Sobre o Autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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Costa dos Coqueiros – De Arembepe à Mangue Seco – 7º e 8º dia
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7º DIA – CONDE, POÇAS, SIRIBINHA, COSTA AZUL. – Pra variar, acordei c/ o corpo moído + uma vez as 6hrs, aproveito pra enrolar e descansar + um pouco, alem de dar uma arrumação e ´faxina´ no interior da barraca, repleta de areia. Isso ate qdo os primeiros raios alcançam a lona, avisando q é hora de zarpar. O dia promete, e à leste um tênue arco-íris torna a paisagem mais encantadora.

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Costa dos Coqueiros – De Arembepe à Mangue Seco- 5º e 6º dia
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5º DIA – DE SUBAÚMA A BAIXIOS – Sexta acordei as 6 hrs, sob céu nublado claro e s/ vento algum. Após rápido café, tento secar a barraca, levanto acampamento e dou inicio à pernada daquela manhã. Embora a margem de chão seja ampla, há muita areia fofa misturada à molhada, dificultando aquele começo de dia, junte-se a isso o peso extra do equipamento molhado. Paciência tinha q aproveitar q não havia sol p/ render pernada naquela manha.

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Costa dos Coqueiros – De Arembepe à Mangue Seco – 3º e 4º dia
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3º DIA – DO LUXO DA PRAIA DO FORTE À RÚSTICA STO ANTONIO – Levantei antes do sol emergir no horizonte e parti por volta das 5:30, sentindo algumas dores musculares nas pernas, assim como um pouco queimado. A maré não tava tão baixa assim e normalmente sempre as primeiras hrs da manha eram razoavelmente difíceis de andar: numa faixa semi-estreita e misto de areia firme e fofa, q no decorrer da manha ia se alargando cada vez +. Ainda sim, o frescor daquele inicio de dia era bem + estimulante q o sol escaldante da tarde. A praia estava deserta, o sol saia timidamente porem razoavelmente encoberto, e não havia vento algum. Os coqueiros se sucedem no mesmo compasso q as poucas habitações, todas desertas, onde apenas siris e quero-queros reclamam da minha presença.

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Costa dos Coqueiros – De Arembepe à Mangue Seco – 1º e 2º dia
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Após quase um mês rodar o centro do país tava resoluto a fechar aquela longa trip c/ uma prainha básica de forma bem peculiar. Sempre desejei conhecer o litoral norte bahiano, a ´Costa dos Coqueiros´, na base da pernada, ate q enfim juntaram-se as condições básicas – pouca grana e tempo de sobra – já q o ´planejamento´ limitava-se ao conhecimento prévio adquirido na ´Costa do Descobrimento´ e uma certa dose de improviso. E lá fui encarar esta travessia, saindo de Arembepe (BA) e concluindo em Mangue Seco (SE), num trecho do litoral espremido entre o verde-esmeralda do mar e o cinza do asfalto da Linha Verde, rodovia ecológica q acompanha todo o trajeto. Esta árdua caminhada de quase 180km divididos em 8 dias revelou-se um achado atrás do outro, onde povoados primitivos de pescadores convivem lado a lado com luxuosos resorts. Td isso em meio à beleza de praias enormes e desertas, faixas intermináveis de coqueirais perfilados, tartarugas marinhas, rios, manguezais, lagoas e dunas. Muitas dunas.

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LENÇÓIS MARANHENSES A PÉ!!! – P3
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DE QUEIMADA DOS BRITOS ATÉ SANTO AMARO DO MARANHÃO
De madrugada choveu ininterruptamente. Felizmente o sobreteto tava bem firme pq chovia com vento forte. Contudo, foi inevitável q começasse a pingar aqui ou acolá no interior da barraca. Porem, meu cansaço e sono eram indiferentes a tal detalhe, q só percebi ao acordar molhado na manha seguinte, as 6:00hr. As paredes estavam totalmente úmidas e havia pequeninas poças c/ areia dentro. Chovia lá fora e fiquei aguardando parar p/ poder começar a pernar naquele dia, enquanto aproveitei p/ tomar café e dar uma limpada no interior.
Texto e Fotos: Jorge Soto

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LENÇÓIS MARANHENSES A PÉ!!! – P2
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DIA INTERMINAVEL ATE O ´OASIS´ BAIXA GRANDE
Pra não tomar o forte sol da tarde, compensei pernando antes da alvorada. Despertei antes das 4 da madru, tomei café e levantei acampamento, c/ tempo ameno e alguma brisa vinda do norte. O destaque, porém, não foi o céu limpo e estrelado, e sim a maravilhosa lua cheia q iluminava a paisagem diante de mim, as outrora ondulações de areia douradas agora eram espetacularmente prateadas!!! C/ claridade perfeita e visu + q inspirador, comecei a andar, deixando lentamente as lagoas e a faixa de restinga lá pra atrás. O brilho da lua refletido em laminas de água dissiparam meu receio de não achar o precioso liquido naquele dia, pois carregava quase 4L de água caso no trajeto td estivesse seco. Joguei fora, permanecendo apenas c/ a garrafa básica de 1,5L q levo permanentemente.
Texto e Fotos: Jorge Soto

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LENÇÓIS MARANHENSES A PÉ!!! – P1
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São muitos os adjetivos q fazem do Pq Nac. dos Lençóis a maior atração do Maranhão. Razões + q suficientes p/ conferir de perto este local q é realmente de paisagem surreal, composta de uma mistura impar de dunas douradas, lagoas cristalinas, oásis verdejantes e habitantes simples e hospitaleiros, q tem sua rotina – e vida – regida pelo capricho dos ventos. O desafio de conhecer td aquilo na base da pernada era tentador em demasia de passar batido, ainda + pra quem curte caminhar, convive c/ um perrengue e quer experiências q vão alem do passeio-de-mão-dada oferecido por agências. Assim, encarei a parada sozinho – munido apenas de bússola e uma info prévia – apenas pra ter 2 certezas: q a Travessia dos Lençóis, saindo de Barreirinhas e finalizando em Sto Amaro, requer apenas disposição, já q é uma caminhada de 65km percorridos em 3 dias árduos mas q não oferece maiores problemas de navegação, e constatar tb q o local realmente faz jus aos adjetivos q lhe são dirigidos.
Texto e Fotos: Jorge Soto

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RASGANDO A SERRA FINA AO MEIO!!! – P1
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O isolamento, a altitude acentuada, a escassez de água e espaço tornam a Serra Fina uma das travessias + difíceis e emocionantes do Brasil, cujo pto alto é a subida da Pda da Mina, pico culminante da Mantiqueira. Se assim já é difícil, imagine realiza-la no sentido Norte-Sul, transversalmente? Pois foi isso mesmo q fizemos em 5 árduos dias: saímos de Queluz, escalaminhamos o Rio Claro até sua nascente por encostas repletas de mato e pedras escorregadias feito sabão, ate atingir o cume da 4º maior montanha do país, p/ depois descê-la pela crista oposta rumo Bairro do Paiolinho. Radical, selvagem e intensa ao extremo, enfrenta-se paredões verticais íngremes, abre-se c/ facão mata fechada e embrenha-se por mares de capim-de-anta afiados, alem de enfrentar frio e vento cortante c/ temperaturas negativas. Preço justo q se paga p/ fazer parte dos poucos q já conquistaram os 2.798m da Pda da Mina desta forma nada convencional. Td isso emoldurado por montanhas acima dos 2mil metros. Alem de proporcionar novas vistas espetaculares da região + alta do estado, de incontáveis cachus e piscinões de água límpida, esta pernada se caracteriza tb por ser + longa, + difícil,+ bonita. E muito, muito + perigosa.
Fotos José Augusto C.

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