Após polêmica, MONA da Pedra do Baú volta atrás com projeto de guarda corpo no Bauzinho

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O projeto de implantação de um guarda corpo no cume do Bauzinho, no complexo da Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, causou grande repercussão nas mídias sociais em setembro. Montanhistas, escaladores, a comunidade local e até mesmo visitantes do Monumento Natural da Pedra do Baú se posicionaram contra a intervenção em um abaixo assinado online. Eles alegaram que a obra não apresentava estudos técnicos e poderia causar um grande impacto visual e ambiental no cume da montanha.

Cume do Bauzinho, que está localizado do lado doa Pedra do Baú e recebem inúmeros visitantes devido o fácil acesso.

De acordo com o projeto, o objetivo era dar mais segurança aos visitantes. No entanto, o grupo contrário à obra questionou a falta de um estudo de impacto ambiental e de zoneamento e destacaram que a construção pode inclusive trazer uma “falsa sensação de segurança de um guarda corpo, incentivando as pessoas a irem além dos seus limites”. Eles pediram também a formulação de um Plano de Manejo.

Manisfestações contrárias

O abaixo assinado lançado pelo grupo recebeu cerca de 1400 assinaturas. No entanto, devido a grande repercussão, a Fundação Florestal (órgão estadual responsável pela obra) voltou atrás e abriu um canal de diálogo junto com grupos técnicos formados pelos Amigos MONA Pedra do Baú. O objetivo é encontrar soluções que promovam maior segurança para o visitante e minimizando o impacto no local.

“Acreditamos que primeiro de tudo é preciso de estudos técnicos que incluam o zoneamento e análise de riscos das áreas do MONA Pedra do Baú. E continuamos reivindicando o plano de Manejo para ontem. E sim, existem outras formas de promover segurança, e a que defendemos é a que gere um mínimo impacto ambiental, como por exemplo: sinalização, educação ambiental e a presença de monitores no local”, disse o representante do grupo Amigos Mona Pedra do Baú.

“Enquanto não existe um Plano de Manejo e um Sistema de Gestão de Segurança tudo é feito no achismo. Levando em consideração muitas vezes interesses pessoais, comerciais e não necessariamente o que seria melhor para a unidade de conservação. Somos a favor da montanha para todos, mas defendemos também que esta interação deve ser realizada levando em consideração os ideais de mínimo impacto em ambientes naturais”, completou.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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