Lukas Woerle desiste de cume para salvar carregador de montanha no Broad Peak

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O montanhista austríaco Lukas Woerle foi protagonista de mais um resgate heroico nos Himalaias. Ele salvou o carregador de altitude Murtaza, que estava passando mal próximo ao cume do Broad Peak com 8051 metros de altitude, a 12ª montanha mais alta do mundo.

Broad Peak

Woerle estava escalando o Broad Peak de forma independente, ou seja sem Sherpas e sem Oxigênio. No entanto, quando se aproximava do cume ouviu um pedido de socorro. “encontrei um HAP paquistanês [carregador de alta altitude]deitado na neve”, disse a ExplorersWeb. “Não foi possível me comunicar adequadamente com ele, então comecei a arrastá-lo e empurrá-lo de volta para baixo.”

Ele arrastou o carregador por volta de 9h montanha abaixo. No meio do caminho, Woerle encontrou o montanhista americano Dan Buonome que ajudou ele a dar alguns remédios e transportar Murtaza para o acampamento 3.

Devido ao mal tempo, eles ainda tiveram dificuldades para encontrar o Acampamento 3. Eles só conseguiram chegar até lá, pois a equipe do acampamento base pediu o auxílio de outro guia chamado Stefan Fritsche que os encontrou em meio a neblina.

O carregador de montanha, Murtaza, sofreu algumas queimaduras devido ao frio, mas ainda assim procurou o montanhista austríaco no acampamento para agradecê-lo antes de ser transferido para o hospital.

Já Woerle permanecerá descansando no acampamento base enquanto aguarda uma boa janela de tempo para realizar o ataque ao cume de onde pretende saltar de parapente

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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