Juliana Marins, brasileira que caiu durante trilha na Indonésia, segue aguardando resgate

0

A brasileira Juliana Marins continua aguardando resgate na encosta de um vulcão na Indonésia. Ela está no local desde o dia 20/06, quando caiu em um penhasco enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, que tem 3.726 metros de altitude.

Juliana Marins estava fazendo um mochilão. Foto: Redes sociais

Inicialmente, foi noticiado que os resgatistas haviam conseguido entregar comida e água, de acordo com informações das autoridades locais. No entanto, familiares da brasileira afirmam que essa informação não é verdadeira e que ela permanece no local, desde então, sem água, comida ou qualquer tipo de aquecimento.

A irmã de Juliana criou uma página no Instagram para divulgar atualizações sobre o estado da jovem e também para pressionar as autoridades brasileiras e indonésias a colaborarem no resgate.

Na página, ela informou que, no dia 23/06, uma equipe tentou chegar até Juliana utilizando cordas para acessar o local. No entanto, após um dia inteiro de tentativas, a operação foi suspensa, pois não era possível continuar durante a noite. A equipe conseguiu descer cerca de 250 metros, mas ainda restavam mais de 300 metros até onde Juliana está.

Monte Rinjani na Indonésia. Foto: Wikimédia Commons / César González Palomo

Dois montanhistas indonésios, com grande experiência, também chegaram ao vulcão para ajudar na operação. Há informações de que uma furadeira será levada para instalar ancoragens e realizar um rapel até Juliana. No entanto, a esperança dos familiares e amigos é de que um helicóptero consiga alcançá-la durante uma breve janela de tempo, prevista entre 11h e 12h (horário local) do dia 24/06.

O resgate foi retomado às 6h da manhã do dia 24/06 (19h do dia 23, no horário de Brasília) e segue em andamento.

Entenda o caso

Juliana estava em uma viagem de mochilão quando decidiu subir o vulcão Rinjani. Segundo relatos, ela se queixou de cansaço e acabou ficando sozinha na trilha. O guia, que havia seguido com o grupo, retornou após estranhar sua demora e, então, descobriu que ela havia caído. Um grupo de montanhistas espanhóis conseguiu localizá-la com a ajuda de um drone no primeiro dia. Pelas imagens feitas, ela aparentava estar debilitada, porém consciente.

O terreno no vulcão é extremamente íngreme, com muitas pedras e cascalho solto. Além disso, o frio intenso e a neblina dificultam as operações, que já foram interrompidas diversas vezes. Há, ainda, a hipótese de que Juliana tenha escorregado mais para uma parte inferior do penhasco.

O Parque divulgou em suas redes sociais o trabalho dos resgatistas mas também afirmam que não tiveram sucesso. A irmã de Juliana afirmou que as visitações no parque continuam abertas enquanto a brasileira espera por socorro e faz apelos para que o resgate seja mais rápido.

 

 

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Comments are closed.