Unindo forças para levar um PCD até o cume do Camapuã

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Combinei com um amigo de São Paulo, o Jorge Afonso, que faz parte do grupo chamado Inclusão Radical (IR) para encontrá-los pela manhã de um sábado de 2023 na chácara do Bolinha. O plano era subir o Camapuã com um PCD (pessoa com deficiência), eles iriam acampar eu retornaria para base em seguida.

Equipes Inclusão Radical (IR) e Inclusão e Aventura juntos prontos para ajudar na subida.

Saímos de Curitiba, Júnior Pereira , Jhon Michell, Bianca Paiva e eu. Nossa missão era ajudar na subida do PCD na cadeira e também na trilha, mostrar pontos de água, etc. Saímos da base da Fazenda da Bolinha por volta das 7h38. O Camapuã é uma trilha de três, talvez quatro horas de subida, porém nas dimensões da ideia que tinhamos, não sabíamos quanto tempo levaríamos uma vez que há muitos obstáculos pela trilha e com a cadeira adaptada Baruqueti seria um grande desafio. Já no início da trilha muitas árvores, raízes, pedras e cruzos de rios iam tomando nosso tempo, mas não a nossa vontade de concluir aquela missão.

Depois de cruzar por vários rios, subir pedras e pular raízes as 10h38, exatas 3 horas desde a base, chegamos nas placas que dividem as trilhas do Camapuã, Ciririca e Pedra Branca. Dali em diante o vale acabaria dando lugar a subida do morro do Camapuã, uma subida cheia de barro, muitas raízes e lugares íngremes. Esse talvez fosse o ponto mais difícil e perigoso de passar com a cadeira, porém a equipe era muito forte e determinados.

Uns ajudavam a carregar mochilas, outros a cadeira, uns forneciam água , comida, apoio, foi uma equipe incrível, e assim depois de muita lama e foco, por volta das 11:39 horas chegamos na base da subida da famosa rampa do Camapuã. Nesse ponto decidi ajudar nas mochilas cargueiras do pessoal e assim assumi a responsabilidade de levar duas cargueiras enquanto eles subiam com a cadeira. Cordas foram amarradas na Baruqueti para assim mais voluntários poderiam ajudar, sem a proteção das árvores subir aquela rampa sendo com as cargueiras ou a cadeira seria um dos maiores desafios daquele dia. As 13h35, quase duas horas depois do início da subida da rampa chegamos ao nosso destino, o cume do Camapuã.

Esta é uma trilha que já fiz em 2h30 horas e dessa vez levamos em torno de 5 horas, mas não é o tempo que determina a vitória e sim a chegada de todos ao nosso objetivo. Logo após me despedi do grupo e junto aos meus amigos, Júnior,Jhon,e Bianca descemos cansados mas felizes, com a sensação de missão cumprida, nosso projeto aqui no Paraná chamasse Inclusão e Aventura e esta aberto para quem quiser participar e ajudar de alguma forma. Todos serão sempre bem vindos porque ” Todos merecem IR” (frase do IR). Que possamos viver muitas outras aventuras como essas. Abraços a todos e se vemos nas montanhas.

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