários tiveram o mesmo destino.

O inicio da peregrinação

Todo esse processo histórico recheado de notáveis acontecimentos, iniciados na Europa com as romarias aos locais sagrados do cristianismo e ainda os trezentos anos das Cruzadas iniciadas em 1096, e depois, com as marchas do Oriente para o Ocidente, quando em 847 descobriu-se o tumulo de Thiago em Compostela, constituíram-se fator determinante na perpetuação dessa saga histórico-religiosa.

Durante esse logo périplo, recheado de importantes acontecimentos políticos, em suas longas e graduais evoluções, foram espontaneamente ocorrendo melhorias da infraestrutura, a exemplo dos primitivos acampamentos, evoluindo para estalagens, breve alcançando o status de vila, logo cidades, algumas se solidificam em capitais, breves Estados e até Nações. Similar ao que resultou ao decorrer da nossa saga tropeira.

As romarias de Compostela,  praticamente  restritas aos europeus,  veio explodir nas Américas, com o  livro inédito,  do  escritor brasileiro,  recordista mundial em edições de seus trabalhos,  intitulado O DIÁRIO DE UM MAGO, sendo  Paulo Coelho o seu autor.  Nasceu em 1947, foi Diretor de Teatro, Músico, Compositor, Jornalista, estudou Magia e Ocultismo, escritor consagrado mundialmente em obras de autoajuda, membro de várias Ordens Espiritualistas. Fez a caminhada dos 700 km em três meses, inspirador da importância de Compostela, provocou a explosão latina americana na busca dessa caminhada, não no sentido da aventura, mas compreender sua dimensão espiritual, na recarga do reencontro e conversão dessas energias. Sacrifício que lhe permite alcançar o avatar da humildade, da solidariedade, do amor ao próximo, das renúncias mundanas, e esperança em um Deus. Compostela é a caminhada da renúncia, do conhecimento, da Sabedoria. Peregrinar é a maneira objetiva de se conseguir chegar à Iluminação. Faz lembrar Carlos Castanheda, outro notável espiritualista, que assim se manifestou: “O tempo não é algo que corre sempre no mesmo ritmo. Nós é que determinamos o ritmo do tempo. Procure tirar prazer da velocidade que não está acostumado. Mudando a maneira de fazer as coisas rotineiras”. Obviamente existe hoje o culto do egocentrismo e moda: através do trekking. Já o ato de peregrinar, ao contrário, é prazer, é alimentar nossos sonhos. Nunca pare de sonhar.  Não mate teus sonhos!  É a trilha segura para alcançar o sentimento de indulgência, da sabedoria, do poder, na maneira objetiva e concreta de se chegar à Iluminação.

Dado a sua reconhecida relevância, o Conselho da Europa em 1987, reconhece como a Estrada de que conduz à Santidade e em 1993 a UNESCO a declarou Patrimônio do Mundo. Hoje, sintetiza as várias dimensões de sua busca: fé, espiritualidade, cultura, aventura ou esporte. Com o livro do Paulo Coelho atingiu em cheio artistas da televisão, jornalistas e espiritualistas que invadiram Compostela, lançando mais obras a respeito, e na incessante busca ao espiritual. Curitiba tornou se pioneira nessa empreitada mantendo ininterruptas viagens nesse sentido, capitaneada pela competente amiga templária Ana Paula Wanke.

O Caminho Gaúcho de Santiago

Concluída nossa ligeira digressão histórico-cultural, voltemos ao rincão gaúcho, quando viajamos para Santo Antônio da Patrulha e participar do Programa dos 30 anos de um bem sucedido projeto chamado RAÍZES (em que todas as descendentes de Santo Antônio da Patrulha, através da oralidade aberta a todos que querem escrever algo de sua história o façam, perpetuando saberes que normalmente são perdidos com o correr do tempo), idealizado e concretizado, por uma das mais notáveis professoras e a Doutora em História: Vera Maciel Barroso.  Para entender a dimensão desse projeto urge recuar ao alvorecer do Rio Grande do Sul acontecido em 1809 por Provisão Real, criando os municípios de Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha. Hoje o Estado ostenta 493 municípios descendentes. No propósito de compreendermos a relevância do projeto, apensamos o gráfico genealógico, que nos permite relacionar todas as gerações subsequentes de Santo Antônio da Patrulha, hoje na ordem dos municípios tataranetos. Objetivo de conhecer, divulgar, a trajetória de cada município, em seus aspectos sócio-político, econômico, religioso, educacional e patrimonial. É a socialização da Memória, no dizer da sua criadora. Ouvir a história e estória de cada um de seus munícipes.

Trecho inicial do Caminho da Compostela Gaúcha. Rota de 19 km. Visão para SW.

Voltemos ao nosso COMPOSTELA GAÚCHO, chamado de Caminho Gaúcho de Santiago. Desfrutamos imenso privilegio, de sermos hospedados na casa da Vera, imóvel de 1850, estilo colonial português, restaurado, tombado, além de continuar residência, abriga o Museu Juca Maciel (inaugurado em 05 dezembro 1987) genitor da Vera Maciel, Ana Clara, Fernando José e Antônio Carlos.  Juca Maciel, além de Cartorário do Registro de Imóveis ali instalado, também era historiador.

Em nosso giro exploratório na cidade de 41.000 habitantes, com belíssimas casas antigas e de forte herança portuguesa, açorianas, conservadas em estilo colonial, topamos em todas as praças e jardinetes, pequenos outdoor convidando a se fazer o Compostela Gaúcha. Na busca de informes, descobrimos que são dois percursos: um de 12 e outro de 19 quilômetros. No dia 23 de Outubro de 2019, perto das 08 horas estávamos prontos para o Caminho Gaúcho de Santiago e graças à advogada Ana Clara, irmã da Vera, que nos conduziu gentilmente (deixando seus afazeres, trabalho) pela rodovia RS-030, rumo litoral, largando antes o Vita na Tenda do Floriano, onde se enfrenta violenta subida da Estrada do Silvério Gomes e o Geraldo poucos km depois, defronte as instalações da ex-AGASA, também com o forte aclive do morro Bento Silveira Goulart. O primeiro percurso em poucos quilômetros vai cruzar com o outro mais longo (estradas rurais bem conservadas e amplas) e prosseguir juntos, culminando na Igreja Matriz de Santo Antônio da Patrulha e desfrutar ali, da idílica paisagem, típica desses rincões. Trajeto em estradas rurais, de pouco fluxo de veículos, segura, casas próximas e toma-se entre 2.5 a 3 horas de caminhada, conforme seu ritmo e aberta a todas as idades, daqueles que vencem as tantas inércias da vida, em que sofás e teclados, mundo digital nos agarram e não soltam e que achamos que os relógios trabalham para nós.

Visão para o N do Caminho da Compostela Gaúcha e os contrafortes da Escarpa da Serra Geral.

Num determinado trecho, fomos “visitados” pelo Jaime Nestor Müller, idealizador, incentivador, responsável pela via, estatísticas, certificados, informações, apoio quando das datas especiais, etc., que pretendia estar conosco, mas obstaculizado por ser palestrante no encontro RAÍZES não pode, mas em nobre gesto fez em sentido contrario o nosso (cidade – inicio) o trajeto de carro e veio ver como estávamos e se precisássemos de algo, algo que nos deixou muito emocionados. Ao final da nossa empreitada, brindou-nos com os Certificados entregues aos que a concluem. Percurso muito bonito, vindo do interior, através de divisores de águas, tendo companhia no inicio de belíssima lagoa histórica e considerável (Lagoa dos Barros) e ao Norte, os primeiros degraus da Escarpa da Serra Geral (vulcânicas e arenitos Botucatu), que diferentemente dos demais estados em que está presente, ela molha e até mergulha os pés no oceano, em que a caminhada percorre um território ondulado e verdejante, alternando a primeira fase mais de subidas até o divisor de águas, praticamente na metade, quando apenas são descidas até chegar à periferia de Santo Antônio da Patrulha, que se ascende numa avenida gradualmente e com belíssimo casario colonial até o outeiro onde está assentado o templo religioso da catedral de Santo Antônio da Patrulha, que historicamente desde os primeiros anos de 1700, através de povoadores oriundos de Laguna, estabeleceu o inicio da ocupação, colonização do Rio Grande do Sul, que o topônimo mais conhecido era de suas formações de Campos Gerais e inicio do Caminho das Tropas, de Campos do Viamão. (Ybiã+mons, mistura do Guarani Antigo com o espanhol…uma serra ao redor, Escarpa da Serra Geral para o N).

Orografia, a Escarpa da Serra Geral ao N e NW no município de Santo Antônio da Patrulha.

Algo jocoso e até intrigante ocorreu no percurso. Acostumados nas andanças no interior paranaense, especialmente ocupado pelos caiçaras ou caboclos, nas trilhas ou caminhos de chão de terra, é habito profundamente arraigado de que quando você cruza qualquer pessoa, independentemente do número e idade, costuma- se cumprimentar. Dentro desse hábito, aplicávamos essa norma com todos os transeuntes que topávamos, desde crianças, jovens, mulher, homem, solitários, ou grupos e jamais correspondidos. Pois bem, o Geraldo que vinha atrás, comentou depois que algo tinha acontecido na frente, pois até os cachorros da rota vieram conversar, além do gado, galinhas e outros seres prestaram atenção no segundo caminhante, sem que tenha algo diferencial. Pois bem, vou (GB) arriscar uma interpretação: imagine um Senhor de cabelos há tempos brancos, magro, atlético, caminhando sozinho e com passos rápidos, sem pisadas falsas ou quebra do ritmo, determinado e muito simpático, em locais de peregrinos que ele jogou o limite de mais vivido para cima em décadas e então, dá para acreditar? Para eles de jeito nenhum! A inércia toma conta de muitos depois de certa idade e parece que quase tudo fica proibido, muda-se de dimensão muito antes do verdadeiro ultimo suspiro. E assim os moradores da borda do caminho pensaram que era algo insólito demais para acreditar, vendo o espetacular Vita caminhando e sempre, gentil, de largo sorriso e abundante generosidade e vasta cultura.

Correndo atrás do Vita

Também, outro fato que me faz dar risada sempre (GB). Tinha alguns quilômetros a mais para percorrer que ele e sabendo que tem preferência de caminhar com seu continuo e excelente ritmo e sozinho, em determinado momento, novamente abusei e disse ao meu alter ego (o Walter Lego) “vou encontrar o Vita” e passei fazer além de 5 km por hora que estava fazendo (há placas no caminho lhe indicando a quilometragem, dizeres religiosos e de estimulo) e pouco depois, vi entre as arvores numa curva, algo azul e pensei, “ai está o Vita” já que ele estava de casaco azul. Não era, mas uma caixa de água. Pois bem, mais rápido ainda, sem paradas (há água no caminho e casas que podem lhe fornecer desde que não pareça uma “bisage”) vou pegá-lo no trecho final do caminho… Até hoje estou procurando por ele, que faceiro como um menino (que é), mesmo com temperatura acima de 30 graus, aguardava-me ao lado da Igreja no ponto final, sem suor e já com 15 minutos em minha espera, além de outro detalhe, no final (500 m restantes) as placas desapareceram e ele foi além do ponto (esquerda para chegar na Igreja Matriz) pela rua até o alto do morro urbanizado (boa subida), em que cada casa disputa com as vizinhas quem tem o jardim mais florido, cuidado e diversificado. Voltou, desceu e lá estava ao lado da igreja, como se tivesse saído para comprar pão. Eita, eta!, nosso maravilhoso amigo e ícone, o iluminado Vita, que tão especial tem no apelido, outro.

Parte final da caminhada já na periferia de Santo Antônio da Patrulha / RS.

Como os paranaenses de todas as origens tem na sua busca turística viageira, conhecer Canela e Gramado, especialmente aos montanhistas, caminhantes, ciclistas, devotos e os que buscam algumas respostas, que apenas os caminhos nos dão, sugerimos para que ampliem um pouco e vão até Santo Antônio da Patrulha, zona metropolitana de Porto Alegre, bastante próximo da Serra Gaúcha, oferecendo muitas pousadas e boa infraestrutura hoteleira, para todos os níveis, além de viverem a história humana desse rincão, que é daqueles que muito lamentamos não ter ido antes. É conhecido Santo Antônio da Patrulha (SAP) com a terra da cachaça, sonho e da rapadura. Assim, combustível para antes ou depois, tem e excelente.  Mais Informações pertinentes podem ser obtidas junto à prefeitura ou com a ELOS TRAVEL, assim como nos links abaixo.  Para engrandecer a empreitada, retorne pelo litoral bem próximo, na hoje pista dupla da BR-101 e depois, digam-nos quantas Tendas avistaram se foram em direção W, pela Rota do Sol, subindo pela impressionante Escarpa da Serra Geral, para eles os Aparados da Serra.

Esse texto foi produzido com a parceria de Geraldo J. Barfknecht

Jaime Müller e a entrega dos certificados em 23 de OUT de 2019. Santo Antonio da Patrulha / RS.

Municípios originários de Santo Antonio da Patrulha.

Mapa do caminho

Referências

https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/verao/noticia/2019/02/uma-trilha-no-caminho-gaucho-de-santiago-de-compostela-em-santo-antonio-da-patrulha-cjrm7sjg9027z01q9ogga6yb7.html

http://www.santoantoniodapatrulha.rs.gov.br/pmsap/Caminho%20de%20Santiago%20em%20Santo%20Ant%C3%B4nio%20da%20Patrulha

https://www.viagensnodiva.com.br/2017/09/caminho-gaucho-de-santiago-em-santo.html

Como é o Caminho Gaúcho de Santiago de Compostela

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Sobre o autor

VITAMINA – Henrique Paulo Schmidlin Como outros jovens da geração alemã de Curitiba dos anos de 1940, Henrique Paulo foi conhecer o Marumbi, escalou, e voltou uma, duas, muitas vezes. Tornou-se um dos mais completos escaladores das montanhas paranaenses. Alinhou-se entre os melhores escaladores de rocha de sua época e participou da abertura de vias que se tornaram clássicas, como a Passagem Oeste do Abrolhos e a Fenda Y, a primeira grande parede da face norte da Esfinge, cuja dificuldade técnica é respeitada ainda hoje, mesmo com emprego de modernos equipamentos. É dono de imenso currículo de primeiras chegadas em montanhas de nossas serras. De espírito inventivo, desenvolveu ferramentas, mochilas, sacos de dormir. Confeccionou suas próprias roupas para varar mata fechada, em lona grossa e forte, cheia de bolsos estratégicos para bússola, cadernetas, etc. Criou e incentivou várias modalidades esportivas serranas, destacando-se as provas Corrida Marumbi Morretes, Marumbi Orienteering, Corridas de Caiaques e Botes no Nhundiaquara, entre outras. Pratica vôo livre, paraglider. É uma fonte de referências. Aventureiro inveterado, viaja sempre com um caderninho na mão, onde anota e faz croquis detalhados. Documenta suas viagens e depois as encaderna meticulosamente. Dentro da tradição marumbinista foi batizado por Vitamina, por estar sempre roendo cenoura e outros energéticos naturais. É dono de grande resistência física e grande companheiro de aventuras serranas. Henrique Paulo Schmidlin nasceu em 7 de outubro de 1930, é advogado e por mais de uma década foi Curador do Patrimônio Natural do Paraná. Pela soma de sua biografia e personalidade, fundiu-se ao cargo, tornando-se ele próprio patrimônio do Estado, que lhe concedeu o título de Cidadão Benemérito do Paraná.

1 comentário

  1. Grandes Mestres Vitamina e Barfknecht, saudações!

    Excelente relato e apenas um registro: É fato que os chamados Altos Graus Escoceses, têm como especificidade vincular-se às origens cavalheirescas da Maçonaria. Este fenômeno franco-alemão, surge depois da tese apresentada pelo Cavaleiro Ramsay, em 1736, na Loja Le Louis d´Argent: após a dissolução da Ordem do Templo pelo Papa Clemente V e o Rei Felipe, o Belo, em 1312, alguns Templários teriam encontrado refúgio em Heredom, daí a origem do termo Escocês nos Ritos Maçônicos e de escocismo em seus Altos Graus. Entretanto, pela falta de registros históricos do período operativo (os ensinamentos e rituais eram transmitidos e executados de forma oral pelos Iniciados), não há consenso sobre a origem Templária ser direta ou indireta. Contudo, a história real e comovente do martírio do último Grão Mestre, Jacques DeMolay (que preferiu morrer à trair seus Juramentos e Irmãos) além de estar presente nos Altos Graus dos Rito Escocês e de York, também serviu como inspiração para a fundação, em 1919, da maior organização paramacônica juvenil do Planeta: A Ordem DeMolay!

    Fraterno Abraço do Norte do Paraná!

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