Grupo de mulheres acima de 50 anos realizam travessia do Himalaia

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Março é considerado o mês das mulheres e vimos inúmeras histórias de vida de mulheres fortes e corajosas.  A história de Bachendri Pal e do projeto FIT@50 é mais uma delas. Ela foi a primeira mulher indiana a escalar o monte Everest e atualmente, com 68 anos, lidera uma equipe sênior de mulheres na travessia do Himalaia.

O grupo é formado por 12 mulheres de diferentes profissões, aposentadas, donas de casa, mães e avós.

Bachendri nasceu na Índia e cresceu em uma pequena aldeia nas montanhas, observando e admirando os montanhistas que passavam por lá em busca de aventuras no Himalaia. Apesar da origem humilde e da cultura da região que não achava necessário mulheres estudarem, Bachendri foi incentivada por seus pais a se formar. Eles acreditavam que a educação e um emprego era a única forma dela sair da pobreza.

Após estudar Bachendri, se tornou montanhista, escalou o Everest e  trabalhou mais de três décadas na Tata Steel, sempre em projetos que envolviam o montanhismo e também a escalada feminina. No entanto, na hora de se aposentar, ela decidiu que ainda tem muito fôlego para fazer o que gosta. Assim ela criou em 2019 o projeto chamado FIT@50.

Assim ela e mais 11 mulheres acima de 50 anos começaram uma expedição no Himalaia no último dia 12/03. Elas deverão fazer a travessia do Himalaia de leste a oeste -de Arunachal a Ladakh – percorrendo mais de 4.977 quilômetros e atravessando 37 passos Montanhosos.

A equipe Fit@50

“Os membros da minha equipe têm 50 anos ou mais, e a longa duração da expedição e vários outros desafios, como fatores emocionais, sociais e mentais, fadiga e restrições climáticas, tornam esta iniciativa única. Mas, pretendemos dar o exemplo para todas as mulheres e aumentar a esperança de que é possível manter a forma e a saúde também na terceira idade”, afirma.

Elas tiveram o apoio do exercito para passar por uma área restrita.

Elas começaram a expedição em 12/03 e caminham em média 20 km por dia, das 4 às 10 horas da manhã, antes de ficar quente demais. “Estávamos fazendo 25 a 30 km antes, mas estava ficando extenuante”, contou. Elas já passaram por áreas restritas com o apoio do exercito e devem chegar ao destino apenas em agosto, após cinco meses de caminhada.

O grupo é formado por mulheres de diferentes profissões, aposentadas, donas de casa, mães e avós. O projeto conta com um site que mostra a história de cada uma das integrantes do grupo.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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