Filme Imparável conta história de superação na montanha

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Após quatro anos de muito treino e preparação Getúlio Felipe chegou ao topo da Marmolada, a Rainha das Dolomitas com 3300 metros de altitude, a montanha mais alta dos Alpes Italianos. Essa seria uma história comum se Getúlio fosse uma pessoa comum, todavia não é bem assim. O garoto gaúcho de 14 anos é um grande exemplo de força e superação humana, imparável.

Getúlio superou muitas dificuldades durante a escalada

Getúlio, o personagem principal dessa história, sofreu de paralisia infantil e carrega algumas sequelas como a dificuldade de se locomover e de se equilibrar. No entanto, desde que ele começou a andar, com sete anos de idade, ele não para de superar seus limites. Pedro McCardell conheceu Getúlio durante um evento beneficente e ficou encantado com a força do garoto. É ai que essa história começa!

Durante uma viagem a Patagônia, McCardell teve a ideia de convidar Getúlio para escalar uma montanha na Itália, onde mora. A princípio a escalada seria apenas para apresentar ao Getúlio essa modalidade esportiva. “Nós apenas alimentávamos a ideia de escalar por escalar, pela experiência e pelo desafio, foi um compromisso que formei com ele pessoalmente, apenas isso. Falávamos dos treinos, de como seria a experiência, do frio, da altitude e das dificuldades que teríamos”, disse McCardell.

Getúlio e Pedro se tornaram grandes amigos.

No entanto, uma história como essa deve ser vista pela maior quantidade de pessoas possíveis e McCardell que é produtor e diretor de cinema teve a ideia de gravar todo esse desafio. “Nós fizemos esse filme para transmitir mensagens que consideramos importantes pra todo mundo. A força da família, a educação, o trabalho em equipe, a resiliência, a determinação e a inclusão”, revelou.

Imparável, o filme

Para produzir o filme Imparável, McCardell contou a colaboração de centenas de pessoas, entre a equipe de filmagem, pré produção, pós produção, equipe de resgate, colaboradores em geral, e também da parte mais técnica para finalização do filme. A pré produção levou cerca de um ano e meio, com dezenas de reuniões com toda a equipe, com a  Dolomiti UNESCO, a equipe de resgate com helicópteros, fotógrafos, médicos e etc.

As imagens do dia a dia de treinamento foram captadas pelo próprio pai de Getúlio, que o acompanhou em todo processo e também pela produtora Sweethearted Pirates. Já na montanha foram utilizados profissionais especializados em escalada tanto no apoio ao Getúlio, como também para as filmagens. “Sem a equipe de suporte nada disso teria acontecido. O nosso objetivo era voltar pra casa em segurança, independente de termos conseguido subir a montanha ou não. A importância não só da equipe, mas em trabalhar em equipe foi o ponto chave para obter êxito no projeto”, conta MacCardell.

Imparável mostra a força e garra de Getúlio.

A equipe apoiando um ao outro foi fundamental.

Também participa do filme o grande escalador Hans Kammerlander, o primeiro ser humano a escalar o Everest e descer esquiando com o seu depoimento sobre o montanhismo.

O filme é totalmente independente e deve ser lançado em junho em um evento do Instituto Ayrton Senna com o apoio da rede Cinemark. O filme não conta com patrocínio de marcas ou incentivos governamentais. “Gostaria apenas de agradecer a oportunidade de realizar esse filme, às todos os nossos amigos e às famílias que nos ajudaram, e a equipe excelente que conseguimos montar, de profissionais competentes e engajados”, finaliza o diretor.

Confira o trailer dessa história inspiradora:

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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