Situado as margens da Rod. Castelo Branco, o Jardim Belval é um pacato bairro de Barueri (SP) cuja origem remonta a um loteamento que se desenvolveu com a chegada da EF Sorocabana. Contração carinhosa de Belo Vale, o bairro ainda surpreende fazendo jus ao nome, embora sua urbanização tenha sepultado boa parte de suas belezas naturais. Eis mais uma brincadeirinha matinal, breve e sussa que, bem no meio da cidade, revela uma bela queda cercada de muito verde. Aliás, local que por pouco não se tornou área de proteção ambiental e cujo nome teria sido Parque Natural Municipal Cachoeira do Belval.
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Meses atrás realizei um ferrotrekking de Caucaia do Alto até Aldeinha pelo miolo da Reserva Florestal do Morro Grande, paraíso ecológico repleto de mananciais responsáveis pelo abastecimento de Sampa. Ao largo dos 20kms percorridos não pude deixar de reparar nas inúmeras picadas nascendo da ferrovia, indo em todas as direções. Pra onde essas trilhas vão dar?, foi o pensamento que ficou. Pra sanar essa dúvida retornei lá pra xeretar picada por picada, afim de mapear esses caminhos que tanto poderiam dar em nada como levar a alguma surpresa natureba, tipo cascatinha, remanso lacustre ou até um acampamento caçador. Este é o primeiro breve relato dos vindouros rolês nesta enorme mancha verde, repleta de mata nativa e bichos silvestres a apenas uma hora da Metrópole.
O convite do Rodrigo para rever o Wilson no cume do Arapongas me pegou desprevenido e fora da forma física ideal para o tamanho da empreitada. A montanha não é das mais altas, mas a aproximação é longa e o declive cruel, sem entrar no mérito da vegetação que a protege. Mas foi exatamente esta vegetação infernal que mais pesou na decisão de retornar ao Arapongas dez anos após pisarmos seu cume pela primeira vez em 2006.
Na ocasião dum tchibum na Cachu da Comporta, coisa de meses atrás, um local comentou dum morro relativamente próximo que despertou meu interesse. O nome era Pedra do Carcará e foi lá mesmo que fui meter as caras num domingão preguiçoso sem nada pra fazer. Situado no miolo do serrote florestado que se espicha na divisa de Mairiporã e Franco da Rocha, o acesso aos quase 1030m do seu topo é bem fácil e se dá numa região com sugestivo nome de Campos de São Benedito. Sim, é uma formação rochosa modesta e quase urbanóide, cujo desnível não passa dos 400m mas que demanda vigorosa caminhada de aproximação. Como prêmio, a bela paisagem do alto de sua larga e extensa rampa rochosa assim como de todo quadrante oeste de Francisco Morato.
Pensei que seria interessante visitar neste artigo algumas de nossas ilhas. Vou descrever apenas as mais óbvias, evitando as muito grandes como Marajó e Superagüi, as muito pequenas como Anchieta e as muito distantes, como Abrolhos. E, claro, as proibidas, como Alcatrazes e São Pedro e São Paulo. Se você conseguir permissão para estas últimas, faça o favor de me convidar.
Alcançar um cume ou topo serrano é sempre algo gratificante, mas atire a primeira pedra quem nunca desejou ter algo mais nas alturas, pra acompanhar ou celebrar de forma refrescante uma árdua conquista? Sim, me refiro a presença em abundância do precioso liquido, quase sempre racionado em qualquer rolê com desnível significativo.. água! Pois na Serra do Voturuna ela é encontrada em abundância na cota dos 1.100m de altitude! E o melhor, com direito a cascatinha e pocinho pra tchibum! Eis o relato de mais um bate-volta sussa, refrescante e de cerca de 15km nos arredores de Pirapora do Bom Jesus.
Acho que vou surpreendê-lo ao incluir algumas travessias litorâneas, que usualmente não são consideradas como tal.
Sentinela de Mogi das Cruzes (SP), a Serra do Itapeti é a enorme cadeia montanhosa que se estende sob forma de mares de morros desde o nordeste de Suzano até o sudoeste de Guararema. Como o miolo desta respeitável elevação urbana já foi dissecado a exaustão, a ideia desta vez se resumia a um reconhecimento inicial da crista que se espicha do asfalto da SP-088 em direção ao extremo oeste da serra. Isso vingou numa descompromissada brincadeirinha urbana que atingiu o topo do Morro do Cipó e se prolongou até as veredas proibidas (e pouco conhecidas) da Reserva Florestal Pedreira do Itapeti, área de preservação ambiental garantida por uma das maiores fornecedoras de brita do país. Sim, pernada sussa, mas com emoção, no caso, com trezoitão apontado em nossa direção.
Você já deve estar cansado de tanta travessia, pensando se não dá para escrever sobre agradáveis trilhas curtas. Sim, porém antes considere esses caminhos tão especiais- falo a seguir de quatro regiões, mas claro que existem muitas outras.
Porta de entrada pra Paranapiacaba, Rio Grande da Serra tem atrativos naturebas que passam despercebidos diante sua ilustre vizinha inglesa. Aldeamento que nasceu as margens da São Paulo Railway em 1867, Rio Grande tem pedreiras, morros, riachos e uma gde represa que além de ser braço da Billings leva o nome do maior tributário que tb nomina a cidade. Aproveitando então meio período de um dia de tempo horrível, fui xeretar as rotas que bordejam o espelho dágua supracitado, q nada mais são velhas estradas de manutenção desativadas. Eis um breve circuito por uma tal de Trilha do Bueirão, que se não mudar sua opinião de patinho feio do lugar, serve ao menos pra outras coisas: caminhar sentindo o cheiro de mato, apreciar com novo olhar o belo sistema Rio Grande e ter noção da real situação da outrora crise hídrica de São Paulo.