Nem só de serras escarpadas e íngremes vive o andarilho determinado. Contrastando com seus fundos e abruptos vales, a aparente horizontalidade do planalto q antecipa os gdes desníveis pro litoral tb propicia td sorte de pernadas. Basta apenas saber onde enfiar as caras.
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Meu amigo Sandro Bimbato aqui no DF me falou sobre um tal de Monte Roraima há quase dois anos. Pesquisando na net vi que era uma viagem empolgante. Fiquei maquinando a viagem e pegando experiências pelo site mochileiros.com e pelo youtube. Fiz vários contatos com as diversas agências em Santa Elena e resolvi ir só imaginando que lá, iria ser fácil enturmar em um grupo e fazer o passeio, já que isso ocorre durante o ano todo. Fiz uns contatos com o Francisco Alvares que tem sua agência na rodoviária da cidade.
Liguei pra TAM no dia 15 de junho, tinha milhas e marquei minha viagem para dia 29 de junho de 2012, uma data no período das chuvas lá e com retorno para dia 09 de julho de 2012. Anunciei a viagem para alguns amigos com algumas informações, mas ninguém se habilitou. Fui só mesmo. Sabia o que poderia acontecer. Existem vários relatos na net, principalmente no site dos mochileiros mas nada se compara a essa aventura, ainda mais indo sem um planejamento junto à uma agência local.
Situado no longicuo bairro da Terceira, em Biritiba-Mirim, uma gruta com salão de 50mts quadrados desperta a atenção não apenas por suas características intrínsecas como tb pelo seu nome pitoresco.
É a Gruta do Disco Voador, uma enorme lapa situada ao sopé duma gigantesca rocha – supostamente com formato de disco-voador – q além de possibilitar atividades supostamente espeleológicas favorece tb a prática dum rapel negativo de 20m de altura.
Há tempos q o Nando comentava comigo suas intenções exploratórias dum rio selvagem na Serra do Mar santista q, por algum motivo qq, terminava sempre sendo adiada. Até agora. Como água mole em pedra dura, ele finalmente me convenceu em acompanhá-lo numa investida pelos tortuosos meandros do ribeirão Cubatão de Cima.
Todos os montanhistas e trekkers que conheço costumam manter um caderninho onde registram sua lista de desejos ou afazeres, aquelas aventuras que povoam seus imaginários aventureiros e desejam fortemente realizar algum dia na vida. Esse caderninho tem o condão, geralmente, de ser o fio condutor que leva à transformação destes sonhos em projetos e depois fazem destes projetos realidade. Por isso, além do próprio sonho costumam registrar outras informações relativas a eles, como dados de acesso e localização, dicas e quaisquer outras informações julgadas importantes. Não raro, mapas e até fotos são anexadas no tal caderninho, que hoje, obviamente com o avanço da informática, toma muitas vezes a forma de um arquivo eletrônico.
O Rio Caetê é um dos vários cursos dágua q despencam da verdejante muralha da Serra do Mar e rasgam a Área Continental de Santos, justificando seu nome q, em tupi-guarani, significa “mato grande”. Aproveitando uma dica soprada durante a visitação do Rio Cabuçu, localizado paralelamente no mesmos etor, fomos desta vez não apenas conferir este belo ribeirão, como tb nos refrescar numa simpática e pouco conhecida cachoeira. De facílimo acesso e bastante próxima da rod. Rio-Santos, a Cachu Caetê (ou Cachu do Morro, como tb é conhecida) é ótima pedida prum domingo de sol. Programa rápido q pode ser emendado com algum outro roteiro próximo. Q no nosso caso foi a rústica Praia do Góes, no Guarujá.
O Rio dos Macacos é o maior tributário do Rio Mambu, situado entre os municípios de Embu Guaçu e Itanhaém, as margens do Núcleo Curucutu do P E Serra do Mar. Além de suas águas abastecerem a majestuosa Cachu do Funil, o Rio dos Macacos notabiliza-se principalmente por cavar um estreito cânion durante td seu trajeto até sua foz. E foi justamente este imponente desfiladeiro, q atende pelo nome de Vale do Preguiça, q acabamos palmilhando na tentativa de aceder à Cachu do Funil por sua vertente leste. O resultado da empreitada foi um circuitão q desceu td um afluente do Macacos até o fundo do vale, percorreu um trecho considerável deste cânion virgem até seu vértice, na Cachu do Funil, e finalmente retornou por sua picada oficial. Um circuitão casca-grossa com escalaminhada, vara-mato, pernoite improvisado, chuva e mto frio q sequer arranhou parte dum cânion q decerto nunca teve pés aos sopé de seus imponentes paredões.
Montanha imponente que se destaca soberana na paisagem de quem trafega pela BR-376, na divisa PR-SC, a Pedra Branca de Araraquara só é comparável ao Corcovado de Ubatuba (SP) e a Pedra do Frade (RJ) em beleza, grandiosidade e proximidade ao mar. Contudo, difere destes picos apenas por ser um maciço desgarrado do planalto e não ter um topo rochoso ou descampado. Ainda assim, as características da conquista dos 1230m de seu escarpado cume são bem similares a estes picos mais notórios. Pernada curta, porém exigente e pouco freqüentada, este majestuoso maciço pode ser vencido até mediante árduo bate-volta. Ou fazer quiném a gente: utilizando dois dias com pernoite no alto, saboreando sem pressa suas largas vistas e vastos horizontes, q se estendem desde a Baia de Guaratuba até a enorme muralha da Serra do Quiriri.
Sendo um idioma muito prático, o inglês tem adjetivos que resumem frases inteiras do português. A palavra breathtaking, que significa “de tirar o fôlego”, é um exemplo. E foi ajudando a guiar um grupo de turistas ingleses num trekking de 5 dias ao redor do nevado Ausangate, no Peru, que compreendi o que é deparar-se com uma paisagem literalmente breathtaking. Um destes momentos é quando atingimos o topo do passo Palomani, que com 5200 metros é o ponto mais elevado do caminho: o oxigênio já nos faltava naturalmente devido à altitude, e a beleza daquele cenário de picos nevados que apreciávamos ali roubava qualquer restinho de fôlego que ainda tínhamos.
Kilimanjaro, ponto mais alto da África com 5895m, imponente e gigante como poucas obras da natureza no mundo. Depois de muitos meses de preparação, finalmente cheguei na semana onde iria enfrentar o maior desafio da minha vida. Subimos pela rota Machame, a mais difícil e das mais longas, e também mais cheia, porém com o melhor perfil de aclimatação, o que não atenuaria vencer os desafiantes 1200m verticais do dia do cume.