Guia morre durante trilha no Parque Nacional do Itatiaia

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Um guia de turismo de 63 anos morreu na manhã de 08/06, após sofrer um mal súbito enquanto realizava a trilha do Agulhas Negras, no Parque Nacional do Itatiaia. Ele frequentava o parque há cerca de 37 anos e conhecia bem o lugar.

O Pico das Agulhas Negras é o ponto mais alto do Parque e a sexta maior montanha do Brasil. Foto: Kayna Moreira

De acordo com as informações iniciais, o homem liderava um grupo de 28 pessoas vindos de São Paulo. O grupo chegou ao parque no dia anterior e acampou no Abrigo Rebouças e iniciou a caminhada para o cume do Agulhas Negras, por volta das 7h do 08/06.

Testemunhas relataram que, cerca de 20 minutos após o início da trilha, o guia caiu no chão já desacordado. Uma médica que estava no grupo prestou os primeiros socorros no local. “Ela constatou que ele já estava sem pulsação e não respirava. Mesmo assim, realizou procedimentos de reanimação até às 9h53, quando uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local e confirmou o óbito”, informou um policial.

O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Volta Redonda. O laudo preliminar apontou infarto agudo do miocárdio como causa da morte.

Em nota oficial, a direção do Parque Nacional do Itatiaia lamentou a perda. “Apesar das tentativas de reanimação realizadas por médicos presentes no grupo e da atuação rápida das equipes de apoio e resgate, o falecimento foi constatado pelo Corpo de Bombeiros às 9h50”, diz o comunicado.

Participaram do resgate as equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Parquetur, Anjos da Montanha, Corpo de Bombeiros e brigadistas do parque.

“A equipe do Parque seguirá prestando o devido apoio à família nos próximos dias. Lamentamos profundamente a perda do visitante, frequentador assíduo do Parque desde 1988, e expressamos nossa solidariedade à família e aos amigos neste momento de grande sensibilidade.”, finaliza a nota da gestão do parque.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

2 Comentários

  1. Rogério Alexandre Francisco da Silva em

    Que sua memória e realizações sejam perpetuadas nos cuidados que ofertamos aos próximos nas montanhas. Participou da criação de grupos de Montanhismo e foi muito ativo, frequentando o PNI por décadas. Meus sentimentos aos familiares e amigos.