Montanhistas são multados após pedirem ajuda nos Alpes, eles estavam em uma montanha fechada

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Pelo menos seis montanhistas foram multados após pedirem ajuda para descer do Cerro Cervino também conhecido como Matterhorn (4.478 m), uma das montanhas mais famosas dos Alpes. A montanha está com os acessos do lado italiano fechados devido aos riscos de avalanches e outros acidentes causados pela forte onda de calor na Europa.

O cerro Cervino é chamado assim apenas do lado italiano da montanha. Na Suíça ele recebe o nome de Matterhorn.

Tanto os guias do lado italiano como do lado suíço da montanha decidiram suspender as atividades há mais de um mês devido ao alto risco. Em 02/08, um grande deslizamento forçou a evacuação de 13 montanhistas, e para evitar outros acidentes, as autoridades do lado italiano decidiram fechar a montanha para a visitação.

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Ainda assim, alguns montanhistas burlaram a proibição de entrada. Seis deles precisaram de ajuda para retornar a base e foram cobrados pelos custos do resgate.  O primeiro caso aconteceu em 13/08 quando um alpinista polonês ficou preso no pico Tyndall (4.241m ). Assim, as equipes de resgate acionaram um helicóptero para resgatá-lo e ao desembarcar em segurança ele recebeu uma multa por estar em uma montanha fechada para visitação, bem como a conta das despesas do resgate, pois o montanhista não estava ferido.

Deslizamento ocorrido no inicio de agosto.

Três dias depois, outros três montanhistas também poloneses pediram ajuda para descer, pois estavam exaustos e sem forças para continuar. Como as condições de voo eram ruins, as equipes de resgate recomendaram que eles se abrigassem no refugio Capanna Carrel (3.830 m). No dia seguinte, as condições continuaram impróprias para voo e os três decidiram descer por conta própria. Eles escaparam de pagar os custos do helicóptero e do resgate. No entanto, as equipes aguardaram até eles chegarem na base da montanha para multá-los por terem entrado na montanha sem permissão.

No final de agosto, mais dois montanhistas, um tcheco e um eslovaco foram multados e precisaram pagar os custos do resgate após serem evacuados de helicóptero do Col Felicite (4300m). Os custos do resgate variam entre 7 e 9 mil euros.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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