Quais são os riscos de levar cachorro para a montanha?

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Não é de hoje que os impactos de levar um cachorro para a montanha é discutido. Nos parques e unidades de conservação aqui do Brasil os melhores amigos do homem são proibidos de entrar. Entretanto há alguns locais, geralmente propriedades particulares, que permitem a entrada dos cachorros desde que observadas algumas regras.

Animais domésticos causam impactos em ambientes naturais.

Nessa última semana, a Associação dos Escaladores da Serra do Cipó, um ponto tradicional de escalada esportiva no Brasil, realizou uma enquete em seu Instagram sobre o tema. Diversos relatos foram compartilhados sobre casos em que o animal doméstico urinou em pertences de outras pessoas, danificou cordas de escalada ou outros equipamentos, roubou alimentos e até mesmo avançou em outros escaladores e visitantes ou brigou com outros cachorros no local.

Todavia, além desses inconvenientes causados aos frequentadores do local, como na Serra do Cipó, a presença de animais domésticos em ambientes naturais traz outros riscos, tanto para a fauna presente no local quando para o próprio cachorro.

A maioria dos cães doméstica ainda possui o instinto de caça. Isso faz com que os animais avancem sobre possíveis presas nos ambientes naturais. Com a frequência desse tipo de ocorrência em certas áreas, os animais selvagens abandonam o local em busca de mais segurança. Isso pode trazer um desequilíbrio ao meio ambiente.

Cachorros amam passear em ambientes com natureza, mas há locais onde isso pode ser feito com segurança.

Cães domésticos também podem ser hospedeiros de doenças que afetam os animais selvagens, como os casos de lobo-guará encontrados com sarna na Mantiqueira. Além disso os cachorros também podem se contaminar com doenças presentes em ambientes naturais como a raiva ou sofre acidentes com picadas de animais peçonhentos.

Confira mais sobre o assunto no vídeo do nosso colunista Pedro Hauck:

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

3 Comentários

  1. Alberto Ortenblad em

    Maruza e Pedro, os dias mais felizes de meus cachorros são quando os levo na serra ou no reflorestamento. Nunca atacaram ninguém nem foram atacados. E não são só eles que ficam felizes, eu também fico por eles – assim como as pessoas que encontro no caminho!

  2. Fábio Benvindo Pacheco em

    Acho que os diversos escaladores salvos nos Alpes suíços por Sao Bernardo desde o século XV,discordam plenamente!
    e tudo questão de adestramento!
    Não esqueça que maior invasor ao ”meio” é o homem,

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