Travessia da Serra da Tomba

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A Serra da Tromba é uma impressionante formação rochosa em formato de “V”, composta por duas serras q correm relitilieas por quase 30km no sentido norte-sul, sob a forma de enormes muralhas de quatzito irregular e enegrecido. Suas cristas escarpadas convergem num vertice rochoso numa altitude média de 1600m.

A Serra da Tromba é uma impressionante formação rochosa em formato de “V”, composta por duas serras q correm relitilieas por quase 30km no sentido norte-sul, sob a forma de enormes muralhas de quatzito irregular e enegrecido. Suas cristas escarpadas convergem num vertice rochoso numa altitude média de 1600m.

No interior deste “triangulo de pedra” esparramam-se os chamados “gerais”, campos planos a 1300m de altitude, onde nasce o Rio de Contas. Interligando os vilarejos esquecidos de Piatã e Catolés num dia árduo, a “Travessia da Serra da Tromba” seria apenas mais uma não fosse o contexto em q se situa: o extremo sul duma Chapada Diamantina desconhecida. Nada de Pai Inácio, Vale do Pati, Fumaça, Capão ou Lençois. Esta é uma região erma de altitudes significativas q esconde belezas ainda intocadas pelo pólo-ecoturistico da Chapada tradicional.

E q constitui tb o primeiro dia do projeto “Catolés – Rio de Contas”, mega-pernada neste pedaço da Bahia q se esparrama acima dos mil metros de altitude, passando pelos maiores picos do nordeste. Um cenário onde gdes e imponentes pedras q se elevam sobre a caatinga e cerrado reinantes.
 
Munido das infos necessárias à empreitada, desde descrições verbais do trajeto até croquis e cartas impressas, fiz questão de não trazer a tiracolo qq tracklog disponível, mesmo tendo na trupe quem soubesse manusear o tal aparelhinho de posicionamento global. Primeiro pq a idéia era descobrir o trajeto na raça, se valendo apenas da carta e das infos na bagagem; e segundo pra exercitar a massa cinzenta, arcando com conseqüências da constante tomada de decisões norteada pelo bom senso, sem necessidade de obedecer caninamente o q o “guia-monitor eletrônico” te enfia goela abaixo. Me privar do prazer de descobrir a bagaça por mérito próprio pra ir de mão dada com uma geringoça? De forma alguma.

 Essa decisão por si só deixou já alguns dos integrantes do nosso quarteto desacostumados à navegação artesanal meio q com o pé atrás (né, Leo?), mas depois os mesmos perceberam q tem mais é q meter as caras mesmo e se ralar, e q so precisa de “guia” quem se perde mesmo até pra encontrar o carro no estacionamento. Portanto deixo aqui de antemão meu agradecimento ao cara q julgo ser o melhor conhecedor da Chapada Diamantina, o gde Peter Tofte, pelas valiosas infos gentilmente prestadas.


Dessa  forma saltamos na pequena rodoviária de Piatã naquele comecinho de manhã de sábado q se apresentava acizentado, frio e coberto de brumas, por volta das 6:30hrs. A saída da capital baiana transcorrera sem maiores incidentes, mesmo  no sacolejo dos intermináveis 568kms percorridos pelo latão da viação Novo Horizonte. Mas apenas saltar do coletivo já era um alivio pra juntas e articulações, ainda contraídas pelo remelexo do buso q mais nos pareceu uma lata de sardinhas. Desciamos entao do buso eu, o mineiro Paulo e os baianos Mota e o Leo, tds galera do mochileiros.com.

Assim q descemos do buso percebemos q a vila faz jus ao titulo q ostenta, o de pto mais alto e frio do nordeste. A temperatura contrastava radicalmente com o calor abafado de Salvador e nos obrigou imediatamente a vestir anorakes. Com altitude media de 1268m e detentor de um clima tropical de altitude, o pacato município é a mais antiga povoação da Chapada Diamantina e isso era facilmente visível pela simplicidade charmosa do casario e das poucas construções altas ao redor. Situada num enorme platô entre a Serra da Tromba (q no fundo é um prolongamento da Serra da Mantiqueira) e da Serra do Santana, o vilarejo nasceu da empreitada bandeirante atras do ouro dos sertões de Rio de Contas, no sec. XVII.

Portanto não estranhe encontrar vestígios de garimpo pelas encostas da Serra da Tromba ou Santana. Inicialmente chamada de Bom Jesus dos Limões, a atual Piatã tem a origem de seu nome envolto em discussão: enqto uns dizem q provem do tupi e signifique “pé firme” ou “fortaleza”, outros afirmam q seja proveniente do canto triste de uma ave infelizmente já extinta.

De cara pudemos observar as imponentes serras ao redor, embora seus cumes e cristas ainda estivessem encobertos por espessas brumas: á oeste a majestuosa Serra da Tromba, esparramando-se pro sul na forma de varias corcovas abauladas; e á leste, os paredões elevados da Serra do Santana, ostentando ao alto a Capela Senhor do Bonfim, palco de romarias e acessível por uma trilha calçada de menos de 1km. Pasmos com a grandiosidade do relevo do entorno mas principalmente mortos de fome, a primeira coisa q fizemos foi ir de encontro numa padoca local pra tomar nosso desjejum. Era dia de feira e logo encostamos numa padoca bem ao lado duma delas, q comecava o dia bem movimentada anunciando td sorte de produtos em meio a mtas cores e gritarias.

 A vontade era de mandar ver uma buchada, mas o bom senso dizia q um misto, pão-de-queijo e um pingado já eram mais q suficientes.
Na sequencia cruzamos o pequeno vilarejo na diagonal, sob o curioso olhar dos locais, indo de encontro com o sopé daquela majestuosa serra q ainda no decorrer daquela manhã deixaria a mostra sua cumeada pois fortes ventos já começavam a soprar. Ao passar pela simpática Igreja Matriz do Bom Jesus, situada na Pca Vigario Souza, tocamos pra oeste já deixando a em tese os limites do vilarejo pra cair num empoeirado estradão de terra vermelha.

 E aqui então reavaliamos a rota q teríamos q fazer pra penetrar no interior da Tromba, onde já era possível avistar um luminoso carreiro galgando a encosta da serra bem na metade, mais precisamente num colo serrano (ou passo), q conferia com a “Trilha do Boqueirão”. E havia tb aparentemente uma estrada q dava acesso ao inicio desse carreiro. O problema q tínhamos q solucionar era como chegar nessa estrada ao sopé da serra. Navegação visual, oras! De qq maneira perguntar pra alguem tb ajuda, mas não houve necessidade disso.

Prosseguimos então durante um tempo pela estrada de terra q ia na direção desejada, mas logo depois a abandonamos em favor de outra. E assim sucessivamente, não perdendo o olhar daquela almejada estradona ao pé da serra. Dessa forma terminamos descendo suavemente a encosta em q Piatã se encontra, sempre na diagonal sentido noroeste. O fato é q pra não dar uma voltona enorme resolvemos cortar diretamente pelo vale q nos separava do almejado sopé serrano. Atravessamos então um vasto terreno com roças de café, desviando de trocentos arbustos recheado do produto q representa a principal atividade econômica “piatanense”. Desviamos de vários trechos repletos de charco saltando tufos de capim feito cabritos, no fundo do vale, e assim começamos a subir suavemente a encosta sgte, onde a vegetação a rasgar era menos agreste q a anterior.

Caimos então num belo campo florido já bem próximo do tal estradão, de onde tivemos uma perspectiva privilegiada da Serra da Tromba, agora já ostentando suas graciosas cristas onduladas a mostra. Uma vez no estradão bastou acompanha-lo q não tem mais erro, já q ele se dirige apenas ate um tal Sitio do Mauricio. Após o sitio a estrada da lugar a um precário carreiro q ora se alarga ora se estreita, no aberto, ate q subitamente termina, já ao sopé do tal selado da Tromba, o tal “Boqueirão”, em meio a uma vastidão de campos rupestres e gramíneas.

Daqui visivelmente parte claramente o carreiro de quartzito alvo avistado em Piatã, sem nenhum problema de navegação pois ele realmente adentra na Tromba na mesma medida em q ganha altitude de forma imperceptível. O carreiro não tarda a dar lugar a uma suave  trilha calçada em pedras, passando pelos campos de cerrado ralo da região, com vegetação alternando arbustos retorcidos, canelas-de-ema, capim. Sempre subindo suavemente, contornamos uma serrinha a nossa esquerda e após um tempão nos encontramos numa alta encosta, já quase 100m acima dos gerais do Rio de Contas, q corre la embaixo bem a nossa frente.
Neste cenário rochoso e cercados de gárgulas de pedra foi aqui q fizemos nosso primeiro pit-stop de descanso e lanche, as 9:40hrs. Jogamos as cargueiras no chão e escalaminhamos os campos rupestres afim de ter um visu de Piatã, q fora deixado pra trás e agora parece tão pequenino ao sopé da Serra de Santana. Deste pto tb avistamos o esplendido vale no interior da Tromba, um descampado verde interminável limitado no horizonte pelos sinuosos perfis da região dos Três Morros, alem da Serra do Navio, elevando-se tb ao norte. Dali tb é possível avistar os cocorutos escarpados da Serra da Tromba espichando-se pro sul, por quase 10km, ate convergir no vértice com a Serra do Atalho (ou Cravada) onde destoam dois picos pontudos.

O vértice, com suas enormes muralhas chegando a ter 1600m, é impressionante e se assemelha a proa de um navio singando a caatinga, visto da estrada q leva ate Catolés. A vontade de percorrer a dita crista ate o vértice era gde, mas teria de ser deixada pra outra ocasião pois dali teríamos q rasgar na diagonal os campos gerais pra ir de encontro com a Serra do Atalho, e dali tocar pra Catolés. Portanto fica aqui a dica de uma pernada p/ dois dias: entrar pelo Boqueirão, acampar nos gerais e descer pela proa atraves duma íngreme vereda q caba caindo na precária estrada q interliga Piatã a Catolés. Dizem q a vista da proa da Tromba emergindo imponente e desafiadora acima das colinas verdes q levam à parede é fantástica, assim como o vislumbre dos gerais pelo vértice de cima, numa panorâmica triangular q se abre no sentido do horizonte.

Revigorados, fomos novamente de encontro a nossas mochilas e prosseguimos pela picada em questão, agora descendo suavemente rumo os campos dos gerais. Uma vez neles a vereda se perde em meio a mto capim, mto brejo e pequeno córregos q descem das colinas do entorno com sua borbulhante agua-cor-de-coca-cola, típica do Espinhaço! Qq semelhança com os campos do Cipo não sera mera coincidência. Mas procurando com atenção a vereda é novamente reencontrada. No entanto, a mesma tende em ir pro norte, já fora de nossa rota. Uma bifurcação apenas reforça esta dúvida, onde o ramo da direita nos leva numa pequeno cafezal aparentemente abandonada enqto o da esquerda retoma nossa rota certa, ou seja, desviando discretamente pra oeste pra depois tocar direto a sudoeste.

A partir dali a pernada trabscorreu numa tranqüilidade só, sempre no mesmo compasso e bem nivelada. O senão ficou por conta do calor abrasivo q fazia aquela altura do campeonato. O manhã estava dominada por uma nebulosidade clara e sem sol a pino, mas o mormaço era palpável e nos fez enxarcar a blusa num piscar de olhos. Após passar por uma pequena e rústica casa – onde perguntamos a direção pro seu incrédulo morador e fulminados pelo olhar das reclusas jovens q ali se encontravam – nos vimos agora caminhando pro sul atraves de um largo carreiro q ate parecia uma estrada. Mas estrada q levava de onde pra onde?? Dane-se, indo no sentido desejado era sim o q importava. Aquela altura estavamos no miolo da Bahia, mais precisamente a ARIE Rio de Contas. ARIE? Sim, “Área de Relevante Interesse Ecologico”.

Após um tempão andando em ritmo descompassado onde alguns destaques foram as mutucas ávidas por sangue fresco, um gafanhoto gigantesco e bem fotogênico e a degustação do azedinho maracujá nativo colhido no pé. Apesar do aspecto sofrido, arido e áspero destes gerais, eles contem uma extraordinária diversidade de espécies vegetais, o q se traduz em flores das mais variadas cores e formas ornando a trilha o tempo td. E assim, após avançar um tantão em direção ao vértice é q nos brindamos com mais uma bem-vinda pausa pra descanso, quase as 13hrs, ao tropeçar com uma das nascentes do Rio de Contas, q aqui se apresenta como um pequeno riozinho (relativametne fundo) serpenteando o vasto capinzal. Dificil acreditar q este regato, nascendo neste gerais a 1300m de altitude, se transforma naquele majestuoso riozão q vai desaguar em Itacará, no distante litoral baiano. Um merecido tchibum pra refrescar o corpo tb veio bem a calhar naquele instante, banho este tomado apenas por este q vos escreve já q o resto estava mais preocupado em comer q se enfiar na água. Alem do mais, uma fina e subita garoa ameaça cair apenas pra refrescar nossos semblantes enqto eu percebo sinais da minha bota começando a abrir na lateral.

Retomamos a pernada um tempo depois, sempre no mesmo compasso indo pro sul, ate q a então larga vereda termina num casebre aparentemente abandonado. E agora? Bem, aqui tivemos q nos seprarar pra buscar vestígios da continuidade da picada. Do casebre vimos q, pro sul, iniciava um baixadão q finda ria no vértice. Portanto deveríamos já começar a tocar pra oeste, ou seja, ir de encontro ao sopé da Serra do Atalho e buscar a trilha q a descia do outro lado. Procura aqui e busca ali, finalmente o Paulo encontrou vestígios q revelaram-se certeiros. Ainda bem, pois eu realmente estava preocupado com o horário já bem avançado.
Desviando de vegetação cerrada e mtos arbustos, acompanhamos os rastros de um rpecario carreiro de areia clara indo no sentido desejado. Saltando brejos, pequenos filetes dágua e mta lama, a picada finalmente embicou pra se embrenhar nos campos rupestres deste inicio de Serra do Atalho ate ganhar seu escarpado topo. Dali pudemos avistar o outro lado da serra numa panorâmica generosa q descortinava tanto o perfil serrilhado das serras dominando o horizonte, a oeste, como avistar o minusculo vilarejo de Ribeirão de Baixo e, logo atrás quase escondida atrás de um morrote, a almejada Catolés, por sua vez ao sopé da Serra do Barbado. Daquela encosta serrana tb pudemos apreciar o medonho negrume de uma espessa cortina de chuva se aproximando, sinal q teríamos q apressar o passo afim de não sair molhado dali antes de chegar na vila.

A partir dali a pernada dá as costas as majestuosas muralhas verticalizadas ao norte e se consistiu basicamente num interminável ziguezague q desce, num piscar de olhos, aquela íngreme encosta pra então cair numa sequencia abaulada de morros cada vez menores. A partir daqui não tem mto erro e a trilha é bem batida e obvia, o q nos distanciou uns dos outros sem gde dificuldade qto q sentido devia ser tomado, ou seja, sempre sul. Foi ali q o tempo fechou, q o dia tornou-se noite em plena tarde e um temporal como a mto não via desabava sobre nos! Tomei uma chuvarada q simplesmente me ensopou por inteiro.

Molhou não somente ate a cueca mas a alma tb! Foi ai q rezei aos céus pra estar td devidamente ensacado dentro da mochila pq senão teria sérios problemas pra pasar uma noite de sono confortável.. Não bastasse a água, raios faiscavam constantemente o céu caindo em tds as direções, o q me deixou bastante apreenssivo uma vez q aquela altura estavamos bem expostos nas encostas de um morro. A trilha tinha virado um rio a muito tempo e havia q ter o cuidado de não escorregar ou enfiar o pé num buraco escondido. Mas ate ali não era a primeira vez q havia sido surpreendido por uma tempestade durante uma trilha. E nem seria a ultima. O conforto era q aquela situação era apenas mais um dia quase comum daqueles q escolheram a vida ao ar livre.

A trilha finalmente desembocou numa estrada de terra, ainda sob forte aguaceiro, q bastou acompanhar pro sul. E finalmente, as 17:30hrs, é q alcanço o vilarejo-presepio de Ribeirão de Baixo, no mesmo instante em q a chuva some de vez. Ainda assim, me refugio no primeiro teto q encontro, ou seja, num boteco, onde o Mota já me aguarda enqto enxuga suas sofridas vestes. Da mesma forma mando ver uma cerveja enqto avalio os estragos apenas pra constatar q depois daquele temporal meu celular nunca mais foi o mesmo. Os demais, Leo e Paulo, não tardam a chegar, igualmente ensopados. O tiozinho do bar se mostra bastante solicito em nos ajudar, sinal q naquele vilarejo não deve ocorrer mta coisa interessante. E q forasteiros são coisa rara.

Com as informações do dono do bar nos dirigimos ate o centro de Ribeirão de Baixo onde felizmente conseguimos carona num trepidante caminhão q ia pra Catolés, distante alguns kms dali atraves de mto sobe e desce. Não nos envergonhamos da carona. Pelo contrario, uma vez q o trajeto deveria ser feito pela precária estrada de terra mesmo, e qq ajuda nesse sentido seria bem-vida, pois ate ali estavamos tds alem de molhados, bastante ensopados e doidos por um banho quente. Assim como Piatã, Catolés é mais um desses minúsculos vilarejos fundados pelos bandeirantes durante o Ciclo do Ouro, no séc. XVIII, por ser passagem da famosa Estrada Real. O q o diferencia de sua vizinha ao sul é q a pitoresca vila mais parece um pequeno  pelourinho pendurado nas encostas da serra, por conta da arquitetura colonial de gde parte do casario. Distrito do município de Abaíra, Catolés tem pouco mais de mil habitantes e seu nome provavelmente vem de do fruto de uma palmeira bem comum na região. Sua economia provem de alguma agriculura, mas principalmente do turismo pois o entorno serrano esta repleto de atrativos naturebas.

Chegamos na pacata Catolés qdo o manto negro da noite caiu sobre aquela erma e esquecida regiao da Chapada, depois das 19hrs. Fomos direto de encontro ao nosso contato, um catolense q ingressaria na trupe pelos demais dias alem de nos oferecer pouso no vilarejo. Como desgraça pouca é bobagem, fomos informados pelo tal catolense q seus planos haviam mudado drasticamente em fção do recem-falecimento de dois de seus irmãos num acidente de moto. Essa noticia abalou o grupo de tal forma q já não havia condições da parte deles de prosseguir o restante da trip proposta.

Buscamos então onde encostar o esqueleto e achamos felizmente a pousada da simpática Dna Creuza, onde tomamos um revigorante banho quente e degustamos sua deliciosa e tradicional comida baiana q nunca veio em boa hora. Foi ali, a luz daquela farta janta, q cada um decidiu o faria a partir dali dado aquele trágico imprevisto: tds pegariam no dia sgte uma lotação pra Seabra e dali iriam pro Capão, na Chapada Diamantina; onde o Leo estacionaria num camping afim de relaxar, enqto o Paulo e o Mota fariam um circuito pelas cachus do Mixila. E eu? Eu dei continuidade á pernada proposta, oras! Não me desloquei de Sampa ate ali pra morrer na praia, ne? Tinha td em mãos, so não teria a cia dos meus colegas. Nada mais. E mesmo assim concluí solitariamente a trip, q findou dias depois em Rio de Contas.

Finalizando, a Serra da Tromba continua pouco conhecida e sem alma nenhuma perambulando seu interior apesar das varias possibilidades de caminhadas q seus ermos campos oferecem. Próximas algumas dezenas de kms, as belas formações rochosas dos Três Morros e da Serra do Navio tem gde potencial pra integrar, em conjunto com a Serra da Tromba,  um belo Parque de área bem modesta mas de fácil visitação. Além dos campos e morros tb existem os atrativos naturebas das simpáticas vilas de Piatã e Catolés dando apoio, q incluem grutas, pinturas rupestres e, claro, mtas cachoeiras. Tds visitáveis mediante trilhas moderadas. São quedas razoavelmente pequenas em meio às rústicas paisagens de cerrado e caatinga, q na secura do relevo árido desta região pode trazer um descanso refrescante. Pensando bem, é melhor esquecer a idéia de Parque e deixar q as coisas continuem do jeito q estão. So assim, discretamente situada na borda sul da Chapada Diamantina e fora dos limites do Parque Nacional, desconhecida e ocasionalmente visitada, é q a paz e a beleza da Serra da Tromba se manterão preservadas ainda por mto  mais tempo.

Jorge Soto
http://www.brasilvertical.com.br/antigo/l_trek.html
http://jorgebeer.multiply.com/photos

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Sobre o autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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