A conquista do Nanga Parbat no inverno no dia 26/02/2016 é fato histórico no montanhismo mundial. Neste artigo de Rodrigo…
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A montanha mais alta do Paquistão registrará neste ano o dobro de alpinistas que em 2014. O êxito da temporada anterior (com 48 cumes) e provavelmente o cancelamento das expedições da primavera no Himalaia provocou a multiplicação das expedições.
Só existem 14 montanhas no mundo com mais de 8 mil metros de altitude, todas no Himalaia. Até pouco tempo, o paranaense Waldemar Niclevicz, que foi o primeiro brasileiro a escalar o Everest, K2 e outras montanhas, detinha o privilégio de ser o brasileiro com mais montanhas desta altitude em seu curriculum. No entanto, nos últimos anos, a amazonense radicada nos Estados Unidos Cleonice Pacheco Weidlich vem realizando diversas ascensões no Himalaia. Cleo, como é conhecida, já esteve em 10 das 14 montanhas, mas diversos cumes que ela afirma ter escalado não são reconhecidos por autoridades no assunto.
O alpinista Ueli Steck, apelidado de Máquina Suíça, é um dos montanhistas mais conhecidos do circuito de alta altitude, e virou sinônimo de escaladas solo, em estilo extremamente rápido. Em outubro, ele protagonizou uma das ascensões mais incríveis da história, que foi descrita como uma das mais audaciosas e perfeitamente executadas ascensões dos últimos tempos, solando uma nova rota na face sul do Annapurna (Lindsay Griffin, BMC).
Mas teria esta, verdadeiramente, sido uma escalada solo?
Finalizadas as quatro temporadas de escalada na Ásia em 2013 inverno, primavera, verão e outono (esta, praticamente no fim) já é possível fazer compilação preliminar sobre as atividades latinas no maior dos continentes.
Após a publicação, em maio, do Sumário do Montanhismo Brasileiro de 2012, recebi vários e-mails de alpinistas que foram esquecidos na primeira versão do artigo. Assim, surgiu a necessidade de fazer uma republicação, com acréscimos, compilando outras expedições interessantes que ficaram de fora da primeira versão.
O alpinismo é, por definição, uma atividade de risco. O montanhista de alta altitude tem que desviar de rochas e seracs em queda, evitar avalanches, contornar gretas e crevasses, enfrentar ventanias, nevascas e proteger-se de relâmpagos e raios. Não bastasse isso, tem que prestar atenção aos sinais de seu próprio organismo, para se precaver contra o mal de altitude, hipotermia, congelações, edema pulmonar e edema cerebral. E essas são apenas algumas das potenciais causas de fatalidade, há inúmeras outras mais.
Desde um chinês com 11 8000m+ no cinturão até um cozinheiro paquistanês, as vítimas o ataque sem precedentes ocorrido no Nanga Parbat só tinham uma coisa em comum: Estar no lugar errado na hora errada.
O alpinista austríaco escalou em solitário a via Mittelpfeiler (800m, M5) no pilar central de Sagwand, nos alpes, se preparando para o que irá enfrentar no desafio de abrir uma via no Masherbrum, montanha de 7.821 metros de altitude.
O equatoriano oitomilista ficou surpreso, decepcionado e assustado com o que passou por esta primavera no Everest, onde liderou os jovens montanhistas do “Somos Equador”. Três de seus quatro membros chegaram ao cume do Everest sem oxigênio. A equipe do desnivel conversou com Ivan sobre os problemas atuais da pré monção no Himalaia.