Esporte Espetacular apresenta psicobloc em cachoeira de Minas Gerais

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Escaladores exploram rochas em companhia de uma queda d’água


Na manhã deste domingo (18), os espectadores do Esporte Espetacular, exibido pela Rede Globo, vão mergulhar fundo em mais um programa do Psicobloc. A quarta edição traz imagens de um cânion localizado no sul de Minas Gerais, na cidade de Capitólio.

“O lugar é conhecido por ter grandes cânions, um local muito bonito e muito bom para a prática do psicobloc”, avisa a repórter Cris Dias que sentiu pela primeira vez a sensação da modalidade de escalada. Só de sapatilha ela subiu uma das vias e teve a água como sua rota de fuga.

O produtor do programa, Rafael Freitas também desfrutou das emoções do local ao lado de atletas mineiros e do pioneiro da modalidade Felipe Dallorto. “Uma das tarefas do produtor em uma matéria de psicobloc é ir aonde os atletas vão, debaixo da cachoeira”, relata Freitas.

Para ter um gostinho do que irá ao ar, os internautas podem acessar o site do programa (http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular) e acessar o vídeo postado no EE de Bolso.

Pioneiro brasileiro – A modalidade psicobloc surgiu em Mallorca, na Espanha, nos anos 70, e consiste em uma escalada sem cordas. As paredes precisam ser verticais ou negativas (inclinação no sentido do solo) e rodeadas de água. O escalador ao conquistar as vias, encontra na água a sua rota de fuga.

“Não se trata de uma montanha ou escalada que necessite de equipamentos de segurança. A conquista é no estilo deep water soloing, mais conhecido como psicobloc. Só se usa sapatilhas e em caso de quedas, cai na água”, explica o carioca Felipe Dallorto, pioneiro no País a desenvolver a modalidade em 2009.

“É como entrar em um mundo desconhecido. É uma escalada pura, sem cordas, sem equipamentos. Nela, você nunca sabe o que vai encontrar pela frente, está sempre entrando on sight, ou seja às cegas”, continua o escalador que já conquistou três locais no Brasil para a prática da modalidade.

Sua primeira realização ocorreu no Parque Estadual da Pedra Branca, em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. “O lugar é uma antiga pedreira que deve ter alcançado algum lençol freático”. As paredes chegam a 15 metros de altura e várias vias já foram definidas por diversos escaladores após a sua descoberta.

Outro local inaugurado por Felipe e por Flavia dos Anjos foi Arraial do Cabo, também no Rio de Janeiro. No mês de abril de 2010, eles escalaram as rochas da Ilha do Farol. “Há inúmeras possibilidades de psicobloc, e o lugar nos remetia, o tempo todo, às imagens que temos de Mallorca. Mar azul, águas cristalinas, paredes negativas, pôr-do-sol exuberante e vários golfinhos”, descreve Dallorto.

Em junho do mesmo ano, outro lugar foi desbravado pela dupla, desta vez, no Nordeste. A cidade alagoana Olho D’Água do Casado é a porta de entrada para se chegar ao cânion do Talhado que margeia o Rio São Francisco. “É um lugar maravilhoso, impressionante e imponente, ficamos até perdidos, sem saber por onde começar, mas o próprio lugar nos mostrou seu caminho e descobrimos bons setores para a prática, que oferece algumas dificuldades como um tipo de rocha quebradiça e muitos galhos no fundo do lago. Isso nos deu medo, mas também valorizou o que conquistamos”, conta Flavia.

Para Felipe Dallorto a modalidade tem tudo para dar crescer. “O nosso País é rico em mares, rios e pedras, e o psicobloc é uma escalada pura que mexe com qualquer pessoa que pratica a modalidade com essa consciência”, afirma o atleta que no começo de outubro irá para Mallorca, sendo recepcionado pelos irmãos espanhóis Iker e Eneko Pou, referências mundiais da prática.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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