Montanhista desaparecido no Paquistão é encontrado morto

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O montanhista russo-americano, Alex Goldfarb, estava desaparecido desde a semana passada quando tentava escalar o Pico Pastori de 6.209 metros de altitude próximo ao K2, no Paquistão. As buscas terminaram nessa segunda-feira quando as autoridades encontraram o corpo do alpinista. Esta é a segunda morte na região durante essa temporada de inverno.

Alex Goldfarb nas montanhas do Paquistão.

Goldfarb estava escalando o Pico Pastori junto com o montanhista húngaro Zoltan Szlanko para aclimatar para escalar o Broad Peak com 8.047 metros. Entretanto, seu parceiro decidiu voltar para o acampamento base devido às condições climáticas ruins. Com a perda de contato com o companheiro, Szlanko pediu ajuda. Assim, as buscas começaram no sábado e foram feitas com o apoio de um helicóptero. Também houve a participação dos montanhistas, John Snorri e Sajid Sadpara que estavam se preparando para escalar o K2.

De acordo com a empresa que prestava apoio aos escaladores, Magyar Expedicios, o alpinista parecia ter caído da montanha, assim como aconteceu com o escalador Sergi Mingote no sábado no K2.

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O plano dos dois era escalar o Broad Peak em estilo alpino e sem oxigênio, o que também seria um feito histórico. O filho do montanhista, Levi Goldfarb, contou que seu pai era médico e apaixonado por montanhas. Após trabalhar na linha de frente de combate ao Covid-19, ele decidiu ir para a montanha fazer o que mais gostava. “Ele achava que [escalar montanhas]era lindo”, disse Levi Goldfarb em entrevista para o The Guardian. “Alex achava que era libertador, porque nas montanhas não importava quem você fosse ao nível do mar – um médico, um advogado ou até mesmo um ladrão, todos aqueles rótulos são retirados e você estava interpretando um diferente conjunto de regras. Ele fez grandes amigos nas montanhas, salvou vidas e salvou a si mesmo. Viajou o mundo fazendo isso”, falou seu filho.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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