5 montanhas para você assistir o nascer no sol na Região de Curitiba

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O nascer do sol é um grande espetáculo da natureza que encanta qualquer pessoa. Acompanhar os primeiros raios de sol do dia tocando a superfície da terra em uma montanha, cercado de natureza é ainda mais fascinante. O céu azul escuro dá lugar a uma imensidão de cores e as plantas geladas da noite ganham nova vida enquanto os pássaros cantam.

Mas não é em qualquer montanha que é possível ver esse espetáculo. Lugares como o Parque Estadual do Marumbi, por exemplo, possuem horário de visitação. Lá só é permitido a entrada de montanhistas na trilha após as seis horas da manhã, quando o sol já está bem alto. Há outros lugares, como o cume do Capivari Grande, em que há muita vegetação no cume e não há um mirante para se observar o nascer do sol. Por isso, separamos cinco montanhas em que você poderá apreciar esse espetáculo na Região de Curitiba.

Caratuva

Localizado a cerca de 60 Km de Curitiba, na Serra do Ibitiraquire em Campina Grande do Sul, o Pico Caratuva é uma montanha de 1.860 metros de altitude. A caminhada até lá é de nível médio para intenso com subidas íngremes e obstáculos naturais na trilha (pedras, raízes, lamaçais). No entanto, é um mirante natural para o Pico Paraná e outras montanhas da região e um ótimo ponto para acompanhar o nascer do sol. A dica para assistir este espetáculo é acampar na montanha, uma vez que leva-se em média 4 horas pra chegar ao seu cume.

Nascer do Sol visto do Caratuva com Pico Paraná no Horizonte. Foto: Ney Guimarães Filho

Capivari Mirin

O Capivari Mirim possui 1.552 metros e é uma montanha bastante acessível para iniciantes. Para se chegar ao cume são necessárias de 2 a 3 horas de caminhada e um ritmo tranquilo. De lá é possível avistar tanto as montanhas da Serra do Itibiraquire como a represa Capivari sendo iluminadas pelos primeiros raios de sol do dia. O cume é amplo, com várias pedras e vegetação baixa, assim é possível inclusive preparar um café enquanto espera pelo dia clarear.

Visual do Capivari Mirim. Foto: Ana Wanke

Camapuã

Essa é uma das montanhas mais acessíveis da Serra do Ibitiraquire. São cerca de 3 horas até o seu cume. Para assistir o nascer do sol é possível ir na madrugada, realizando um trekking noturno ou subir a montanha um dia antes e acampar. Para iniciantes a opção com camping se torna um pouco mais segura, visto que a noite a montanha se torna mais escorregadia e fácil de se perder. Nessa montanha, o sol nasce atrás do Pico Paraná tornando o momento único e ainda mais inesquecível.

Nascer do Sol visto desde o cume do Camapuã. Foto Gustavo Joradaky

Itapiroca

O Pico Itapiroca com 1.805 metros de altitude é a 5º maior montanha do sul do Brasil. Sua trilha tem duração de cerca de 3h/4h de caminhada com nível médio para difícil. Ela também está localizada na Serra do Ibitiraquire e pode-se observar o nascer do sol atrás do Pico Paraná dependendo da época do ano. O local possui um amplo espaço para acampar e como a vegetação é baixa é possível assistir esse espetáculo da natureza com tranquilidade.

Nascer do sol visto do Itapiroca. Foto Gustavo Jordaky

Pico Paraná

Por ser o ponto mais alto do Sul do Brasil com 1.877 metros de altitude, assistir o nascer do sol desde o cume do Pico Paraná é uma experiência única. Lá é possível ver o sol desapontando no horizonte, e com sorte, dependendo do dia, até sobre um mar de nuvens. No entanto, essa trilha é a mais puxada para se fazer de bate e volta. São cerca de 8 horas até o seu cume e mais 6 a 7 horas para voltar. Mas também é possível acampar na montanha e subir bem cedinho até o cume para assistir o nascer do sol com mais energia.

Primeiros raios de sol vistos do cume do Pico Paraná

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

1 comentário

  1. Só avisando que está difícil contemplar o nascer, o pôr ou o sol a pino nas montanhas do Paraná. Se conseguir um lugar, cuidado com o lixo e dejetos humanos.
    O Alta Montanha poderia abordar a degradação de nossas montanhas pela visitação sem controle. Grupos enormes, nenhuma preocupação e regulação de IAT ou qualquer outro órgão público dentre outros fatores estão promovendo um panorama desolador. Passou da hora.

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