Pico da Neblina – Final

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Nem bem saímos de Bebedouro Novo às 7 e 30, uma rápida e mansa chuvinha nos apanha em meio à trilha.


Seja a parte 5 do relato

A vegetação resplandece de tão molhada, uma beleza! A floresta, habitualmente escura devido à ínfima incidência de luz solar, agora, com o céu toldado de nuvens, mais escura se encontra. Porque volta e meia paro pra fotografar e filmar, o resto do grupo me ultrapassa.

Decorrida meia-hora, alcanço o pessoal parado em fila indiana. Estranhando a situação, pergunto a Ely o que tá rolando. E sou inteirada de que Messias, que largara na frente, deu de cara com uma jararaca. Assustado, deu meia-volta, buscando refúgio junto aos outros membros da expedição. Lili comenta que o guri chegou a ficar branco de pavor quando se juntou a eles. Pepe, com um bastão, dá bengaladas no meio do mato procurando espantar a danada da víbora cuja picada, letal, é motivo de forte receio não só de índios quanto de garimpeiros que zanzam na floresta. Mais fácil morrer da peçonha destilada por esse réptil que de outro mal, considerando a rapidez com que o veneno se espalha na corrente sanguínea. As distâncias a percorrer e a lenta locomoção dos barcos – únicos veículos disponíveis nessas regiões – são impeditivos a um pronto atendimento, impossibilitando, via de regra, qualquer chance de salvação. Ééé…..dura a vida aqui no interior da floresta! Enfim, a fila anda.

Eu, que até então estava na boa, agora, me torno deveras impressionada: vejo cobras e não lagartos em cada raiz de árvore fincada no solo. Após um bom trecho percorrido, solita, encontro Lili, escarrapachada no chão, enquanto Pepe, dando uma de sapateiro, improvisa, com pedaços de cipó, uma amarração em ambas as solas que se descolaram por completo do calçado. Lili deu azar com suas botas: um pé, já bem ruinzinho, desde a subida ao Neblina, se espandongou total e geral, o outro, se detonou não faz muito. Felizmente, a habilidade de Pepe funciona, e ela pode continuar caminhando com relativo conforto. Durante uma parte do trajeto, Pepe e eu nos mantemos afastados dos outros. Eu na frente, Pepe, atrás.

Um longo e vigoroso silvo faz com que eu pare para apreciá-lo. O guia diz que o som é emitido pelo gogó do capitão do mato, ave pequena, difícil de ser vista nas árvores. Sua presença, acrescenta o bom Pepe Legal, indica a existência dalgum igarapé nos arredores. Mais adiante, sou, novamente, obrigada a estacar diante da belíssima coloração avermelhada dum cedro caído na trilha, cujo tronco mede bem uns 10 m. Na parada em Bebedouro Velho, Messias descola dois abacaxis plantados entre a vegetação e os descasca pra nós. A fruta, bem docinha, está uma delícia. Um alívio depois da ingestão maciça de carbohidratos durante esses seis dias.

Outra chuvarada nos surpreende assim que deixamos Bebedouro Velho. Dessa vez é um pancadão de gordos pingos que desabam durante uns bons vinte minutos. Parada na Cachu do Tucano para almoço às 14:30, porque combinamos que não iremos pernoitar aqui e sim seguir adiante de modo a dormir na Boca do Tucano. E os ruídos da floresta seguem me acompanhando. Pra que ouvir mp3, se tenho a minha disposição o alarido cacarejante do cãocão, ave plumosa e de pouca carne, além dos pios mais suaves de aves que desconheço? Katehe (bonito, legal, beleza, em yanomami) demais esses sons! Adorei saber da tirada parcimoniosa de Delegado quando Ely, já no bagaço por causa de seus pés, perguntou quanto tempo faltava até a Boca do Tucano. O índio, lacônico, lascou “Falta mais.” Ahahahaha…..essa é boa! Esse yanomami embora não seja tucano, sabe bem se colocar em cima dum muro, hahaha!!

Pepe, afobado, chega à Boca do Tucano, pra pegar com Messias uma lanterna, enquanto eu e o jovem descansamos das 11 horas de pernada, sentados no tosco banco construído num dos lados da palhoça onde fica o redário. Porque a escuridão se faz presente às 18:50, o restante do pessoal, que segue atrás, encontra dificuldade em se orientar no trecho restante até este paradouro. Enquanto rangamos, escuto Pepe e os índios exaltarem a excelência do sabor dum vinho feito da semente da bacaba (hoko). Indagando daqui e dali, acabo descubro que o tal “vinho”, na verdade é um suco extraído da polpa dessa fruta cuja coloração bordô é responsável por tal denominação.

Embora tarde, 23 horas, os yanomamis embarcam em sua rabeta (pequena canoa com motor de 20 hp), com destino a Maturaká. Impossível dissuadi-los de viajar no breu da noite. Estão ansiosos pra chegar à aldeia e se juntar as suas famílias. A língua deles deve estar coçando, loucos de vontade de contar as novidades e esquisitices dos brancos com quem trabalharam, hehehe. Pepe repisa várias vezes o recado que devem dar a Armindo quando lá chegarem: que venha nos buscar de manhã cedo, sem esquecer de passar um rádio pra Branco, em São Gabriel, de modo que vá nos esperar antes do dia combinado no km 85. O plano, se tudo der certo, é partirmos, ainda no dia seguinte, pra São Gabriel. Suspirando de cansaço, me afundo na rede e não demoro muito a adormecer, embalada, como sempre, pela inefável trilha sonora dos sons de aves e insetos amazônicos. E eu lá quero outra vida?

Forrozeira no Boca Rica

Enquanto aguardamos Armindo, no paradouro Boca do Tucano, deitados nas redes, alinhadas sob uma armação de madeira cujo teto é protegido por uma palha caprichosamente trançada, jogamos conversa fora pra matar o tempo. Mosquiteiros nos protegem dos demoníacos insetos alados. O zum zum das abelhas zunindo ao redor não dá conta de competir com o enérgico trilar das cigarras cujo som lembra o dum reco-reco.

O igarapé Tucano é um convite ao banho. Não me faço de rogada. Abandono o conforto da rede e mergulho em suas águas claras, de amena temperatura. Armindo chega por volta das 14 enquanto almoçamos. Partimos da boca do Tucano às 15 horas. O dia lindo se enevoa. Trovões ao longe denunciam a iminência da chuva que não tarda muito em despencar. Gotas graúdas açoitam de leve nossa pele. O chuvaral dura uns bons 20 minutos. Dessa vez, dispensamos o uso da lona e permitimos nos molhar. Coisa boa tudo isso!

Desde então, o céu mantém-se encoberto, raramente, entrevendo-se nacos de azul. A quantidade de pássaros é de encher os olhos: mergulhões, curicas (um tipo de papagaio), andorinhas, garças, martins-pescadores, maguaris e mutuns voejam no céu. Incrível a variedade de formatos de ninhos, correspondendo cada tipo a espécies distintas de pássaros. Como se fosse um condomínio maluco, há os que se agrupam não só no sentido horizontal como no vertical, construídos por pequenos pássaros de vibrante plumagem amarela e preta. Já o japim os tece em longos pingentes, colocados, precavidamente, no topo dos galhos mais altos das árvores.

Embora descendo o rio, a viagem até a Boca do Maturaká demorou uma hora a mais que na vinda. No decurso desses 7 dias, o rio mais seco ficou devido à habitual estiagem nessa época do ano. A canoa pára numa prainha, situada algumas dezenas de metros da boca do Maturaká. Já lá se encontram instaladas em duas redes três índias: uma jovem com sua filhinha, pouco mais que um bebê, com ar de permanente zanga, e outra mais velha, mãe da jovem e avó da criança. Armindo as trouxera da aldeia, largando-as aqui enquanto ia ao nosso encontro na Boca do Tucano nos pegar. Vão conosco de carona amanhã até São Gabriel.

Nem bem chegamos, já passada em muito as 6 da tarde, Bosco atraca sua canoa na prainha onde vamos passar a noite. Acompanha-o seu filho, um menino, adoravelmente, encabulado. Traz artesanato pra vender, encomendado por Lili, Marcelo e Ely. Peço à jovem índia que faça uma demonstração com o arco e flecha que Marcelo adquirira de Bosco. Ela, meio envergonhada, empunha, entretanto, o grande arco e dispara com firmeza a seta que embica na areia alguns metros adiante. Nos tempos de antanho, nem tão longínquos assim, as mulheres yanomamis também participavam dos embates com tribos rivais.

A noite cai e o céu permanece nublado. Resolvemos, Marcelo, Lili e eu dormir ao relento, enrolados em nossos sacos de dormir. Custo a pegar no sono o que me permite apreciar as nuvens cederem espaço a um céu estrelado e a uma já rechonchuda lua quase cheia. Hoje, terça-feira, partimos da Boca do Maturaká às 7 horas. Pepe, durante a navegação no Cauaburis, conta que do outro lado da fronteira, na Colômbia, uma pequena cidade, ainda controlada pela Farc, exige permissão do comandante da tão temida organização paramilitar pra ser visitada, pode?

Agarradas nos galhos de certas árvores, sementes arredondadas lembram cogumelos. Enormes costelas de adão parasitam árvores sem dó nem piedade. Despontam entre o arvoredo jauaris, açaís, pupunhas, tucumãs, paxiúbas e inajás, dentre as muitas espécies de palmeiras existentes no verdor da mata amazônica. Já navegando no igarapé Yá-Grande, uma tabuleta indica o limite territorial entre as terras dos Yanomamis e aquelas pertencentes aos Tukanos. Dando adeus, então, ao reino dos Yanomamis, adentramos agora o reduto dos Tukanos, soberanos absolutos do pedaço, onde a comunidade Yá-Mirim, situada à beira do km 85 da BR 307, é o destino final de nossa navegação.

Às 14 e 15, avistamos Branco. Depois de carregar todo o tralharedo da voadeira pro Bandeirantes, partimos rumo a São Gabriel onde chegamos às 17 e 15. Bem quisera eu estender mais a noite após a janta. Podre de cansada, não resisto e volto pro hotel. Embora hospedada em estabelecimento mais humilde que o anterior, este tem a seu favor a paisagem que se descortina dos quartos e do refeitório. O visual soberbo do rio Negro e da Bela Adormecida compensa a ausência de certos confortos materiais, não é mesmo? Os homens, cheios de planos safados, permanecem na rua do Badalo. Tramam entre eles uma noite de farra. Bom proveito, guris!

Na quarta-feira, encontro Lili e Marcelo num restaurante, localizado em frente à praça, cujas proprietárias são Marinês e Teresa. A comida, anunciada numa tabuleta, é muiiito saborosa. Uma delícia de lugar. Afixada na parede, uma placa de publicidade anuncia: “Locadora Rio Negro à Alugamos carros, motos e pula-pula.” Essa é boa, hahaha!! Ficamos lá um bom tempo curtindo as estórias desfiadas pelas duas irmãs. Mulheres de garimpeiros, as duas toparam ir com seus maridos até a Venezuela na cata do metal precioso. Descoberto, o grupo de brasileiros, que ali cavoucava a terra ilegalmente – num total de 72 pessoas -, empreendeu uma espetacular e cinematográfica fuga, perseguidos durante semanas pela temível guarda nacional do país de Hugo Chávez que, desrespeitando fronteiras, se embrenhou em território brasileiro, na caça aos fugitivos. Escondidos na selva durante 4 meses e 14 dias, só 17 conseguiram escapar. Marinês conta que até canoa de tronco de árvore fizeram pra poder navegar. Certo dia, enquanto desciam um rio, Teresa caiu nas águas cuja forte correnteza quase a enguliu em seu vórtice feroz. Quem estava na canoa só se preocupou em resgatar a panela que Teresa segurava. Se não fosse a presteza de Marinês, agarrando-a pelos longos cabelos (sua salvação foi a cabelama), Teresa, a essa hora, estaria servindo de comida pros peixes. Dureza a fuga deles, tiveram de comer o que a floresta lhes oferecia e olhe lá. Sem espingarda, a caça era bem difícil de ser obtida. Há muita tensão nessa região do Parque Nacional do Pico da Neblina: entre os índios e garimpeiros, entre o exército e os índios e entre os garimpeiros e Polícia Federal. Corre o rumor de que a Polícia Federal está pressionando os índios pra entregarem os garimpeiros que extraem, ilegalmente, ouro no parque. Entretanto, muitos deles acobertam os garimpeiros em troca dum pedágio: pepitas de ouro, é claro. Segundo filosofa Negão, barqueiro e conhecedor da região, “o Neblina não é para os mais fortes nem para os mais fracos. É pra quem tem opinião.” Falou e disse, meu bom!

No final de tarde, passeando à beira do rio Negro, curto a agitação na praia, enquanto o sol se põe. Crianças jogando bola, casais passeando de mãos dadas, homens correndo no calçadão e jovens, simplesmente, curtindo, sentados na branca areia. Canoas cruzando o rio, transportam os índios Kotiria Dow, tribo que vive na margem oposta. De pequena estatura e porte franzino dão ares com os pigmeus. A Bela Adormecida mal se entrevê ao longe, encoberta que está pela bruma vespertina. Encontro Lili sentada ao ar livre, no barzinho localizado na esquina do hotel. Escolho uma saborosa cachaça de cupuaçu com pera e a degusto com duas pedras de gelo. Supimpa este drinque.

Como é véspera de nossa partida, comemoramos a rigor, na rua do Badalo onde jantamos dois tucunarés grelhados, regados a cerveja e caipirinha de goiaba (uma delícia!). E pra fechar com chave de ouro nossa expedição, nos tocamos, assanhados, pro Boca Rica (o nome, por óbvio, é uma alusão aos dentes de ouro que enfeitam a boca de muitos homens que vivem na região), cabaré situado a uns 4 km da cidade, onde o forró rola solto. Quisera permanecer mais tempo por aqui, infelizmente, meu voo parte amanhã à tardinha pra Manaus, lá permanecendo até domingo. Ai, São Gabriel, já tô com saudades antes de partir!

Manaus….um tédio!

Chegamos a Manaus na quinta à noite. Como Lili e Ely partem pra Sampa ainda hoje, e Marcelo, embora dormindo na cidade, embarque amanhã cedo pra Belo Horizonte, decidimos jantar os quatro no aeroporto. Um tanto melancólica nossa refeição, afinal, finalera de viagem é sempre assim, com cada um seguindo seu rumo. Promessas mis de manter contato. E todo mundo acredita piamente, anotando emails e telefones. Se durar uma semana a empolgação, é muito!

Sexta-feira, a agência que eu contratara, quando aqui estivera, antes de ir pra São Gabriel, envia um carro que me leva até o porto. Subo num barco, tipo gaiola, com dois passadiços, e navegamos até o ponto onde ocorre o famoso encontro das águas do rio Negro com as do Solimões. Tal fenômeno acontece em decorrência da diferença entre a densidade e temperatura das águas bem como da velocidade de suas correntezas. Não acho muita graça, sinceramente, nesse tal fenômeno das águas escuras do Negro não se deixando envolver pelas águas barrentas do Solimões. Sei lá se porque um aguaceiro despenca, e lonas azuis são baixadas pela tripulação, limitando a visão a nesgas de paisagem (a bem da verdade, nem muita coisa se perde, porque o cenário é bem monótono).

O fato é que nos encerram naquela cápsula azulada e lá permanecemos, tiritando de frio (frio, sim!), açoitados por um ventinho insidioso. O céu pesado, carregado de nuvens pretas, sinaliza sua má intenção de continuar mandando água. Passeio chato e convencional, pra inglês ver. Coincidência ou não, a maioria dos turistas que encontro no tal restaurante onde paramos pra almoçar, perto do lago Janauari, constitui-se duma inglesada de terceira idade, pra lá de entusiasmada com a selva amazônica. E a chuva continua a cair em bátegas incessantes, tanto assim que fazemos a caminhada até o lago onde as vitórias-régias se plantam sob forte chuvaral. O guia, um baixinho enfezadinho, de meia-idade, aumenta meus conhecimentos de zoologia, discorrendo sobre o jaçanã. Esta ave faz seus ninhos sobre as vitórias-régias, aproveitando-se da proteção oferecida pelos seus espinhos, localizados sob a superfície da água. Mas sua esperteza vai mais além. Zombeteira, busca resíduos de matéria orgânica, adivinhem, onde? Entre os dentes dos jacarés! Hahaha!! Que figuraças os jaçanãs. São as escovas de dentes aéreas das dentarolas desses lagartões boca abertas, hahaha!!

Depois do almoço, num restaurante onde se acotovelam trocentos turistas (que balbúrdia desagrável, meu deus), o guia inventa mais uma breve navegação, dessa feita, numa pequena canoa pra conhecermos um igarapé. Coisa mais sem graça de se ver se comparado à exuberante paisagem que desfrutei durante a expedição ao Neblina. Dou graças aos céus quando voltamos pra Manaus. Se o passeio continuasse, com certeza, eu surtaria.

No dia seguinte, sábado, uma visita obrigatória se impõe: conhecer o teatro Amazonas. O seu recinto, de fato, é bonito. Sua sala de espetáculos, enfeitada de dourado e vermelho, goteja a imponência pesadona dum certo estilo barroco-rococó. No salão nobre, impresso no teto, o lindíssimo afresco, obra de Domenico de Angelis, é realmente digno de admiração. Insistindo na minha vocação de turista convencional (que masoca estou me saindo!), saio do teatro e tomo assento num ônibus de dois andares, pronta pra fazer um city-tour pela cidade. No andar superior, dois baianos, um casal e mais outro cara, solitário que nem eu. Minha impressão de Manaus não melhora. Continuo a considerá-la sem charme, despida de atrativos. Nem mesmo a tal praia de Ponta Negra com seus espigões luxuosos me comove (coisa mais chata é ouvir o guia comentar todo entusiasmado sobre o preço milionários dos imóveis: “custa um apartamento aqui dois, três milhões”. Grande coisa, penso eu com meus botões!).

O Rio Negro, em Manaus, não exibe a suntuosa beleza que oferece em São Gabriel. Meu coração foi fisgado, em definitivo, por aquela cidade. Ai, São Gabriel, que saudades! Termino o city tour, no largo São Sebastião, sentada num banco ao lado da barraca da Gisela, onde compro uma cuia de tacacá (caldo feito com tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco). O badalo do sino da igreja anuncia a hora do ângelus, conclamando os fiéis pra missa das seis da tarde. De sobremesa, provo o maçudo porém gostosésimo bolo Luiz Felipe, uma mistura de farinha, côco e queijo. E à noite, vou atrás do incensado restaurante Waku Sese, onde provo uma costela de tambaqui embora a farofa, muito granulosa, deixe a desejar. E volto pro hotel de moto-táxi. Na cabeça, um capacete cor de rosa que o motora carrega pros passageiros! Agarrada na cintura do homem, me despeço das ruas de Manaus, com um suspiro de alívio.

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