Temporada brasileira nos Andes 2021-22

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Com o fim do verão na América do Sul, chega ao fim também a temporada de ascensões a montanhas na Argentina e Chile, temporada que sempre é bastante aproveitada por brasileiros que atravessam a fronteira para se desafiar e se divertir nos Andes.

Na grande cordilheira sul-americana a altitude de 6 mil metros é sempre uma referência e como não poderia de deixar de ser, diversos brasileiros se desafiaram em alta montanha, com destaque para o casal de Santa Maria RS, Tiago Korb e Luciana Moro, que estiveram em 11 montanhas e chegaram no topo de 9: Cerro Plata (5935), Mercedário(6720m), Famatina(6115m),  Bonete Chico (6759m), Aracar (6097m) , Quewar (6140m), Llullallaico (6752m), Antofalla (6440m), Laguna Blanca (6012m). As últimas 8 com mais de 6 mil metros e destaque para a última, que nunca havia sido escalada por brasileiras e tão remota que só foi conquistada, ou seja, escalada pela primeira vez, no ano de 2006.

Luciana Moro no cume do Llullallaico pela segunda vez.

Com as novas ascensões, todas na Argentina, o casal gaúcho chegou a 17 montanhas diferentes acima de 6 mil metros nos Andes, firmando-se dentro do “Clube dos 6 mil”, grupo que reúne montanhas que já fizeram mais de 10 montanhas acimas de 6 mil metros nos Andes.

Aleomar Galassi com Lito Sanchez

Outro 6 milista que aumentou seu curriculum foi o paulista Aleomar Galassi, que em duas expedições pode provar o Mercedário, Pissis (terceira montanha mais alta dos Andes com 6795m) e o Nevado Patos (6239m), outra montanha raramente escalada na grande cordilheira. Galassi teve companhia nas duas ultimas montanhas de dois grandes nomes do montanhismo argentino, Lito Sanchez, o atual recordista em ascensões no Aconcágua, com mais de 70 cumes e Heber Orona, primeiro argentino a fazer cume do Everest sem oxigênio.

Outro brasileiro que realizou duas expedições e se firmou dentro do clube dos 6 mil é o petropolitano Luiz Cavalieri. Junto com o casal Tiago e Luciana, ele escalou no começo do ano o Mercedário e o Famatina (6115m). Em uma segunda viagem, ele escalou o cerro Plomo (5424m), próximo a Santiago e o Soquete (5408m), próximo de San Pedro de Atacama no Chile junto de Ricardo Rui.

A dupla, com o casal paranaense Pedro Hauck e Maria Tereza Ulbrich, já aclimatados e se unindo a Ricardo Rui e Luiz Cavalieri, realizaram a saga de ascender 5 montanhas de 6 mil metros em apenas uma semana, o Palpana (6035m), Aucanquilcha (6176m), San Pedro (6145m) San Pablo (6110m) e Pili (6046m).

Pedro, Sebastián, Ricardo Rui, Maria Tereza Ulbrich e Luís Cavalieri no cume do Aucanquilcha.

Pela primeira, brasileiros conseguem escalar duas montanhas com mais de 6 mil metros em um dia, o San Pedro e San Pablo, feito realizado por Pedro Hauck, Maria Tereza Ulbrich e Ricardo. O trio, junto com o paranaense Waldemar Niclevicz, que está na Europa para finalizar a escalada de todos os 4 mil dos Alpes, são 4 montanhistas com mais ascensões em 6 mil andinos.

Patagônia

Brasileiros também marcaram a temporada de ascensões na Patagônia com 3 cumes no famoso Fitz Roy. Foram eles Arjuna Sundara, Marcelo Machado e Gisely Ferraz.

Arjuna Sundara e Marcelo Machado chegam ao cume do Cerro Fitz Roy. Foto: Arquivo Pessoal. Fonte Go Outside.

Brasileiros nas montanhas de 6 mil metros nos Andes – AltaMontanha

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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