Moeses Fiamoncini se prepara para cume no Annapurna

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O montanhista brasileiro Moeses Fiamoncini está no Acampamento Base do Annapurna, uma montanha com 8091 metros de altitude no Nepal. Ele esta se preparando para realizar o ataque ao cume sem o uso de oxigênio complementar.

Acampamento Base do Annapurna nessa temporada.

Fiamoncini já está bastante adiantado em seu processo de aclimatação. “Após primeira rotação de aclimatação até o campo 2, me encontro novamente no campo base que está em uma altitude de 4200. Aqui aguardamos um melhor clima que nos permita continuar nossas investidas aos campos mais altos”, revelou em seu Instagram. Ele pretende escalar essa montanha sem oxigênio suplementar.

Essa escalada faz parte de um desafio pessoal chamado Projeto Himalayas 8000, onde o atleta brasileiro pretende escalar as 14 montanhas com mais de 8 mil metros. Todavia, Fiamoncini se destaca por um estilo de escalada quase independente. Em suas expedições ele busca escalar as montanhas com pouco apoio. Ou seja, sem uma equipe e carregando boa parte dos equipamentos, o que diminui os custos também. “Não é fácil carregar uma mochila de 25 kg, montar barraca a mais de 7 mil metros de altitude, derreter gelo, fazer comida e, no dia seguinte, repetir isso tudo novamente”, disse em entrevista ao blog The North Face.

Outras escaladas de Moeses

No ano de 2019, Fiamoncini escalou o K2 e Nanga Parbat sem oxigênio complementar, além disso ele subiu essas duas montanhas em apenas 22 dias e se tornou o primeiro brasileiro a escalar o Nanga Parbat. De acordo com ele, existe uma intenção de fazer o máximo de montanhas possíveis se oxigênio suplementar, todavia se for necessário ele irá usar. O montanhista brasileiro também já escalou o Manaslu e o Everest. Ele também já esteve no Lhotse e o Dhaulagiri porém não atingiu o cume devido a um acidente a mais de oito mil metros de altitude.

Moeses escalando o Nanga Parbat.

 

 

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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