Montanhista de 70 anos quer abrir rota mais fácil no Everest para salvar vidas

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Escalar o Everest é o sonho de muito montanhista, no entanto essa montanha não é nada fácil, além dos riscos e do alto custo para ser escalada. Assim poucos conseguem chegar ao seu topo. No entanto, o montanhista francês, Marc Batard, que irá completar  70 anos de idade em novembro, esta planejando uma expedição ao topo do mundo. Ele almeja encontrar uma nova rota, que pode não ser mais barata que a atual, mas que seja mais fácil e segura.

Batard escalou o Everest em tempo recorde em 1988. Ele levou apenas 22,5 horas para chegar ao cume sem o uso de oxigênio suplementar. Agora ele acredita que há uma rota que contorna a Cascata de Gelo do Khumbu e que se conseguir abrir, ela irá ajudar salvar vidas.

Batard e a equipe que irá inspecionar a nova rota – Foto: Deny de Almeida

Uma via ferrata no Everest?

De acordo com o montanhista francês, ele visualizou a possível rota quando retornava de helicóptero do Everest na temporada do ano passado. Agora, ele planejou essa expedição de reconhecimento da área. “Eu identifiquei uma maneira de tornar menos perigosa a subida do Everest pelo lado nepalês. Para criar este novo itinerário será necessário efectuar uma inspeção mais precisa ”, contou. Batard pretende contornar a cascata de gelo pela direita, mas terá que enfrentar um trecho rochoso que vai desde as proximidades do Nuptse até o Western Cwm.

Para vencer o trecho de rocha, o montanhista não descarta inclusive a possibilidade de uma via ferrata. Ou seja, a colocação de grampos ou escadas para acessar a parte superior caso o desvio seja viável. Apesar de outros montanhistas não acharem possível essa nova rota, Batard já conta com uma equipe experiente.

Irão se juntar a ele; Pasang Nuru Sherpa, o paquistanês de apenas 23 anos Sajid Sadpara, que escalará no lugar do pai Ali Sadpara; o guia de montanha Gerard Menard e  dois jovens aspirantes a guias, Lucien Boucansaud e Yorick Vion; a Dra. Nadine Laborde; o filho de Batard, Allan, e seu marido Deny de Almeida.

A escalada será realizada durante a temporada de primavera no hemisfério norte, porém a equipe já esta no Nepal para iniciar os trabalhos de fixação de cordas e criação de um possível novo acampamento base que seja mais próximo do objetivo.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

1 comentário

  1. Bom dia, Maruza!
    Seria possível corrigir meu nome: Deny De Almeida? E adicionar os créditos da foto a meu nome ?
    Sou brasileiro, farmacêutico (ufba), participo da expedição como fotógrafo, caméraman e como agente de comunicação de Marc Batard, o qual sou casado.
    Atenciosamente,

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