Homem morre na Trilha Funicular de Paranapiacaba

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A Travessia da Funicular de Paranapiacaba na região da Serra do Mar em São Paulo é repleta de belezas e perigos escondidos.  Nesse domingo, 12/01, um homem de 29 anos foi a óbito após cair de uma ponte férrea de 50 metros de altura.

Resgate envolveu 16 pessoas em área de difícil acesso.

Os bombeiros foram acionados por um amigo da vítima que também fazia a trilha. Porém, ao chegar ao local de difícil acesso, encontraram Antonio Raphael Gomes Freitas com múltiplas fraturas e já sem vida.  Ele fazia parte de um grupo de 15 pessoas. Entretanto foi necessário um efetivo de 16 Bombeiros e três viaturas para retirar o corpo do local.

Ponte em estado avançado de deterioramento.

A travessia além de ilegal é perigosa.

Muitos turistas buscam a região da Travessia Funicular de Paranapiacaba atrás de aventura e fotos sobre as antigas estradas e pontes de ferro abandonadas que liga Paranapiacaba a Cubatão.  Inaugurada em 1867, essa estrada foi a primeira ligação entre Jundiaí, interior do estado a Santos, e era utilizada para escoar a produção agrícola. Assim, na época a ferrovia era um moderno e arrojado sistema arquitetônico para época. Porém, a ferrovia esta desativada desde 1981 em consequentemente sem manutenção.

Pontes em estado precário.

O percurso da linha férrea possui 16 pontes e 13 túneis que após quase 40 anos sem uso foram tomados novamente pela natureza. Todavia, as estruturas estão colapsadas, cheias de ferrugem e lodo, com muitos pontos podres e escorregadios. Assim como as vigas de madeira estão corroídas e há inúmeros cabos de aço soltos.

A vegetação da mata atlântica cresceu e a fauna voltou a habitar o local, inclusive com a presença de animais peçonhentos. Além disso, é comum haver neblina na região, o que atrapalha visualizar os obstáculos.

Apesar de tantos perigos, ainda há grupos de aventureiros que ignoram os avisos e se organizam, até mesmo com guias, para visitar o local. Porém a MRS Logística que é a responsável legal pela ferrovia destaca que o acesso à área é proibido. Ao ser pego nessas trilhas, o aventureiro poderá ser multado ou até mesmo preso por invasão de propriedade privada.

 

 

 

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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