Vários cumes novos recordes e dobradinha brasileira no Everest

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Os últimos dias foram bastante movimentados na montanha mais alta do planeta, o Monte Everest.

Roberto Terzini. Fonte arquivo pessoal.

 

 

 

 

 

 

 

 

A temporada de 2023 está sendo marcada por uma grande concentração de montanhistas, uma vez que a China, desde o início da pandemia, não emitiu permissões para a escalada do Everest pelo lado norte. Tal medida concentrou muitas expedições pelo lado Sul nepalês.

Para evitar as enormes filas, que foram denunciadas em 2019, as expedições se dividiram na grande janela de bom tempo que se iniciou no começo desta semana e diversos montanhistas já aclimatados atingiram o topo da montanha mais alta do mundo.

O paulista Roberto Terzini, que vive nos Estados Unidos, foi o primeiro dos 8 brasileiros que estão nesta temporada para fazer o cume do Everest em chegar ao topo. Terzini chegou ao cume da montanha mais alta do mundo no dia 16 de maio e ontem, dia 18, fez cume também no Lhotse, que do alto de seus 8516 metros de altitude, é a quarta montanha mais alta do mundo. Roberto Terzini realizou o quadragésimo terceiro cume brasileiro no Everest e o quarto do Lhotse. Ambas as montanhas foram escaladas pela primeira vez por Waldemar Niclevicz e Mozart Catão (Everest 1995) e o Lhotse em 2002.

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Cumes sem Oxigênio

Por sua vez, nesta janela, houve também dois cumes no Everest realizados sem oxigênio, feito logrado pelo Paquistanês Sajid Sadpara, filho de Ali Sadpara, o mais famoso montanhista do Paquistão que morreu durante escalada invernal no K2 e o montanhista colombiano Mateo Isaza.

Recorde de número de vezes no cume do Everest

Na semana passada o sherpa Pasang Dawa havia se igualado a Kami Rita Sherpa como o homem que mais vezes esteve no cume do Everest com 26 ascensões. No dia 17 de maio, Kami Rita voltou à dianteira realizando sua vigésima sétima ascensão ao topo do mundo.

Ali Sadpara, Moeses Fiamoncini e Kami Rita Sherpa, recordista de ascensões no Everest.

Oitava morte da temporada

Infelizmente a montanha mais alta do mundo fez mais vítimas fatais. No dia 16 de maio, o nepalês Phurba Sherpa perdeu sua vida entre o acampamento 3 e 4, próxima a famosa Franja amarela.

Os motivos do falecimento de Phurba não foram revelados, porém a suspeita é que ele tenha morrido de complicações do mal agudo de montanha com a evolução de um quadro de edema pulmorar e cerebral.

No dia 17, o moldavo Victor Brinza perdeu sua vida no colo sul, um dia depois, notícias da montanha dão conta que a chinesa Xuebin Chen foi dada como morta na parte alta do cume, enquanto que a indiana Suzanne Leopoldina Jesus, que havia sido removida da montanha com mal agudo da montanha, acabou não resistindo e perdeu sua vida no hospital de Lukla.

Hoje, dia 19, uma noticia vinda da montanha dá conta que um montanhista cingalês está desaparecido na montanha, o que se confirmar mais um falecimento, vai deixando essa temporada como uma das mais mortais dos últimos anos.

Com as mortes da temporada, o Everest soma 318 mortos em sua história.

A temporada de cumes continua.

Houve um surto de gripe no Everest, com diversos montanhistas ficando doentes com infecção na garganta, febre e fortes tosses, inclusive por pessoas que realizaram o trekking ao acampamento base do Everest. Tal enfermidade atingiu Gabriel Tarso, que busca seu terceiro cume no Everest e Bernardo Fonseca. A dupla repousou, mas já está a caminho do ultimo ciclo de cume.

Carlos Santalena, Carlos Canellas, Murilo Vargas, Décio Gomes e Cesalina Gracie também estão prestes a realizar cume na montanha nesta que é a temporada com mais brasileiros na história.

 

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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