Próximo a divisa de Sampa com Minas Gerais, vários pequenas serras fazem interligação do Vale do Paraíba com o topo da Mantiqueira. Uma destas pontes é uma serrinha, ou melhor, um serrote. Definição esta que nunca caiu melhor pra designar um local, geograficamente falando. Escarpado e literalmente serrilhado por rochas e pedras pontiagudas cercadas de mata agreste, o Serrote dos Pilões é um destes acessos as terras altas da Mantiqueira que não apenas oferece belos visuais dos vales e montanhas do entorno. Descortina também novas rotas de um ou mais dias. E olha que esta foi nossa primeira investida na região.
Sobre o Autor
Ela aparece como Morro Grande da Ilha nas cartas topográficas mais antigas, mas atualmente seu nome deriva do quartzito que preenche suas encostas. É a Serra dos Cristais, modesta elevação que se destaca a oeste de Cajamar, e alcançar os quase mil metros de sua abaulada crista de pasto varrido é uma experiência breve porém gratificante, que descortina bela panorâmica dos picos ao norte de Santana do Parnaíba.
Não é de hoje q namoro os cumes situados entre Santana do Parnaiba e Cabreúva. De elevações significativas, uma continuidade de cristas e distante apenas 60km de Sampa, estas montanhas menores – filhos desgarrados da Serra do Japi são programa ideal prum bate-volta semi-selvagem. Começando uma série de investidas à região, meti as caras num tal Morro da Viúva, q a despeito do curioso nome é uma elevação respeitável q requer fôlego e determinação se a intenção é ganhar os quase mil metros do seu pedregoso topo. Um rolê puxado sem trilha alguma q começou na Estrada dos Romeiros, escalaminhou um misto de capim e rocha, palmilhou td extensão do morro bordejando paredões verticais, e findou merecidamente num boteco em Pirapora do Bom Jesus.
Na busca de rolês de meio-período imediatamente descarto Mogi, Paranapiacaba ou picos fora de Sampa. Sobram então serrotes menores q, mais acanhados ou situados em áreas de conservação urbanóides, pouco interessam a quem frequenta, por exemplo, a Mantiqueira. Foi o q restou neste último domingão repleto de compromissos: nova visita ao Pq Municipal do Pedroso, em Santo André (SP). Como desconhecia seu setor norte, aproveitei pra palmilhar trilhas pendentes e realizar uma despretensiosa pernada Sto André – SBC, via Morro da Bandeira. Mas ao contrário do q parece a navegação aqui é fundamental: se desviar demais da rota, ao invés de cair numa grota, penhasco ou mata fechada, o risco aqui é dar no meio duma favela barra-pesada! Eis uma aventurinha adrenada na direção oposta ao Pico Bonilha, pto culminante do ABC, em plena selva de pedra paulistana.
Foi na vontade de realizar uma nova caminhada pela Serra do Itapety que tropeçamos com uma rota, até então inexistente, que foi de encontro direto ao alto da serra, sem necessidade de ter de alcançar a Pedra do Lagarto. Desconhecida, porém oportuna, apelidamos a vereda de “Trilha do Caçador” por razões óbvias. Bem roçada pelo extrativista ilegal, ela leva não só até um poleiro de tocaia como tb ao seu acampamento improvisado. Pra finalizar este rolê exploratório de puxados 20kms (e desnível de quase 400m), esticamos até a nova linha de torres de Furnas, recém-instalada na crista do “Guardião de Mogi das Cruzes”, passando pelo pitoresco rochedo chamado de Toca da Onça, situado no pto mais alto da serra.
O Pico do Cruzeiro é o 3º ponto mais alto da cidade de São Paulo, menor apenas que o Morro do Pavão e o Pico do Jaraguá, ambos na zona norte da cidade. Tb chamado de Pico São Rafael, Morro Pelado ou Mutuçununga, o Pico do Cruzeiro é o pto culminante da Zona Leste paulistana, na divisa com Mauá. Apesar da magnitude destes números, os 998 m do seu cume são facilmente alcançados mediante meia hora de caminhada sussa. E foi lá q fomos matar algumas horas de ócio, num rolê mais q tranqüilo de menos de meio período q começou em Sampa e findou em Mauá. Um serrote urbano com facilidade de acesso do Pico Bonilha, desnível do Morro Saboó e visu panorâmico tão espetacular qto o do Pico do Jaraguá.
A Serra da Cantareira é maior floresta urbana do mundo. Situada na zona norte da cidade de São Paulo, abrange os municípios de Mairiporã, Caieiras e Guarulhos, onde agrega o Pque Estadual do mesmo nome. Contudo, fora dos limites da unidade de conservação a Cantareira ainda possui inúmeros atrativos q se traduzem em trilhas e estradinhas bucólicas, além de torres e mirantes com belo visual, td situado no alto de sua escarpada crista. E foi justamente dum rolê sussa e despretensioso de apenas 16kms que resultou uma travessia pelo topo serrano, q partiu do Túnel da Mata Fria, na Rod. Fernão Dias, e culminou no bairro do Saboó, em Guarulhos.
Situada ao sopé da bucólica estrada que lhe empresta o nome, a Pedra do Pau Cerne é um pitoresco monólito rochoso q destoa do mar de morros q orbitam a majestosa Serra do Itaberaba, em Santa Isabel (SP). De acanhados 878m facilmente acessíveis por trilha de 3km feita em menos de 1hr de caminhada, o q surpreende é q o pitoresco mirante da Pedra do Pau Cerne, com formidável vista dos arredores do Itaberaba, seja pouco frequentado e praticamente desconhecido. E foi lá q fui apenas por meio período nesta quarta visita a esta bela cadeia serrana, cujos encantos naturebas parecem não ter fim.
Distrito afastado de Mogi das Cruzes (SP), César de Sousa tem setores onde a urbanização inexiste e quem reside lá se vira como pode, com recursos mínimos, em meio ao mais puro mato! Homenageando um engenheiro-chefe da EF Central do Brasil e carinhosamente chamada de Selva de Souza, deste pacato bairro mogiano parte uma agradável pernada que palmilha a modesta cumeada serrana do seu entorno. De enxutos 16km e terminando na simpática Sabaúna, esta breve travessia descortina pitorescos rochedos como a Pedra dos Bandeirantes, da Baleia e da Mesa, além de mirantes q revelam um novo olhar desta região q, geograficamente, divide a bacia do Alto Tietê do Vale do Paraíba. Entretanto, é uma pernada q tb tem seus dias contados.
Fora os tradicionais cartões-postais do Lago Igapó, Bosque Mun. Marechal Cândido Rondon, Mata dos Godoy, Pque Arthur Thomas e o Três Bocas, Londrina possui ainda dentro da própria cidade outras áreas naturebas de lazer. São parques menores q, mais discretos e sem maior divulgação, passam desapercebidos inclusive pra população local. Aproveitando então uma breve passada pela pérola do Terceiro Planalto Parananense, resolvi matar o tempo dando uma espiadinha rápida em três unidades menores de conservação: o Lago Cabrinha, o Lago Norte e o Jardim Botânico.